Responsabilidade familiar frente à doação de órgãos: conhecimento ou direito do doador? / Familie’s responsabilities facing organ donation: doner’s right or knowledge?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amaral Pessoa, Bárbara Gurgel Leite do
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Albuquerque Bezerra, Cláudia Simões Cavalcanti de, Baraldi, Solange
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/28374
Resumo: Introdução: No Brasil, após a confirmação do diagnóstico de Morte Encefálica de um potencial doador de órgãos, a família do falecido é notificada e entrevistada. Torna-se, portanto, o responsável por consentir ou não a doação desses órgãos. A recusa familiar alcança 40% do total de entrevistas realizadas por ano, condição necessária para iniciar o processo de transplante. Estudos apontam que o desconhecimento do desejo do doador seja um dos principais motivos para a recusa familiar. Objetivo: Este estudo objetivou compreender a relação entre o conhecimento da responsabilidade familiar acerca da doação de órgãos com o ato de expressar em vida o desejo de ser doador ou não. Material e Método: Trata-se de uma pesquisa tipo survey, exploratória e transversal, de caráter quantitativo, com coleta de dados por meio de questionário online, aplicado entre dezembro de 2018 e março de 2019. A amostra constituiu-se de 381 estudantes de uma Universidade Pública do Distrito Federal, recrutados de maneira não estratificada, mediante difusão do instrumento em comunidades virtuais (Facebook e Whatsapp) da instituição. Os dados foram analisados e categorizados conforme a distribuição de participantes (n=381) por posicionamento acerca da doação de órgãos e por nível de conhecimento do conceito de morte encefálica, de acordo com a área de conhecimento dos cursos de graduação e utilizando-se escala tipo Likert. Resultados: 67% dos participantes sabiam da responsabilidade familiar acerca da decisão de doação no momento da morte, e, dentre eles, 62% havia comunicado à sua família sobre seu desejo de doar ou não seus órgãos com a finalidade terapêutica. Os demais 25% acreditavam na validade de um documento elaborado em vida, e 57% deles também havia comunicado a algum familiar sobre ser ou não doador; 8% alegou desconhecimento, dentre eles 37% havia conversado sobre o tema com a família. Conclusões: O grau de conhecimento do processo de doação de órgãos no Brasil pela população jovem, pode influenciar no acontecimento ou não de uma conversa familiar prévia acerca do desejo de ser doador. Esse conhecimento e posicionamento interfere diretamente no índice de recusas familiares, na disponibilidade de órgãos para a ocorrência de transplantes e no tempo da lista de espera por órgãos aos usuários do Sistema Único de Saúde.
id BJRH-0_23b706d5eb412f0e0173e832dbaede36
oai_identifier_str oai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/28374
network_acronym_str BJRH-0
network_name_str Brazilian Journal of Health Review
repository_id_str
spelling Responsabilidade familiar frente à doação de órgãos: conhecimento ou direito do doador? / Familie’s responsabilities facing organ donation: doner’s right or knowledge?Obtenção de Tecidos e ÓrgãosMorte EncefálicaEducação em SaúdeSistema Único de SaúdeDoadores de TecidosIntrodução: No Brasil, após a confirmação do diagnóstico de Morte Encefálica de um potencial doador de órgãos, a família do falecido é notificada e entrevistada. Torna-se, portanto, o responsável por consentir ou não a doação desses órgãos. A recusa familiar alcança 40% do total de entrevistas realizadas por ano, condição necessária para iniciar o processo de transplante. Estudos apontam que o desconhecimento do desejo do doador seja um dos principais motivos para a recusa familiar. Objetivo: Este estudo objetivou compreender a relação entre o conhecimento da responsabilidade familiar acerca da doação de órgãos com o ato de expressar em vida o desejo de ser doador ou não. Material e Método: