O início do tratamento psicanalítico com crianças autistas: transformação da técnica psicanalítica?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2000 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-47142000000400122 |
Resumo: | Este artigo discute o início da relação analítica com crianças autistas à luz da análise de Maria, uma criança autista de três anos de idade. O caso clínico de Maria tornou-se importante como objeto de estudo, por ter suscitado um questionamento dos princípios teórico-clínicos que induzem o psicanalista a encontrar significados nas ações de uma criança autista, mesmo quando ela não fala e não brinca, e a interpretá-los, desde o início de uma relação analítica, com o intuito de criar a relação transferencial. Com Maria, a analista, no início do tratamento, deixou em suspenso os significados e as interpretações e passou a vivenciar a natureza fenomenal dos “grunhidos” e “maneirismos” da criança. Ao proceder dessa forma, abriu-se uma outra via para se criar uma relação analítica com Maria: as várias tonalidades e ritmos dos seus “grunhidos”, o zumbido de seus “maneirismos”, as formas dos seus movimentos corporais e o ritmo da sua respiração, passaram a ser contidos pela analista em seu próprio corpo, contudo, esse material clínico não foi interpretado no início do tratamento de Maria. |
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