Autoformação Docente na experiência de Supervisão do Pibid: Transações para uma práxis pedagógica emancipatória na Educação Física
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica |
Texto Completo: | https://www.revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/11239 |
Resumo: | Como objeto desta tese, problematiza-se a autoformação docente pela racionalidade dialógico-reflexiva na supervisão do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid). A postura investigativa assenta-se sobre a heurística de fenômenos educativos que recorrem às (inter)subjetividades pela realidade da produção de sentidos, da história de vida e formação docente, por um ato humanizante. Nessa perspectiva, delineou-se, como objetivo geral, compreender a autoformação docente, em transações heurísticas, engendrada pela racionalidade dialógica-reflexiva na experiência de supervisão do Pibid, constituindo aporte para a práxis pedagógica emancipatória na Educação Física. Mobilizados por uma leitura não linear do campo teórico-empírico, investiu-se, por conseguinte, numa etnopesquisa-formação com disposições dialética e dialógica pela hermenêutica crítica cujos etnométodos/dispositivos de análise foram: Observação implicada/Diário de Itinerância; Memoriais de formação; Círculos reflexivos; Entrevistas narrativas. O campo empírico, por sua vez, foi o subprojeto do Pibid do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) campus Canindé, observado com base na e pela experiência de três professores/as-supervisores/as. A (re)leitura histórica e reiteração conceitual sobre a autoformação docente têm sua âncora nos escritos de Gaston Pineau (recorte temporal de 1983-2020), que permitiram uma articulação do pensamento-ação, explicitado nas dimensões: ontológica, epistemológica e metodológica, trabalhadas por Therrien (2014) e que revestem esse conceito a partir da tríade: alteridade, reflexividade e dialogicidade. Assim, afirmamos, na e pela alteridade, a disponibilidade para refletir sobre o respeito à diferença e convivência social, compreendendo que falar sobre autoformação não significa aprender sozinho, nem prescindir-se de um formador, nos aproximando da existência singular-plural na qual se apreendem as relações consigo e com os outros pelas itinerâncias de aprendizagens. Traduzimos a reflexividade como movimento de autonomização docente, percebendo as transições da curiosidade ingênua para a curiosidade epistemológica, as quais estão relacionadas à mobilização de saberes científicos em consciência do ser e fazer pedagógico, com vistas a aprofundar os níveis de reflexão. Ademais, afirmamos a dialogicidade como lugar de consciências política e crítica, estabelecendo nexos com a transformação social e tendo o diálogo como caminho de significação humana pautado pelas dimensões ética e estética como aquelas autoformadoras. Com base nesse investimento teórico-empírico, foi possível constatar que, de modo geral, a alteridade (54 enunciados) revelou-se em maior potência autoformadora, seguida da dialogicidade (39 enunciados) e reflexividade (28 enunciados) para os/as professores/as-supervisores/as na experiência de supervisão do Pibid. Ao mesmo tempo, cada professor/a-supervisor/a teve suas singularidades projetadas em torno desses referentes. Por fim, evidencia-se que um fenômeno educativo que se afirma como processo autoformativo se funda, substancialmente, nas transações da alteridade, reflexividade e dialogicidade, de forma amalgamada e em movimento diretivo a uma racionalidade dialógico-reflexiva. Dessa maneira, asseveramos como importante a permanência do sentir-pensar-agir da autoformação docente na Educação Física implicada uma relação dialética e dialógica capaz de subsidiar um (re)agir cultural em contextos opressores para legitimar a autonomização docente, consolidando uma perspectiva de antropoformação pela intersubjetividade. Destarte, a permanente recursividade sobre a racionalidade dialógico-reflexiva coloca-se como forma de emancipação humana em constante devir do “ser mais” na e pela práxis educativa, em implicação de luta política e social e ressonância (auto)crítica. |
