A sexualidade na gestação e seus impactos na qualidade de vida das gestantes: uma revisão: Sexuality during pregnancy and its impact on pregnant women's quality of life: a review
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
DOI: | 10.34119/bjhrv5n4-225 |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/51385 |
Resumo: | A sexualidade humana é definida como um conjunto de comportamentos que dão a satisfação ao desejo do indivíduo como um todo, beneficiando sua saúde física e mental. Embora 86-100% dos casais anunciarem que são sexualmente ativos durante a gravidez, constatou-se que a maioria das gestantes perdem performance e desejo sexual durante esse período. A gestação infere em mudanças físicas e psicossociais na mulher, a existência de uma dicotomia entre o papel materno e de esposa, um período crítico que pode acarretar conflito conjugal. Este estudo tem como objetivo reunir informações abordadas sobre a sexualidade na gestação no meio científico e indicar possíveis medidas a serem tomadas na prática clínica do médico ginecologista a fim de melhorar a qualidade de vida sexual do casal gestante. Trata-se de uma revisão de literatura, que integrou periódicos indexados nas bases de dados SciELO, Medline, Google Acadêmico e em livros de obstetrícia, no período compreendido entre os anos de 1978 e 2018, tendo como referência os descritores: sexualidade, gestação, pré-natal e exercícios pélvicos. Uma classificação de consenso internacional descreveu uma sequência de quatro fases distintas: o desejo sexual (libido), excitação, orgasmo e satisfação. A disfunção pode afetar qualquer uma dessas áreas, podendo ter origem orgânica, psíquica, mista ou de etiologia incerta. Nota-se um impacto na vida sexual do casal durante a gravidez, sendo muito relatado nas consultas de pré-natal. Durante o período gestacional, o corpo feminino passa por várias transformações tanto metabólicos quanto hormonais, mudando a sua visão corporal. Por conta disso, a mulher enfrenta um processo de aceitação do novo corpo, na qual, maioria delas, não estão preparadas psicologicamente e assim interferindo diretamente na sexualidade. Informar os casais sobre o que devem esperar ou o que devem fazer quando enfrentam problemas na vida sexual durante o puerpério parece não ser prioridade dentro de um serviço de saúde. Muitas pesquisas mostraram que cerca de 90% das mulheres voltaram a ter relações sexuais entre 3 e 4 meses após o parto. É de extrema importância que o profissional de assistência às mulheres gestantes tenha capacidade de fornecer informações coerentes e bem fundamentadas a respeito da atividade sexual durante e após a gestação, estando sempre atentos às queixas individuais de cada paciente, independentemente se físicas ou emocionais. Dessa maneira, o profissional poderá influenciar diretamente no bem estar e qualidade de vida dos casais gestantes. Assim, se faz importante desmistificar todo o tabu que assola o assunto, a fim de tratar a sexualidade da maneira como ela deve ser tratada: de maneira natural, fonte de prazer e bem estar físico e emocional para o casal. |
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