Vírus Linfotrópicos de células T humanas (HTLV-1 e HTLV-2): revisão de literatura / Human T-cell lymphotropic viruses (HTLV-1 and HTLV-2): literature review

• Autor(a) principal: Lima, Victor Fernando da Silva
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: Torres, Roberta Moraes, Guerra, Filipe Mosca, Carvalho, Tatiana Lins, Magalhães, Paula Machado Ribeiro
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/36940
• topic: Vírus Linfotrópico T Tipo 1 Humano; Infecções por HTLV-I; Vírus Linfotrópico T Tipo 2 Humano; Infecções por HTLV-II; Leucemia-Linfoma de Células T do Adulto; Paraparesia Espástica Tropical.

Os vírus linfotrópicos de células T humanas (HTLV) foram os primeiros retrovírus potencialmente oncogênicos a serem descobertos e isolados no mundo. Estima-se que 15 a 20 milhões de pessoas estejam infectadas pelo vírus. Até a atualidade, quatro variantes foram descobertas e descritas: HTLV-1, 2, 3 e 4. Destas, apenas o HTLV-1 e 2 parecem estar distribuídos globalmente, possuindo relevância clínica e epidemiológica. O HTLV-1 tem sido associado com a Leucemia/Linfoma de Células T de Adulto (LCTA) e a Mielopatia associada a HTLV-1/ Paraparesia Espástica Tropical (HAM/PET), outras doenças também foram associadas ao patógeno. O HTLV-2 apresenta menos patogenicidade, sendo associado a paraparesia associada ao HTLV-2, neuropatias e distúrbios da bexiga. A transmissão ocorre por meio de contato célula-célula, sendo a transmissão por vírion livre pouco eficiente, acontecendo principalmente por 3 vias: a vertical — amamentação,via transplacentária ou pelo canal de parto —, a sexual e a parenteral. A prevenção se baseia em contraindicar a amamentação por mães sabidamente infectadas, no uso de camisinha nas relações sexuais e evitar uso compartilhado de agulhas ou seringas. O diagnóstico é feito por meio de testes de triagem (ELISA, aglutinação) e testes confirmatórios (Western Blot, PCR). O tratamento é dependente da forma da doença e na sintomatologia apresentada. Pacientes assintomáticos não devem ser tratados devido ao baixo risco de desenvolvimento da doença.