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Autoformação Docente na experiência de Supervisão do Pibid: Transações para uma práxis pedagógica emancipatória na Educação FísicaAutoformação docente. Racionalidade dialógica-reflexiva. Práxis emancipatória. Pibid. Educação física.Como objeto desta tese, problematiza-se a autoformação docente pela racionalidade dialógico-reflexiva na supervisão do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid). A postura investigativa assenta-se sobre a heurística de fenômenos educativos que recorrem às (inter)subjetividades pela realidade da produção de sentidos, da história de vida e formação docente, por um ato humanizante. Nessa perspectiva, delineou-se, como objetivo geral, compreender a autoformação docente, em transações heurísticas, engendrada pela racionalidade dialógica-reflexiva na experiência de supervisão do Pibid, constituindo aporte para a práxis pedagógica emancipatória na Educação Física. Mobilizados por uma leitura não linear do campo teórico-empírico, investiu-se, por conseguinte, numa etnopesquisa-formação com disposições dialética e dialógica pela hermenêutica crítica cujos etnométodos/dispositivos de análise foram: Observação implicada/Diário de Itinerância; Memoriais de formação; Círculos reflexivos; Entrevistas narrativas. O campo empírico, por sua vez, foi o subprojeto do Pibid do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) campus Canindé, observado com base na e pela experiência de três professores/as-supervisores/as. A (re)leitura histórica e reiteração conceitual sobre a autoformação docente têm sua âncora nos escritos de Gaston Pineau (recorte temporal de 1983-2020), que permitiram uma articulação do pensamento-ação, explicitado nas dimensões: ontológica, epistemológica e metodológica, trabalhadas por Therrien (2014) e que revestem esse conceito a partir da tríade: alteridade, reflexividade e dialogicidade. Assim, afirmamos, na e pela alteridade, a disponibilidade para refletir sobre o respeito à diferença e convivência social, compreendendo que falar sobre autoformação não significa aprender sozinho, nem prescindir-se de um formador, nos aproximando da existência singular-plural na qual se apreendem as relações consigo e com os outros pelas itinerâncias de aprendizagens. Traduzimos a reflexividade como movimento de autonomização docente, percebendo as transições da curiosidade ingênua para a curiosidade epistemológica, as quais estão relacionadas à mobilização de saberes científicos em consciência do ser e fazer pedagógico, com vistas a aprofundar os níveis de reflexão. Ademais, afirmamos a dialogicidade como lugar de consciências política e crítica, estabelecendo nexos com a transformação social e tendo o diálogo como caminho de significação humana pautado pelas dimensões ética e estética como aquelas autoformadoras. Com base nesse investimento teórico-empírico, foi possível constatar que, de modo geral, a alteridade (54 enunciados) revelou-se em maior potência autoformadora, seguida da dialogicidade (39 enunciados) e reflexividade (28 enunciados) para os/as professores/as-supervisores/as na experiência de supervisão do Pibid. Ao mesmo tempo, cada professor/a-supervisor/a teve suas singularidades projetadas em torno desses referentes. Por fim, evidencia-se que um fenômeno educativo que se afirma como processo autoformativo se funda, substancialmente, nas transações da alteridade, reflexividade e dialogicidade, de forma amalgamada e em movimento diretivo a uma racionalidade dialógico-reflexiva. Dessa maneira, asseveramos como importante a permanência do sentir-pensar-agir da autoformação docente na Educação Física implicada uma relação dialética e dialógica capaz de subsidiar um (re)agir cultural em contextos opressores para legitimar a autonomização docente, consolidando uma perspectiva de antropoformação pela intersubjetividade. Destarte, a permanente recursividade sobre a racionalidade dialógico-reflexiva coloca-se como forma de emancipação humana em constante devir do “ser mais” na e pela práxis educativa, em implicação de luta política e social e ressonância (auto)crítica.The object of this thesis proposes the problematization of teacher self-training through dialogical-reflexive rationality under the supervision of the Institutional Scholarship Program for Initiation in Teaching (Pibid). The investigative stance is based on the heuristic of educational phenomena that resort to (inter)subjectivities due to the reality of the production of meanings, life history and teacher education for a humanizing act. In this perspective, the general objective of the thesis was to understand teacher self-training, in heuristic transactions, engendered by the dialogical-reflexive rationality in the Pibid supervisory experience, constituting