Análise da evolução do perfil epidemiológico e da morbimortalidade dos casos de apendicite aguda tratadas com apendicectomia no estado do Piauí entre os anos de 2008 e 2023

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Segundo, Raylton Jansen e Silva
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: Lima, Isabelle Carvalho de Melo, Pereira, Thais Cristina da Costa Rocha
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/68748
Resumo: INTRODUÇÃO: A apendicite é a causa cirúrgica mais comum de dor abdominal em atendimentos de urgência. Seu diagnóstico é habitualmente fácil e essencialmente clínico. Podem ocorrer algumas apresentações atípicas, que são relacionadas, principalmente, à localização do apêndice retrocecal e pélvica, que tornam o diagnóstico da apendicite desafio clínico-cirúrgico. A complicação mais comum após a apendicectomia é a infecção do sítio cirúrgico, seja uma simples infecção da ferida ou um abscesso intra-abdominal. Ambos ocorrem tipicamente em pacientes com apendicite perfurada e são muito raros naqueles com apendicite simples. Irrigação completa e antibióticos de amplo espectro são usados ​​para minimizar a incidência de infecções pós-operatórias. OBJETIVO: Tem-se por finalidade, ao longo desse estudo, traçar uma evolução da epidemiologia e da morbimortalidade dos casos de internações de pacientes por apendicite aguda submetidos a apendicectomia, especificamente no estado do Piauí entre os anos de 2008 e 2023, permitindo estabelecer discussões acerca dos dados coletados. RESULTADOS: A partir dos dados coletados é possível observar que Entre os anos de 2008 e 2023 foram realizadas 25296 apendicectomias no estado do Piauí, sendo a média de 1581 operações por ano. O ano com maior número dessas cirurgias foram no ano de 2023, no qual atingiu-se o valor de 2110 apendicectomias. Desses casos de apendicectomias, aproximadamente 63% foram paciente do sexo masculino, apresentando uma proporção muito maior nessa população. Entre os anos de 2017 e 2023 pode-se observar um aumento no número anual de apendicectomias, com exceção do ano de 2020, no qual houve uma discreta redução dos valores correspondentes. Além disso, entre os anos de 2018 e 2019 percebe-se um aumento considerável nos valores, variando cerca de 361 cirurgias de um ano para o outro, um crescimento de 25% no número desse procedimento cirúrgico. Já em 2020, ao contrário da tendência observada no período anterior, observa-se uma expressiva redução no número de casos, variando de 1806, no ano de 2019, para 1548 em 2020. Nesse contexto, isso nos leva a refletir se o motivo para a diminuição expressiva desses números também não possuiu a contribuição da possível redução diagnóstica da doença devido a pandemia de COVID-19. CONCLUSÃO: Este estudo possibilitou a descrição do perfil dos pacientes internados acometidos com apendicite aguda, submetidos a apendicectomia, no estado do Piauí, mostrando-o bem semelhante com os dados publicados na literatura, sendo assim descritos: predominância do sexo masculino, adultos jovens, e pacientes autodeclarados pardos. Os dados obtidos reforçaram a preponderância da patologia em questão na capital do estado, assim, torna-se necessária a instituição de aperfeiçoamentos no sistema de saúde dos outros municípios do estado para maior assistência a sua população.
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