Retinopatia diabética: uma revisão abrangente sobre etiologia, epidemiologia, diagnóstico, tratamento farmacológico e cirúrgico

• Autor(a) principal: Kleinschmitt, Beatriz de Azevedo
• Data de Publicação: 2024
• Outros Autores: Tanuri , Lara Duarte, Santos , Maria Clara Girotto dos, Santos , Maria Fernanda Girotto dos, Germani, Gabriela Bachega
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/68476
• topic: retinopatia diabética; diagnóstico; epidemiologia; etiologia; tratamento

A retinopatia diabética (RD) é uma complicação ocular comum e potencialmente debilitante que afeta pessoas com diabetes. A etiologia dessa condição está intimamente ligada à hiperglicemia crônica, que danifica os vasos sanguíneos da retina ao longo do tempo. Epidemiologicamente, a RD é uma das principais causas de cegueira em adultos em idade produtiva, especialmente em países desenvolvidos onde a incidência de diabetes está aumentando. O diagnóstico precoce é crucial e geralmente é realizado por meio de exames oftalmológicos regulares que detectam alterações nos vasos sanguíneos da retina, como microaneurismas, hemorragias e exsudatos. No que diz respeito ao tratamento, abordagens farmacológicas têm sido desenvolvidas para retardar a progressão da RD. Isso geralmente envolve o controle rigoroso da glicemia, pressão arterial e lipídeos, além do uso de medicamentos como inibidores do VEGF (fator de crescimento endotelial vascular) para reduzir o edema macular e o crescimento de novos vasos sanguíneos anormais. No entanto, em estágios avançados da doença, intervenções cirúrgicas podem ser necessárias. A cirurgia a laser é comumente empregada para tratar a RD proliferativa, visando selar os vasos sanguíneos anormais e reduzir o risco de hemorragias. Além disso, a vitrectomia pode ser realizada para remover o humor vítreo turvo e substituí-lo por uma solução salina para melhorar a visão. No entanto, é importante destacar que o tratamento cirúrgico é geralmente reservado para casos mais graves e complexos da doença, com o objetivo de preservar a visão e prevenir a cegueira. Em suma, uma abordagem multifacetada, que inclui tanto tratamento farmacológico quanto cirúrgico, é essencial para o manejo eficaz da RD, visando preservar a função visual e melhorar a qualidade de vida dos pacientes afetados.