Intervenções especializadas de enfermagem possibilitadoras de autocuidado na pessoa/família com enfarte agudo miocárdio: revisão integrativa da literatura
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/61905 |
Resumo: | O Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM) é uma das principais causas de morte em Portugal. A pessoa com Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM) vive um processo de transição saúde-doença abrupto com impacto significativo no autocuidado. Os cuidados de enfermagem têm, no imediato e ao longo de todo o processo de doença, como intencionalidade potenciar a capacidade do autocuidado. Neste registo, as intervenções de enfermagem centradas na educação para a saúde são fundamentais para possibilitar a autonomia e assim obter bem-estar e qualidade de vida. Simultaneamente contribuem, de forma eficaz, para a prevenção e controle das doenças cardiovasculares, para uma menor recorrência aos serviços de urgência, com ganhos diretos e indiretos nos custos de saúde a nível familiar e global. Objetivos: Identificar as intervenções especializadas de enfermagem que possibilitam o autocuidado da pessoa com EAM; analisar o modo como as intervenções de enfermagem podem subsidiar o exercício de autocuidado, no quotidiano, da pessoa com EAM. Metodologia: Tendo em consideração a temática estudada, realizou-se uma revisão integrativa da literatura, tendo por suporte Mendes (2008) e Whittmore & Knaff (2005) e revisto por dois revisores independentes. A pesquisa foi realizada nas bases de dados MEDLINE e CINAHL e literatura cinzenta. Depois de aplicados os critérios de inclusão e exclusão obtiveram-se 8 artigos para extração e análise. A análise dos dados foi ancorada na teoria do Défice de Autocuidado de Enfermagem de Dorothea Orem. Resultados e Discussão: Nos estudos analisados, encontrou-se uma certa similaridade no que concerne às intervenções de enfermagem. Mostram que os programas educacionais dirigidos à pessoa com EAM são mais eficazes quando está incluído o cuidador/família, quando se fornece documentação educacional em vídeo ou escrita em forma de folhetos, existência de contacto telefónico permanente após a alta clínica e sempre que a pessoa se faz acompanhar por suporte tecnológico com aplicativos interativos. Verifica-se que a intervenção de enfermagem tem por foco a pessoa doente e a família na qual se insere, considerando que o impacto da transição saúde doença/situacional afeta toda a dinâmica familiar. Os recursos e as estratégias quando direcionadas e adaptadas à pessoa e às suas circunstâncias, revelam-se facilitadoras e promovem efetivamente a capacidade para o autocuidado. Conclusão: Considera-se imperativo analisar e avaliar as necessidades das pessoas e os recursos disponíveis na comunidade para delinear as intervenções especializadas de enfermagem que possibilitem o autocuidado. A conceção de programas destinados a possibilitar o exercício de autocuidado, devem ter metas realistas, ser individualizados, centrados na pessoa e nas suas e necessidades. |
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