Trata-se de uma pesquisa tipo survey, exploratória e transversal, de caráter quantitativo, com coleta de dados por meio de questionário online, aplicado entre dezembro de 2018 e março de 2019. A amostra constituiu-se de 381 estudantes de uma Universidade Pública do Distrito Federal, recrutados de maneira não estratificada, mediante difusão do instrumento em comunidades virtuais (Facebook e Whatsapp) da instituição. Os dados foram analisados e categorizados conforme a distribuição de participantes (n=381) por posicionamento acerca da doação de órgãos e por nível de conhecimento do conceito de morte encefálica, de acordo com a área de conhecimento dos cursos de graduação e utilizando-se escala tipo Likert. Resultados: 67% dos participantes sabiam da responsabilidade familiar acerca da decisão de doação no momento da morte, e, dentre eles, 62% havia comunicado à sua família sobre seu desejo de doar ou não seus órgãos com a finalidade terapêutica. Os demais 25% acreditavam na validade de um documento elaborado em vida, e 57% deles também havia comunicado a algum familiar sobre ser ou não doador; 8% alegou desconhecimento, dentre eles 37% havia conversado sobre o tema com a família. Conclusões: O grau de conhecimento do processo de doação de órgãos no Brasil pela população jovem, pode influenciar no acontecimento ou não de uma conversa familiar prévia acerca do desejo de ser doador. Esse conhecimento e posicionamento interfere diretamente no índice de recusas familiares, na disponibilidade de órgãos para a ocorrência de transplantes e no tempo da lista de espera por órgãos aos usuários do Sistema Único de Saúde.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2021-04-16info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/2837410.34119/bjhrv4n2-382Brazilian Journal of Health Review; Vol. 4 No. 2 (2021); 8685-8698Brazilian Journal of Health Review; v. 4 n. 2 (2021); 8685-86982595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/28374/23058Copyright (c) 2021 Brazilian Journal of Health Reviewinfo:eu-repo/semantics/openAccessAmaral Pessoa, Bárbara Gurgel Leite doAlbuquerque Bezerra, Cláudia Simões Cavalcanti deBaraldi, Solange2021-05-31T22:31:06Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/28374Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2021-05-31T22:31:06Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false
dc.title.none.fl_str_mv Responsabilidade familiar frente à doação de órgãos: conhecimento ou direito do doador? / Familie’s responsabilities facing organ donation: doner’s right or knowledge?
title Responsabilidade familiar frente à doação de órgãos: conhecimento ou direito do doador? / Familie’s responsabilities facing organ donation: doner’s right or knowledge?
spellingShingle Responsabilidade familiar frente à doação de órgãos: conhecimento ou direito do doador? / Familie’s responsabilities facing organ donation: doner’s right or knowledge?
Amaral Pessoa, Bárbara Gurgel Leite do
Obtenção de Tecidos e Órgãos
Morte Encefálica
Educação em Saúde
Sistema Único de Saúde
Doadores de Tecidos
title_short Responsabilidade familiar frente à doação de órgãos: conhecimento ou direito do doador? / Familie’s responsabilities facing organ donation: doner’s right or knowledge?
title_full Responsabilidade familiar frente à doação de órgãos: conhecimento ou direito do doador? / Familie’s responsabilities facing organ donation: doner’s right or knowledge?
title_fullStr Responsabilidade familiar frente à doação de órgãos: conhecimento ou direito do doador? / Familie’s responsabilities facing organ donation: doner’s right or knowledge?
title_full_unstemmed Responsabilidade familiar frente à doação de órgãos: conhecimento ou direito do doador? / Familie’s responsabilities facing organ donation: doner’s right or knowledge?
title_sort Responsabilidade familiar frente à doação de órgãos: conhecimento ou direito do doador? / Familie’s responsabilities facing organ donation: doner’s right or knowledge?
