Câncer de colo uterino avançado e o cuidado longitudinal na atenção básica / Advanced cervical cancer and longitudinal care in basic care

• Autor(a) principal: Fernandes, Denise Mota Araripe Pereira
• Data de Publicação: 2020
• Outros Autores: Carvalho, Anne Thaísa Dantas, de Melo, Vilma Felipe Costa
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/18798
• topic: Atenção Básica Residência e Internato; Longitudinalidade; Câncer de colo uterino; Visitas Domiciliares.

O Câncer de Colo Uterino (CCU) representa a quarta neoplasia mais frequente no sexo feminino em termos mundiais, sendo uma doença de progressão lenta, com grande potencial de prevenção e cura se diagnosticada e tratada precocemente. O objetivo desta pesquisa foi relatar o potencial de cuidado da Atenção Básica (AB) através de Visitas Domiciliares (VD) a uma paciente entendida pela especialidade focal como "sem prognóstico" e posterior alta hospitalar com desvinculação do serviço. Na AB, apesar de tecnologicamente leve, não se propõe a dar alta aos pacientes. Os cuidados em atenção primária estão situados na comunidade, o cuidado é parte, a atenção é ampla e estendida às pessoas e às suas famílias. A equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) tem vínculo pessoal e direto como os moradores da comunidade. Participa da cobertura assistencial propondo a realização do exame preventivo para o CCU, porém ainda enfrenta dificuldades no que tange a essa proposta de cuidado e seguimento. Contudo, as principais reações emocionais e sentimentos experimentados pelas mulheres frente ao diagnóstico de câncer cervicouterino também fazem parte do espaço onde atua a AB. Para o desenvolvimento deste relato optou-se por uma abordagem qualitativa, através da medicina narrativa, resgatando na contação de histórias um mecanismo de aprendizagem de Medicina aos internos e residentes em Medicina de Família e Comunidade. Aqui narramos como nos preparamos e demos o suporte a uma família no momento de ruptura pelo adoecimento grave. Ao concluirmos esta pesquisa pudemos observar que as mulheres necessitam de apoio emocional e multidisciplinar constantes na luta contra o CCU, uma doença ainda considerada incurável quando invasora.