ALÉM DO DESERTO: A concha e a multiplicidade na paisagem Pós-antropoceno

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva Freire, Ana Luiza
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: Bohmer Britto, Marcos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Pixo
Texto Completo: https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/pixo/article/view/7315
Resumo: Há muito nosso modo de pensar esteve centrado na figura humana como principal agente das transformações da paisagem do planeta. Se apoiando na oposição dicotômica cultura e natureza, este pensamento se insere num contexto mais amplo: a era geológica nomeada de Antropoceno. A emergência climática consequente ao Antropoceno suscita previsões de que o planeta não suportará mais o modo de vida posto atualmente pelo Ocidente capitalista, o que recai sobre uma equivalência entre a extinção da vida humana e a extinção da vida, em geral, e das múltiplas existências na Terra. Como objeto de pensamento, este artigo utiliza-se de uma concha, encontrada durante um processo de pesquisa empírico, e tomada como artefato arqueológico. O debate conceitual segue o rastro desse caco do tempo presente, bem como se baseia na materialidade e nas histórias das paisagens onde a concha foi encontrada, e se fundamenta nas noções de Deserto, de Elisabeth Povinelli (2023), e Paisagens relacionais, de Anna Tsing (2019). Objetiva-se, dessa maneira, discutir ontologicamente possibilidades de paisagens pós-antropocêntricas complexas, para além da dualidade natureza/cultura.
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