Deserto excessivo: povoamento de multiplicidades
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Texto Poético |
Texto Completo: | https://textopoetico.emnuvens.com.br/rtp/article/view/206 |
Resumo: | Na literatura portuguesa produzida a partirda metade do século 20, uma paisagem chama a atençãopela frequência com que aparece e, principalmente, pelasquestões que movimenta: o deserto. Projetando-a sobreo pano histórico e cultural de Portugal, deparamos comseu papel de refutação contrastante em relação ao mar.Guiados pelos poetas Carlos de Oliveira, Luis Miguel Nava eAntónio Ramos Rosa, verificamos que o deserto, se constitui uma “obsessão” na poesia portuguesa moderna, não podeser entendido apenas em seu sentido referencial, mas simpassível de leitura mesmo quando tal vocábulo não seimprime no papel. Por isso, mais do que apenas perseguiloenquanto significante, importa observar imagens e processos que escrevem esvaziamentos ou deserções doconhecido, atentando para o fato de que esses desertospoéticos não funcionam apenas com sinal de negativo: elesrepresentam a multiplicidade do possível; canais de trocase passagens; abertura para outros (sujeitos, configurações de mundo e linguagens); e reclamação por liberdade. São,portanto, potência, muito mais do que exclusão. |
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Deserto excessivo: povoamento de multiplicidades Na literatura portuguesa produzida a partirda metade do século 20, uma paisagem chama a atençãopela frequência com que aparece e, principalmente, pelasquestões que movimenta: o deserto. Projetando-a sobreo pano histórico e cultural de Portugal, deparamos comseu papel de refutação contrastante em relação ao mar.Guiados pelos poetas Carlos de Oliveira, Luis Miguel Nava eAntónio Ramos Rosa, verificamos que o deserto, se constitui uma “obsessão” na poesia portuguesa moderna, não podeser entendido apenas em seu sentido referencial, mas simpassível de leitura mesmo quando tal vocábulo não seimprime no papel. Por isso, mais do que apenas perseguiloenquanto significante, importa observar imagens e processos que escrevem esvaziamentos ou deserções doconhecido, atentando para o fato de que esses desertospoéticos não funcionam apenas com sinal de negativo: elesrepresentam a multiplicidade do possível; canais de trocase passagens; abertura para outros (sujeitos, configurações de mundo e linguagens); e reclamação por liberdade. São,portanto, potência, muito mais do que exclusão.GT Teoria do Texto Poético ANPOLL2015-05-10info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://textopoetico.emnuvens.com.br/rtp/article/view/20610.25094/rtp.2014n16a206Texto Poético; v. 10 n. 16 (2014)1808-5385reponame:Texto Poéticoinstname:Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Lingüística (ANPOLL)instacron:Anpollporhttps://textopoetico.emnuvens.com.br/rtp/article/view/206/229ERTHAL, Aline Duqueinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-06-08T08:00:39Zoai:ojs.textopoetico.emnuvens.com.br:article/206Revistahttp://revistatextopoetico.com.br/index.php/rtpPUBhttps://textopoetico.emnuvens.com.br/rtp/oai||solfiuza@gmail.com|| idafalves@gmail.com1808-53851808-5385opendoar:2017-06-08T08:00:39Texto Poético - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Lingüística (ANPOLL)false |
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