Estado Nutricional e ângulo de fase de Pacientes HTLV sintomáticos e assintomáticos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rocha, Naíse Oliveira da
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60630
Resumo: Introdução: A situação nutricional de pacientes HTLV é subestudada, possivelmente, por se tratar de a sintomatologia acometer cerca de 5 a 10% dos infectados, e a própria infecção ser negligenciada. Justificativa: A má nutrição é reconhecidamente um agravante em pessoas com doenças infecciosas. Contudo, ainda são raros os estudos nutricionais com pessoas HTLV sintomáticas. Objetivo: Avaliar o estado nutricional (EN) de portadores de HTLV, comparando a composição corporal de portadores sintomáticos e assintomáticos de HTLV, determinando a capacidade prognóstica do ângulo de fase em portadores de HTLV sintomáticos. Metodologia: Estudo prospectivo, transversal de pacientes sintomáticos e assintomáticos com diagnóstico de HTLV, atendidos no ambulatório de neurologia do Instituto Nacional de Infectologia, no período de setembro de 2015 a setembro de 2019. Os pacientes foram atendidos para avaliação nutricional por: antropometria (peso, altura, índice de massa corporal-IMC, circunferência de braço CB, dobra cutânea tricipital-DCT e circunferência muscular do braço-CMB), bioimpedância-BIA (ângulo de fase- AF, % de massa magra-%MM e % de massa gorda-%MG). As medidas e índices foram classificados de acordo com valores de referência e comparados entre os grupos (sintomático e assintomático). Os dados foram analisados no programa R-project® versão 3.0.2. As diferenças foram consideradas significativas quando o valor de p foi ≤ 0.05. Resultados: Foram avaliados 91 indivíduos, sendo 33 (33,26%) assintomáticos e 58 (63,74%) sintomáticos. A maioria do gênero feminino (61,5%), com idade de 60 (55-58) anos. A proporção de sobrepeso/obesidade dos sintomáticos foi menor (51,7% vs 78,8%; p=0,0171), quando comparada com os assintomáticos por IMC (25,47 ± 5,06 kg/m2 vs 30,08 ± 5,61 kg/m2 ; p=< 0.001), CB (29,56 ± 5,13 vs 33,22 ± 4,21; p=0.0011), e %MG (30.75% vs 36,60%; p=0.0064). Os sintomáticos, entretanto, apresentaram maior %MM (68,95% vs 63,40%; p=0.0299). Todos os participantes apresentaram AF abaixo do ponto de corte adotado (7,21º), entretanto, sem diferença estatística entre os grupos. Conclusão: O sobrepeso e a obesidade são predominantes na população HTLV estudada. A CB foi considerada um bom parâmetro para monitoramento do EN de pessoas com HTLV. O AF está alterado em ambos os grupos, portanto, não pode ser usado como indicador de progressão da doença, mas sugere que a infecção pelo HTLV causa prejuízo à integridade da membrana celular, sendo necessários estudos sobre a possibilidade de que a infecção por HTLV seja isoladamente um risco nutricional.
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spelling Rocha, Naíse Oliveira daAraújo, Abelardo de Queiroz CamposBacelo, Adriana Costa2023-09-29T18:40:21Z2023-09-29T18:40:21Z2021ROCHA, Naíse Oliveira da. Estado Nutricional e ângulo de fase de Pacientes HTLV sintomáticos e assintomáticos. 2021. 66 f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2021.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60630Introdução: A situação nutricional de pacientes HTLV é subestudada, possivelmente, por se tratar de a sintomatologia acometer cerca de 5 a 10% dos infectados, e a própria infecção ser negligenciada. Justificativa: A má nutrição é reconhecidamente um agravante em pessoas com doenças infecciosas. Contudo, ainda são raros os estudos nutricionais com pessoas HTLV sintomáticas. Objetivo: Avaliar o estado nutricional (EN) de portadores de HTLV, comparando a composição corporal de portadores sintomáticos e assintomáticos de HTLV, determinando a capacidade prognóstica do ângulo de fase em portadores de HTLV sintomáticos. Metodologia: Estudo prospectivo, transversal de pacientes sintomáticos e assintomáticos com diagnóstico de HTLV, atendidos no ambulatório de neurologia do Instituto Nacional de Infectologia, no período de setembro de 2015 a setembro de 2019. Os pacientes foram atendidos para avaliação nutricional por: antropometria (peso, altura, índice de massa corporal-IMC, circunferência de braço CB, dobra cutânea tricipital-DCT e circunferência muscular do braço-CMB), bioimpedância-BIA (ângulo de fase- AF, % de massa magra-%MM e % de massa gorda-%MG). As medidas e índices foram classificados de acordo com valores de referência e comparados entre os grupos (sintomático e assintomático). Os dados foram analisados no programa R-project® versão 3.0.2. As diferenças foram consideradas significativas quando o