Distúrbios psiquiátricos menores e estresse em policiais militares
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/60365 |
Resumo: | No desempenho das atividades dos policiais militares estão previstas ações voltadas para a preservação da ordem e segurança da sociedade, mesmo que isto coloque em risco a sua segurança ou a sua vida. Os distúrbios psiquiátricos menores (DPM) são considerados sintomas associados à depressão, à ansiedade, aos distúrbios somatoformes e às neurastenias, na medida em que tais quadros de sofrimento não satisfazem todos os critérios de doença mental, além disso, contribuem para a ocorrência do transtorno do estresse. Já o estresse pode ser visto como uma reação a situações em que se ultrapassa um limite da capacidade de suportar as pressões, seja no ambiente laboral ou não. Esta pesquisa teve como objetivo analisar a incidência de distúrbios psiquiátricos menores e investigar a presença de fatores (alta demanda, baixo apoio social e baixo controle de trabalho) do trabalho que podem contribuir para o estresse em policiais militares. Para isto, utilizou-se uma metodologia quantitativa, transversal e descritiva. Participaram da amostra 89 policiais militares, sendo nove mulheres e 80 homens. Foram utilizados como instrumentos: um Questionário Sociodemográfico, o Job Stress Scale e o Self Report Questionnaire (SRQ-20), aplicados presencialmente. Foram realizadas análises estatísticas descritivas. Todos os procedimentos éticos foram considerados na pesquisa. Do total da amostra, 33,7% dos indivíduos possuem DPM. Sendo que nos homens 30% dos profissionais possuem DPM e nas mulheres 66,7% possuem DPM. No que se refere à avaliação do estresse dos policiais, apenas 6,7% retratam uma situação que corresponde ao trabalho com alto desgaste. Apesar de 96,6% avaliarem a demanda de atividade laboral como alta, foi retratado também pela maioria (93,3%) um alto controle, o que caracterizou o trabalho ativo para 89,9%. Conclui-se que existe um sofrimento mental, relacionado à alta demanda da atividade laboral dos policiais militares e às questões de gênero. Para a Psicologia da saúde do trabalhador é necessário que se realizem ações complementares na proposição do cuidado, considerando as características institucionais, mas, sobretudo o desejo de cada sujeito. |
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