Paraganglioma do corpo carotídeo: um relato de caso

• Autor(a) principal: Lino, Henrique Augusto
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: de Faria, Bianca Lisa, Rodrigues, Danilo Nadal, de Faria, Bruna Elisa, Cundari, Ana Maria Magalhães Valle
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/65535
• topic: tumor do corpo carotídeo; paraganglioma; paraganglioma extrassuprarrenal; diagnóstico por imagem

O paraganglioma do corpo carotídeo consiste em um tipo raro de massa cervical, devendo estar na lista de diagnósticos diferenciais no adulto. Paciente atendida na unidade básica de saúde, com queixa de massa cervical de crescimento lento e progressivo, com tonturas ocasionais. Ao exame, apresentava-se como tumoração de consistência fibroelástica, móvel e não aderida a planos profundos. Na propêudica, verificou-se uma massa hipervascular ao estudo ultrassonográfico com Doppler colorido. A tomografia e angiorressonância caracterizaram melhor os limites da lesão entre as artérias carótidas, sem invadi-las, sua natureza hipervascular e realce heterogêneo, confirmando o diagnóstico de paraganglioma do corpo carotídeo. Devido à localização e natureza hipervascular da lesão, o diagnóstico invasivo é contraindicado para este tipo de lesão. Neste cenário, os exames de imagens contribuem de forma a evitar complicações para os pacientes, estabelecendo o diagnóstico com efetiva sensibilidade e especificidade. Demonstra-se como uma massa heterogênea hipervascular na ultrassonografia Doppler, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Adicionalmente, a ressonância demonstra áreas de falha de sinal, caracterizando o aspecto em “sal e pimenta” da lesão. O reconhecimento do paraganglioma como hipótese diagnóstica é fundamental para a investigação de massas cervicais, sendo realizada avaliação individualizada para esses casos, evitando-se procedimentos invasivos e potenciais sequelas dos mesmos. Nesse sentido, os exames de ultrassonografia, tomografia e ressonância magnética permitem melhor detalhamento da localização e caráter morfológico da lesão que, além de sugerir o diagnóstico, permitem planejamento cirúrgico.