Por trás do profissional de saúde combatente, seres humanos ansiosos e sinais de estresse pós traumático Ansiedade e estresse pós traumático da COVID-19/ Behind the combatant healthcare professional, anxious human beings and signs of Post-Traumatic Stress Disorder COVID-19 Anxiety and Post-traumatic Stress Disorder

• Autor(a) principal: Junior, Walter Amorim de Araújo
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: Sobrinho, Gilberto Diniz de Oliveira, Morais, Iuara Paiva Silva, Fernandes, Isabella Araújo Mota
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/32755
• topic: COVID-19; Profissionais de saúde; Ansiedade; Transtorno de Estresse Pós-Traumático

Objetivo: Avaliar sinais de ansiedade e estresse pós traumático nos profissionais de saúde do Brasil durante o primeiro pico da pandemia da COVID-19. Métodos: É um estudo observacional, transversal com dados coletados entre Maio e Junho de 2020. Foi utilizado um questionário elaborado com algumas perguntas presentes nas escalas de Transtorno Geral de Ansiedade, Patient Health Questionnaire-9 e Escala do Impacto do Evento Revisada. Resultados: A amostra consistiu em 710 profissionais de saúde do Brasil. A maioria respondeu que passa vários dias vivenciando grande maioria das situações expostas, sendo a frequência de ocorrência significativamente maior do que de não ocorrência. Quase 90% relatou se sentir cansado por vários dias, 82% das respostas sobre “Ficar facilmente aborrecido/a ou irritado/a” e 79% de “Não ser capaz de impedir ou de controlar as preocupações” foram positivas e 8,7% dos voluntários respondeu que pensou em “se ferir de alguma maneira ou que seria melhor estar morto”. Discussão e conclusão: Enquanto os indivíduos são incentivados a implementar o distanciamento social durante as pandemias, os profissionais de saúde geralmente vão na direção oposta, enfrentam longos turnos de trabalho, muitas vezes com poucos recursos e infraestrutura precária. Existe o medo da autoinoculação, bem como a preocupação com a possibilidade de propagação do vírus para seus familiares, amigos ou colegas. Esses fatores podem resultar em diferentes níveis de pressão psicológica, o que pode desencadear sentimentos de solidão e desamparo, ou uma série de estados emocionais disfóricos, como estresse, irritabilidade, fadiga física e mental e desespero. Nosso estudo mostrou que em maio e junho de 2020 a maior parte dos profissionais de saúde encontrava-se cansada, irritada, ansiosa e com sinais de estresse pós traumático, necessitando, portanto, de cuidados de saúde mental.