a contribution to the emancipatory pedagogical praxis in Physical Education. Mobilized by a non-linear reading of the theoretical-empirical field, we invested, thus, in an ethno-research formation with a dialectical and dialogical dispositions through critical hermeneutics whose ethnomethods/analysis devices were: Implied observation/Diary of Itinerance; Training memorials; Reflexive circles; Narrative interviews.The empirical field, in turn, was the subproject of Pibid of the Federal Institute of Education, Science and Technology of Ceará (IFCE) campus Canindé, observed based on and by the experience of three supervising teachers. The historical (re)reading and conceptual reiteration about teacher self-training has its anchor in the writings of Gaston Pineau (time frame from 1983-2020), which allowed an articulation of thought-action explained in the: ontological, epistemological and methodological dimensions, worked on by Therrien (2014). These ones cover this concept from the triad: alterity, reflexivity and dialogicity in which movement in the experience of supervision of PIBID was engendered in the reiteration of a dialogical-reflexive rationality. Therefore, we affirm in and through otherness the willing to reflect on the respect for difference and social coexistence, understanding that talking about self-training does not mean learning alone, nor dispensing with a trainer, approaching the singular-plural existence in which they apprehend relationships with themselves and with others, through the itineraries of learning. We translate the reflexivity as a movement for teaching autonomy, realizing the transitions from naive curiosity to epistemological curiosity, that are related to the mobilization of scientific knowledge in awareness of being and doing pedagogical, with a view to deepening the levels of reflection. Besides, we affirm dialogicity as a place of political and critical awareness, establishing links with social transformation and having the dialogue as a path of human significance, issued by the ethical and aesthetic dimension as a self-forming dimension. Based on this theoretical-empirical investment, it was possible to verify that, in general, alterity (54 statements) proved to be a greater self-forming power, followed by dialogicity (39 statements) and reflexivity (28 statements) for the supervising teachers under Pibid supervisory experience. At the same time, each supervising teacher had their own singularities projected towards these referents. Lastly, it is evident that an educational phenomenon that affirms itself as a self-forming process is substantially based on the transactions of alterity, reflexivity and dialogicity, in an amalgamated way and in a straight movement to a dialogical-reflexive rationality. So, we reassure how important the permanence of the feeling-thinking-acting of the teacher self-education in Physical Education implied in a dialectical and dialogical relationship capable of supporting a cultural (re)action in oppressive contexts to legitimize the teacher autonomy, consolidating an anthropo-formation perspective through intersubjectivity. Thus, the permanent recursion on the dialogical-reflexive rationality is placed as a form of human emancipation in a constant becoming of “being more” in and through educational praxis, in implication of political and social struggle and (self)critical resonance.Como objeto de esta tesis, la autoformación docente es problematizada por la racionalidad dialógico-reflexiva en la supervisión del Programa Institucional de Becas de Iniciación Docente (Pibid). La postura investigadora se fundamenta en la heurística de los fenómenos educativos que recurren a (inter) subjetividades debido a la realidad de la producción de significados, historia de vida y formación del profesorado, a través de un acto humanizador. En esta perspectiva, se planteó, como objetivo general, comprender la autoformación docente, en transacciones heurísticas, engendrada por la racionalidad dialógico-reflexiva en la experiencia supervisora de Pibid, constituyendo un aporte a la praxis pedagógica emancipadora en Educación Física. Movilizado por una lectura no lineal del campo teórico-empírico, se hizo así una inversión en etno-investigación-formación con disposiciones dialécticas y dialógicas a través de la hermenéutica crítica cuyos etnometodos / dispositivos de análisis fueron: Observación implícita / Diario de itinerancia; Memoriales