author Amaral Pessoa, Bárbara Gurgel Leite do
author_facet Amaral Pessoa, Bárbara Gurgel Leite do
Albuquerque Bezerra, Cláudia Simões Cavalcanti de
Baraldi, Solange
author_role author
author2 Albuquerque Bezerra, Cláudia Simões Cavalcanti de
Baraldi, Solange
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Amaral Pessoa, Bárbara Gurgel Leite do
Albuquerque Bezerra, Cláudia Simões Cavalcanti de
Baraldi, Solange
dc.subject.por.fl_str_mv Obtenção de Tecidos e Órgãos
Morte Encefálica
Educação em Saúde
Sistema Único de Saúde
Doadores de Tecidos
topic Obtenção de Tecidos e Órgãos
Morte Encefálica
Educação em Saúde
Sistema Único de Saúde
Doadores de Tecidos
description Introdução: No Brasil, após a confirmação do diagnóstico de Morte Encefálica de um potencial doador de órgãos, a família do falecido é notificada e entrevistada. Torna-se, portanto, o responsável por consentir ou não a doação desses órgãos. A recusa familiar alcança 40% do total de entrevistas realizadas por ano, condição necessária para iniciar o processo de transplante. Estudos apontam que o desconhecimento do desejo do doador seja um dos principais motivos para a recusa familiar. Objetivo: Este estudo objetivou compreender a relação entre o conhecimento da responsabilidade familiar acerca da doação de órgãos com o ato de expressar em vida o desejo de ser doador ou não. Material e Método: Trata-se de uma pesquisa tipo survey, exploratória e transversal, de caráter quantitativo, com coleta de dados por meio de questionário online, aplicado entre dezembro de 2018 e março de 2019. A amostra constituiu-se de 381 estudantes de uma Universidade Pública do Distrito Federal, recrutados de maneira não estratificada, mediante difusão do instrumento em comunidades virtuais (Facebook e Whatsapp) da instituição. Os dados foram analisados e categorizados conforme a distribuição de participantes (n=381) por posicionamento acerca da doação de órgãos e por nível de conhecimento do conceito de morte encefálica, de acordo com a área de conhecimento dos cursos de graduação e utilizando-se escala tipo Likert. Resultados: 67% dos participantes sabiam da responsabilidade familiar acerca da decisão de doação no momento da morte, e, dentre eles, 62% havia comunicado à sua família sobre seu desejo de doar ou não seus órgãos com a finalidade terapêutica. Os demais 25% acreditavam na validade de um documento elaborado em vida, e 57% deles também havia comunicado a algum familiar sobre ser ou não doador; 8% alegou desconhecimento, dentre eles 37% havia conversado sobre o tema com a família. Conclusões: O grau de conhecimento do processo de doação de órgãos no Brasil pela população jovem, pode influenciar no acontecimento ou não de uma conversa familiar prévia acerca do desejo de ser doador. Esse conhecimento e posicionamento interfere diretamente no índice de recusas familiares, na disponibilidade de órgãos para a ocorrência de transplantes e no tempo da lista de espera por órgãos aos usuários do Sistema Único de Saúde.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-04-16
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/28374
10.34119/bjhrv4n2-382
url https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/28374
identifier_str_mv 10.34119/bjhrv4n2-382
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/28374/23058
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2021 Brazilian Journal of Health Review
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2021 Brazilian Journal of Health Review
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
publisher.none.fl_str_mv Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
dc.source.none.fl_str_mv Brazilian Journal of Health Review; Vol. 4 No. 2 (2021); 8685-8698
Brazilian Journal of Health Review; v. 4 n. 2 (2021); 8685-8698
2595-6825
reponame:Brazilian Journal of Health Review
instname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)
instacron:BJRH
instname_str Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)
instacron_str BJRH
institution BJRH
reponame_str Brazilian Journal of Health Review
collection Brazilian Journal of Health Review
repository.name.fl_str_mv Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)
repository.mail.fl_str_mv || brazilianjhr@gmail.com
_version_ 1797240062037983232