Histórico, tendências e perspectivas no planejamento espacial de usinas hidrelétricas brasileiras: a antiga e atual fronteira Amazônica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moretto,Evandro Mateus
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Gomes,Carina Sernaglia, Roquetti,Daniel Rondinelli, Jordão,Carolina de Oliveira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ambiente & Sociedade (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-753X2012000300009
Resumo: Os empreendimentos hidrelétricos são alternativas favoráveis economicamente em função do grande potencial hidrelétrico disponível no território brasileiro. Apesar de serem notórias em causar significativa degradação ambiental, conformam historicamente uma importante controvérsia do setor energético brasileiro. Orientado por esta problemática, o presente trabalho tem como objetivo principal analisar o histórico e as tendências do planejamento espacial de usinas hidrelétricas no Brasil, interpretando-os a partir da relação entre o potencial hidrelétrico disponível no espaço e o grau de disciplinamento do uso e ocupação do espaço no tempo. Até a década de 1970, a implantação de hidrelétricas ocorreu, relativamente, à luz de menor grau de disciplinamento de uso e ocupação do espaço, como foi o caso das hidrelétricas de Balbina e Tucuruí, as quais também induziram a primeira grande crise ambiental do setor e favoreceram a criação dos instrumentos de política ambiental, em 1981. As décadas de 1980 e 1990 são caracterizadas por um vazio de planejamento de hidrelétricas, o que é retomado a partir de 2000 em função de um ambiente econômico internacional favorável aos investimentos em infraestrutura, resultando no aumento da exploração do potencial hidrelétrico orientada especialmente para a região Amazônica. Porém, esta reorientação depara-se com um maior grau de disciplinamento do uso do espaço que acaba vinculando novas dimensões para o planejamento espacial de hidrelétricas, especialmente em regiões com alta sensibilidade socioambiental, como é o caso da Amazônica. Ainda assim, esta região é aquela que ainda detêm o maior potencial hidrelétrico a ser explorado, o que faz dela a escolhida como a fronteira hidrelétrica da década de 2010.
id ANPPAS-1_356723e3012d58e2c5cd29ccf3815c2f
oai_identifier_str oai:scielo:S1414-753X2012000300009
network_acronym_str ANPPAS-1
network_name_str Ambiente & Sociedade (Online)
repository_id_str
spelling Histórico, tendências e perspectivas no planejamento espacial de usinas hidrelétricas brasileiras: a antiga e atual fronteira AmazônicaUsina hidrelétricaAvaliação de impacto ambientalLicenciamento ambientalPlanejamento e gestão ambientalOs empreendimentos hidrelétricos são alternativas favoráveis economicamente em função do grande potencial hidrelétrico disponível no território brasileiro. Apesar de serem notórias em causar significativa degradação ambiental, conformam historicamente uma importante controvérsia do setor energético brasileiro. Orientado por esta problemática, o presente trabalho tem como objetivo principal analisar o histórico e as tendências do planejamento espacial de usinas hidrelétricas no Brasil, interpretando-os a partir da relação entre o potencial hidrelétrico disponível no espaço e o grau de disciplinamento do uso e ocupação do espaço no tempo. Até a década de 1970, a implantação de hidrelétricas ocorreu, relativamente, à luz de menor grau de disciplinamento de uso e ocupação do espaço, como foi o caso das hidrelétricas de Balbina e Tucuruí, as quais também induziram a primeira grande crise ambiental do setor e favoreceram a criação dos instrumentos de política ambiental, em 1981. As décadas de 1980 e 1990 são caracterizadas por um vazio de planejamento de hidrelétricas, o que é retomado a partir de 2000 em função de um ambiente econômico internacional favorável aos investimentos em infraestrutura, resultando no aumento da exploração do potencial hidrelétrico orientada especialmente para a região Amazônica. Porém, esta reorientação depara-se com um maior grau de disciplinamento do uso do espaço que acaba vinculando novas dimensões para o planejamento espacial de hidrelétricas, especialmente em regiões com alta sensibilidade socioambiental, como é o caso da Amazônica. Ainda assim, esta região é aquela que ainda detêm o maior potencial hidrelétrico a ser explorado, o que faz dela a escolhida como a fronteira hidrelétrica da década de 2010.ANPPAS - Revista Ambiente e Sociedade2012-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-753X2012000300009Ambiente & Sociedade v.15 n.3 2012reponame:Ambiente & Sociedade (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:ANPPAS10.1590/S1414-753X2012000300009info:eu-repo/semantics/openAccessMoretto,Evandro MateusGomes,Carina SernagliaRoquetti,Daniel RondinelliJordão,Carolina de Oliveirapor2013-05-08T00:00:00Zoai:scielo:S1414-753X2012000300009Revistahttp://anpocs.com/index.php/revista-ambiente-e-sociedadehttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revistaambienteesociedade@gmail.com1809-44221414-753Xopendoar:2013-05-08T00:00Ambiente & Sociedade (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Histórico, tendências e perspectivas no planejamento espacial de usinas hidrelétricas brasileiras: a antiga e atual fronteira Amazônica