de formación; Círculos reflectantes; Entrevistas narrativas. El campo empírico, a su vez, fue el subproyecto del Pibid del Instituto Federal de Educación, Ciencia y Tecnología de Ceará (IFCE) campus Canindé, observado en base y por la experiencia de tres docentes / as-supervisores / as. La (re) lectura histórica y la reiteración conceptual sobre la autoeducación docente están ancladas en los escritos de Gaston Pineau (marco temporal de 1983-2020), que permitió una articulación del pensamiento-acción, explicado en las dimensiones: ontológica, epistemológica y metodológica. , trabajado por Therrien (2014) y que cubren este concepto desde la tríada: alteridad, reflexividad y dialogicidad. Así, afirmamos, en y a través de la alteridad, la voluntad de reflexionar sobre el respeto a la diferencia y la convivencia social, entendiendo que hablar de autoformación no significa aprender solo, o prescindir de un formador, acercándose a la existencia singular-plural en la que aprehenden las relaciones consigo mismos y con los demás a través de los itinerarios de aprendizaje. Traducimos la reflexividad como un movimiento de autonomía docente, realizando las transiciones de la curiosidad ingenua a la curiosidad epistemológica, que se relacionan con la movilización del conocimiento científico en la conciencia de ser y hacer pedagogía, con miras a profundizar los niveles de reflexión. Además, afirmamos la dialogicidad como un lugar de conciencia política y crítica, estableciendo vínculos con la transformación social y teniendo el diálogo como un camino de sentido humano guiado por dimensiones éticas y estéticas como las que se autoconforman. A partir de esta inversión teórico-empírica, se pudo constatar que, en general, la alteridad (54 enunciados) resultó ser un mayor poder de autoformación, seguida de la dialogicidad (39 enunciados) y la reflexividad (28 enunciados) para los profesores / as. -supervisores en la experiencia supervisora de Pibid. Al mismo tiempo, cada profesor / a-supervisor / a tenía proyectadas sus singularidades en torno a estos referentes. Finalmente, es evidente que un fenómeno educativo que se afirma como un proceso autoformado se funda sustancialmente en las transacciones de alteridad, reflexividad y dialogicidad, de manera amalgamada y en un movimiento directivo hacia una racionalidad dialógico-reflexiva. Así, afirmamos cuán importante la permanencia del sentimiento-pensamiento-actuación de la autoeducación docente en Educación Física implicó una relación dialéctica y dialógica capaz de subsidiar una (re) acción cultural en contextos opresivos para legitimar la autonomía docente, consolidando una perspectiva de la antropoformación por intersubjetividad. Así, la recursividad permanente sobre la racionalidad dialógico-reflexiva se sitúa como una forma de emancipación humana en constante devenir del “ser más” en ya través de la praxis educativa, en implicación de lucha política y social y resonancia (auto) crítica.Associação Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica (BIOgraph)2022-05-14info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/1123910.31892/rbpab2525-426X.22.v7.n20.p241-246Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica; Vol. 7 Núm. 20 (2022): Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica; 241-246REVUE BRÉSILIENNE DE RECHERCHE (AUTO)BIOGRAPHIQUE; Vol. 7 No 20 (2022): Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica; 241-246Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica; v. 7 n. 20 (2022): Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica; 241-2462525-426X10.31892/rbpab2525-426X.v7.n20reponame:Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográficainstname:Associação Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica (BIOgraph)instacron:BIOporhttps://www.revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/11239/9679Copyright (c) 2022 Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográficainfo:eu-repo/semantics/openAccessAbreu, Samara Moura Barreto de 2022-08-18T12:41:01Zoai:ojs.192.168.5.50:article/11239Revistahttp://revistas.uneb.br/index.php/rbpab/indexhttps://www.revistas.uneb.br/index.php/rbpab/oai||esclementino@uol.com.br|| biographassociacao@gmail.com2525-426X2525-426Xopendoar:2022-08-18T12:41:01Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica - Associação Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica (BIOgraph)false |
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