valor de p foi ≤ 0.05. Resultados: Foram avaliados 91 indivíduos, sendo 33 (33,26%) assintomáticos e 58 (63,74%) sintomáticos. A maioria do gênero feminino (61,5%), com idade de 60 (55-58) anos. A proporção de sobrepeso/obesidade dos sintomáticos foi menor (51,7% vs 78,8%; p=0,0171), quando comparada com os assintomáticos por IMC (25,47 ± 5,06 kg/m2 vs 30,08 ± 5,61 kg/m2 ; p=< 0.001), CB (29,56 ± 5,13 vs 33,22 ± 4,21; p=0.0011), e %MG (30.75% vs 36,60%; p=0.0064). Os sintomáticos, entretanto, apresentaram maior %MM (68,95% vs 63,40%; p=0.0299). Todos os participantes apresentaram AF abaixo do ponto de corte adotado (7,21º), entretanto, sem diferença estatística entre os grupos. Conclusão: O sobrepeso e a obesidade são predominantes na população HTLV estudada. A CB foi considerada um bom parâmetro para monitoramento do EN de pessoas com HTLV. O AF está alterado em ambos os grupos, portanto, não pode ser usado como indicador de progressão da doença, mas sugere que a infecção pelo HTLV causa prejuízo à integridade da membrana celular, sendo necessários estudos sobre a possibilidade de que a infecção por HTLV seja isoladamente um risco nutricional.Introduction: The nutritional situation of HTLV patients is underestimated, possibly because the symptoms affect about 5 to 10% of those infected and the infection itself is neglected. Justification: Malnutrition is known to be an aggravating factor in people with infectious diseases. However, nutritional studies with symptomatic HTLV people are still rare. Objective: To compare the nutritional status (NS) of adult individuals with symptomatic and asymptomatic HTLV, verifying the ability to use the phase angle (PA) as a nutritional indicator in the HTLV population. Methodology: Prospective, cross-sectional study of symptomatic and asymptomatic patients diagnosed with HTLV, attended at the neurology outpatient clinic of the National Institute of Infectious Diseases, from September 2015 to September 2019. Patients were attended for nutritional assessment by: anthropometry (weight, height, body mass index-BMI, arm circumference-AC, tricipital skinfold-TSF and muscle circumference of the arm-AMC), bioimpedance BIA (phase angle-PA, % of lean mass-% LM and% fat mass-% FM). The measures and indices were classified according to reference values and compared between groups (symptomatic and asymptomatic). The data were analyzed using the R project® program version 3.0.2. The differences were considered significant when the p value was ≤ 0.05. Results: 91 individuals were evaluated, 33 (33.26%) asymptomatic and 58 (63.74%) asymptomatic. Most of the female gender (61.5%) aged 60 (55-58) years. The proportion of overweight / obesity among symptomatic patients was lower (51.7% vs 78.8%; p = 0.0171) when compared with asymptomatic individuals by BMI (25.47 ± 5.06 kg / m2 vs 30.08 ± 5.61 kg / m2; p = <0.001), CB (29.56 ± 5.13 vs 33.22 ± 4.21; p = 0.0011), and% MG (30.75% vs 36.60%; p = 0.0064); however, symptomatic patients had a higher MM% (68.95% vs 63.40%; p = 0.0299). All participants had PA below the cut-off point adopted (7.21º), however without statistical difference between groups. Conclusion: Overweight and obesity are prevalent in the HTLV population studied. AC was considered a good parameter for monitoring the NS of people with HTLV. AF is altered in both groups; therefore, it cannot be used as an indicator of disease progression, but it does suggest that HTLV infection causes damage to the integrity of the cell membrane, requiring studies on the possibility that HTLV infection is isolated nutritional risk.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porVírus T-linfotrópico humano 1Infecção por HTLV -IParaparesiaEspástica tropicalHuman T-lymphotropic vírus 1HTLV -I infectionsParaparesisTropical spasticInfecções por HTLV-IVírus Linfotrópico T Tipo 1 HumanoParaparesiaParaparesia Espástica TropicalEstado Nutricional e ângulo de fase de Pacientes HTLV sintomáticos e assintomáticosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2021Instituto Nacional de Infectologia Evandro ChagasFundação Oswaldo CruzRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/60630/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALnaise_rocha_ini_mest_2021.pdfapplication/pdf1034319https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/60630/2/naise_rocha_ini_mest_2021.pdf55cfc969564cec5052024827d8f65093MD52icict/606302023-09-29 16:08:25.878oai:www.arca.fiocruz.br:icict/60630Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-09-29T19:08:25Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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