title Histórico, tendências e perspectivas no planejamento espacial de usinas hidrelétricas brasileiras: a antiga e atual fronteira Amazônica
spellingShingle Histórico, tendências e perspectivas no planejamento espacial de usinas hidrelétricas brasileiras: a antiga e atual fronteira Amazônica
Moretto,Evandro Mateus
Usina hidrelétrica
Avaliação de impacto ambiental
Licenciamento ambiental
Planejamento e gestão ambiental
title_short Histórico, tendências e perspectivas no planejamento espacial de usinas hidrelétricas brasileiras: a antiga e atual fronteira Amazônica
title_full Histórico, tendências e perspectivas no planejamento espacial de usinas hidrelétricas brasileiras: a antiga e atual fronteira Amazônica
title_fullStr Histórico, tendências e perspectivas no planejamento espacial de usinas hidrelétricas brasileiras: a antiga e atual fronteira Amazônica
title_full_unstemmed Histórico, tendências e perspectivas no planejamento espacial de usinas hidrelétricas brasileiras: a antiga e atual fronteira Amazônica
title_sort Histórico, tendências e perspectivas no planejamento espacial de usinas hidrelétricas brasileiras: a antiga e atual fronteira Amazônica
author Moretto,Evandro Mateus
author_facet Moretto,Evandro Mateus
Gomes,Carina Sernaglia
Roquetti,Daniel Rondinelli
Jordão,Carolina de Oliveira
author_role author
author2 Gomes,Carina Sernaglia
Roquetti,Daniel Rondinelli
Jordão,Carolina de Oliveira
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Moretto,Evandro Mateus
Gomes,Carina Sernaglia
Roquetti,Daniel Rondinelli
Jordão,Carolina de Oliveira
dc.subject.por.fl_str_mv Usina hidrelétrica
Avaliação de impacto ambiental
Licenciamento ambiental
Planejamento e gestão ambiental
topic Usina hidrelétrica
Avaliação de impacto ambiental
Licenciamento ambiental
Planejamento e gestão ambiental
description Os empreendimentos hidrelétricos são alternativas favoráveis economicamente em função do grande potencial hidrelétrico disponível no território brasileiro. Apesar de serem notórias em causar significativa degradação ambiental, conformam historicamente uma importante controvérsia do setor energético brasileiro. Orientado por esta problemática, o presente trabalho tem como objetivo principal analisar o histórico e as tendências do planejamento espacial de usinas hidrelétricas no Brasil, interpretando-os a partir da relação entre o potencial hidrelétrico disponível no espaço e o grau de disciplinamento do uso e ocupação do espaço no tempo. Até a década de 1970, a implantação de hidrelétricas ocorreu, relativamente, à luz de menor grau de disciplinamento de uso e ocupação do espaço, como foi o caso das hidrelétricas de Balbina e Tucuruí, as quais também induziram a primeira grande crise ambiental do setor e favoreceram a criação dos instrumentos de política ambiental, em 1981. As décadas de 1980 e 1990 são caracterizadas por um vazio de planejamento de hidrelétricas, o que é retomado a partir de 2000 em função de um ambiente econômico internacional favorável aos investimentos em infraestrutura, resultando no aumento da exploração do potencial hidrelétrico orientada especialmente para a região Amazônica. Porém, esta reorientação depara-se com um maior grau de disciplinamento do uso do espaço que acaba vinculando novas dimensões para o planejamento espacial de hidrelétricas, especialmente em regiões com alta sensibilidade socioambiental, como é o caso da Amazônica. Ainda assim, esta região é aquela que ainda detêm o maior potencial hidrelétrico a ser explorado, o que faz dela a escolhida como a fronteira hidrelétrica da década de 2010.
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012-12-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-753X2012000300009
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-753X2012000300009
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S1414-753X2012000300009
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv ANPPAS - Revista Ambiente e Sociedade
publisher.none.fl_str_mv ANPPAS - Revista Ambiente e Sociedade
dc.source.none.fl_str_mv Ambiente & Sociedade v.15 n.3 2012
reponame:Ambiente & Sociedade (Online)
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:ANPPAS
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str ANPPAS
institution ANPPAS
reponame_str Ambiente & Sociedade (Online)
collection Ambiente & Sociedade (Online)
repository.name.fl_str_mv Ambiente & Sociedade (Online) - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv ||revistaambienteesociedade@gmail.com
_version_ 1754209165770752000