Aspectos epidemiológicos da leishmaniose visceral no extreno Norte do Brasil / Epidemiological aspects of visceral leishmaniosis in Northern Brazil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Benedetti, Maria Soledade Garcia
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Pezente, Letícia Godinho
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/18001
Resumo: O estudo tem o objetivo de analisar o comportamento da leishmaniose visceral nos últimos 30 anos e seus aspectos epidemiológicos no extremo norte do Brasil. Métodos: estudo ecológico de série temporal no Estado de Roraima, localizado no extremo norte do país. Os dados foram obtidos do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan) e relatórios do Departamento de Vigilância Epidemiológica estadual. A metodologia de análise utilizada ocorreu em duas etapas – a primeira refere-se ao comportamento da leishmaniose visceral avaliado por meio da taxa de incidência no período de 1989 a 2019, – e a segunda aborda os aspectos epidemiológicos no período de 2007 a 2019. Resultados: no período de 1989 a 2019 foram confirmados 678 casos de leishmaniose visceral, com incidência média de 7,67 casos por 100 mil habitantes, variando de 0,24 a 36,77. Entre 2007 e 2019 foram confirmados 196 casos, a taxa de incidência variou de 0,24 a 8,56/100 mil habitantes, e a letalidade foi de 6,1%. Os municípios com maiores ocorrências foram Uiramutã (52%), Pacaraima (18,4%) e Normandia (12,2%). Houve predomínio dos casos no sexo masculino (55,6%), em menores de 10 anos (86,8%), na raça indígena (50,0%) e na zona rural (79,1%). Conclusão: o estudo demonstrou maior ocorrência da doença em crianças, indígenas, homens e na zona rural. O registro de autoctonia da doença em seis municípios, além dos municípios de Uiramutã, Pacaraima, Normandia e Amajarí com comprovação do vetor, chama a atenção, e é possível que esteja relacionado ao mal preenchimento da ficha de notificação do Sinan, entretanto, requer um estudo entomológico nesses municípios.
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