Síndrome de Ehlers-Danlos: uma abordagem diagnóstica, evolução clínica e revisão
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/63144 |
Resumo: | Introdução: A Síndrome de Ehlers-Danlos (SED) é um distúrbio hereditário do colágeno caracterizado por hipermobilidade articular, hiper elasticidade dermal e fragilidade tecidual generalizada. É uma doença genética de caráter geralmente autossômico dominante, porém com diferentes mutações gênicas que afetam a quantidade, estrutura ou o conjunto dos diferentes colágenos. Apresentação do caso: Uma mulher de 36 anos, G2P1A1, nascida e residente em Anápolis, Goiás, relata ter dor crônica músculo-articular, predominando nas regiões cervical, lombar e escapular superior. O desconforto tem se agravado ao longo dos anos, impactando significativamente sua capacidade de trabalho e funcionalidade. Desde a infância, a paciente enfrenta limitações na prática de atividades físicas, com a dor sendo a principal barreira. Discussão: Doença genética rara que a cada ano vem passando por atualizações e ainda muito subdiagnosticada, com interferência direta na qualidade de vida do paciente. Existem diferentes síndromes clínicas (atualmente 13 subtipos), sendo as mais comuns os tipos I, II (hipermobilidade articular e cutânea, pele friável e cicatrizes atróficas) e III (hipermobilidade articular, dor e luxações). Ainda possui difícil diagnóstico, devido ao fato de apresentar múltiplos sintomas, e que diante suspeita de SED, é essencial o exame físico completo, com avaliação de hipermobilidade articular e hiperextensibilidade da pele. O diagnóstico é favorecido pelo escore de mobilidade articular de Beinghton e com exclusão de outras condições clínicas. Conclusão: É uma doença de extrema complexidade associada fortemente a um histórico familiar positivo. Deve-se salientar que é imprescindível o uso dos critérios de Beighton para auxiliar no diagnóstico, já que é uma doença de manifestações clínicas variáveis. Quanto ao tratamento, é necessária uma abordagem multidisciplinar com foco na prevenção de complicações e reabilitação do paciente. |
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Síndrome de Ehlers-Danlos: uma abordagem diagnóstica, evolução clínica e revisãoSíndrome de Ehlers-Danlosdoenças do colágenotecido conjuntivoinstabilidade articularIntrodução: A Síndrome de Ehlers-Danlos (SED) é um distúrbio hereditário do colágeno caracterizado por hipermobilidade articular, hiper elasticidade dermal e fragilidade tecidual generalizada. É uma doença genética de caráter geralmente autossômico dominante, porém com diferentes mutações gênicas que afetam a quantidade, estrutura ou o conjunto dos diferentes colágenos. Apresentação do caso: Uma mulher de 36 anos, G2P1A1, nascida e residente em Anápolis, Goiás, relata ter dor crônica músculo-articular, predominando nas regiões cervical, lombar e escapular superior. O desconforto tem se agravado ao longo dos anos, impactando significativamente sua capacidade de trabalho e funcionalidade. Desde a infância, a paciente enfrenta limitações na prática de atividades físicas, com a dor sendo a principal barreira. Discussão: Doença genética rara que a cada ano vem passando por atualizações e ainda muito subdiagnosticada, com interferência direta na qualidade de vida do paciente. Existem diferentes síndromes clínicas (atualmente 13 subtipos), sendo as mais comuns os tipos I, II (hipermobilidade articular e cutânea, pele friável e cicatrizes atróficas) e III (hipermobilidade articular, dor e luxações). Ainda possui difícil diagnóstico, devido ao fato de apresentar múltiplos sintomas, e que diante suspeita de SED, é essencial o exame físico completo, com avaliação de hipermobilidade articular e hiperextensibilidade da pele. O diagnóstico é favorecido pelo escore de mobilidade articular de Beinghton e com exclusão de outras condições clínicas. Conclusão: É uma doença de extrema complexidade associada fortemente a um histórico familiar positivo. Deve-se salientar que é imprescindível o uso dos critérios de Beighton para auxiliar no diagnóstico, já que é uma doença de manifestações clínicas variáveis. Quanto ao tratamento, é necessária uma abordagem multidisciplinar com foco na prevenção de complicações e reabilitação do paciente.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2023-09-18info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/6314410.34119/bjhrv6n5-199Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 No. 5 (2023); 21685-21697Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 Núm. 5 (2023); 21685-21697Brazilian Journal of Health Review; v. 6 n. 5 (2023); 21685-216972595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/63144/45409Misukami, Davi RebelloMarques, Daniel Vieirada Silva, Marina Pires FerreiraFerreira, Bianca Andradede Oliveira, Sofia Nunes PintoLoinaz, Victoria GutterresBorges, Taciana Arantesde Azevedo, Júlia RörigMartins, Ana Carolina LopesSchottz, Rafaela da Silvainfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-09-18T20:01:25Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/63144Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2023-09-18T20:01:25Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false |
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