Mortalidade Materna por Hemorragia no Brasil / Maternal Mortality from Hemorrhage in Brazil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/25632 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: A mortalidade materna define-se como aquela em que o desfecho ocorre durante a gravidez ou em um prazo de 42 dias após o fim da gestação. Óbitos decorrentes de eventos hemorrágicos são a causa mais evitável de morte materna no mundo, e suas principais causas são: aborto, placenta prévia, ruptura uterina, descolamento prematuro da placenta, traumas, coagulopatias e hemorragias pós-parto, que, inclusive, podem e devem ser evitadas com o devido tratamento obstétrico. É por isso que a análise do perfil epidemiológico e da prevalência da mortalidade materna por hemorragia pós-parto no Brasil motivou a escrita deste artigo, a fim de alertar aos profissionais de saúde sobre a necessidade de melhorias nos serviços de atenção à saúde da mulher, já que, de acordo com a literatura, 95% dos óbitos maternos no mundo poderiam ser evitados. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura com busca nas bases de dados U.S National Library of Medicine (PubMed) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO) utilizando os descritores “Maternal Mortality” e “Obstetric Hemorrhage”. RESULTADOS: Dos artigos analisados, disponíveis em periódicos nacionais e internacionais, foram selecionados 20, publicados entre os anos de 2011 e 2020. Dentre eles, doze são revisões de literatura, três são estudos descritivos, três são estudos coortes, um consiste em estudo multicêntrico e um outro é estudo transversal. DISCUSSÃO: No cenário brasileiro, o estudo descritivo populacional de Souza et al (2013) analisou a Razão da Mortalidade Materna (RMM) devido à hemorragia. Evidenciou-se através da coleta do total de mortes maternas do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), que 3179 óbitos (14,26%) estavam relacionados à hemorragia e, destas, 41% representavam a hemorragia pós- parto. CONCLUSÃO: O Brasil ainda está distante de reverter o cenário atual de mortalidade materna, principalmente aquelas causadas por hemorragia, revelando desigualdades regionais e estruturais intimamente relacionadas a esse tipo de óbito. Apesar da criação de políticas públicas de assistência à gestante e de tecnologias para intervir na hemorragia obstétrica, o Brasil ainda não alcançou resultados desejáveis, como demonstrado na literatura, sendo necessário aprimorar o manejo da hemorragia pós-parto e investir em ações que garantam a saúde da mulher em seu âmbito materno e pós-materno. |
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Mortalidade Materna por Hemorragia no Brasil / Maternal Mortality from Hemorrhage in BrazilHemorragia obstétricaHemorragia obstétrica maciçaHemorragia pós-partoMortalidade Materna.INTRODUÇÃO: A mortalidade materna define-se como aquela em que o desfecho ocorre durante a gravidez ou em um prazo de 42 dias após o fim da gestação. Óbitos decorrentes de eventos hemorrágicos são a causa mais evitável de morte materna no mundo, e suas principais causas são: aborto, placenta prévia, ruptura uterina, descolamento prematuro da placenta, traumas, coagulopatias e hemorragias pós-parto, que, inclusive, podem e devem ser evitadas com o devido tratamento obstétrico. É por isso que a análise do perfil epidemiológico e da prevalência da mortalidade materna por hemorragia pós-parto no Brasil motivou a escrita deste artigo, a fim de alertar aos profissionais de saúde sobre a necessidade de melhorias nos serviços de atenção à saúde da mulher, já que, de acordo com a literatura, 95% dos óbitos maternos no mundo poderiam ser evitados. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura com busca nas bases de dados U.S National Library of Medicine (PubMed) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO) utilizando os descritores “Maternal Mortality” e “Obstetric Hemorrhage”. RESULTADOS: Dos artigos analisados, disponíveis em periódicos nacionais e internacionais, foram selecionados 20, publicados entre os anos de 2011 e 2020. Dentre eles, doze são revisões de literatura, três são estudos descritivos, três são estudos coortes, um consiste em estudo multicêntrico e um outro é estudo transversal. DISCUSSÃO: No cenário brasileiro, o estudo descritivo populacional de Souza et al (2013) analisou a Razão da Mortalidade Materna (RMM) devido à hemorragia. Evidenciou-se através da coleta do total de mortes maternas do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), que 3179 óbitos (14,26%) estavam relacionados à hemorragia e, destas, 41% representavam a hemorragia pós- parto. CONCLUSÃO: O Brasil ainda está distante de reverter o cenário atual de mortalidade materna, principalmente aquelas causadas por hemorragia, revelando desigualdades regionais e estruturais intimamente relacionadas a esse tipo de óbito. Apesar da criação de políticas públicas de assistência à gestante e de tecnologias para intervir na hemorragia obstétrica, o Brasil ainda não alcançou resultados desejáveis, como demonstrado na literatura, sendo necessário aprimorar o manejo da hemorragia pós-parto e investir em ações que garantam a saúde da mulher em seu âmbito materno e pós-materno.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2021-03-03info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/2563210.34119/bjhrv4n2-029Brazilian Journal of Health Review; Vol. 4 No. 2 (2021); 4333-4342Brazilian Journal of Health Review; v. 4 n. 2 (2021); 4333-43422595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/25632/20388Copyright (c) 2021 Brazilian Journal of Health Reviewinfo:eu-repo/semantics/openAccessCosta, Sophia de Araújo LibânioMarques, Larissa FerreiraRezende, Bárbara Ellen Souzade Oliveira, Bárbara Martins MelloParreiras, Bianca HenriquesBelineli, Bruna FernandaMelo, Carolina AlvesMileti, Daniela RambaldiXavier, Eduarda Paula MarkusXavier, Guilherme Assis2021-05-31T22:30:28Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/25632Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2021-05-31T22:30:28Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false |
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