Estenose aórtica grave assintomática: atuais perspectivas terapêuticas
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
DOI: | 10.34119/bjhrv6n2-095 |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/58147 |
Resumo: | A estenose aórtica (EA) é uma valvulopatia comum na prática clínica e a substituição cirúrgica da válvula é indicada para os casos graves sintomáticos. Entretanto, para os casos assintomáticos o tratamento permanece controverso. Estudos indicam que grande parte desses pacientes apresentarão sintomas nos próximos anos, necessitando de cirurgia, e que, nesse período, o risco de danos cardíacos irreversíveis aumentam. Por outro lado, a intervenção precoce também oferece riscos. A avaliação inicial da EA grave assintomática consiste em diversas modalidades de exames e a ecocardiografia é utilizada para a avaliação da etiologia, gravidade e progressão da doença. É considerado como EA grave pacientes que apresentarem gradiente médio maior que 40 mmHg, área da válvula menor que 1 cm2 e velocidade máxima maior que 4 m/s na ecocardiografia. Entretanto, outros exames também podem ser úteis, como teste de esforço, ressonância magnética, eletrocardiograma, hemograma, eletrólitos séricos e biomarcadores cardíacos. Normalmente, a cirurgia para a EA grave assintomática é indicada quando a fração de ejeção ventricular esquerda for menor ou igual a 50%, quando houver baixo risco cirúrgico e quando o teste de esforço for anormal. Em contrapartida, a cirurgia é contraindicada quando esta é improvável de melhorar a qualidade de vida e em pacientes que possuem comorbidades graves. Quanto à técnica, há a substituição cirúrgica da válvula aórtica e a substituição transcateter da válvula aórtica, uma alternativa menos invasiva. Embora a decisão entre espera vigilante ou cirurgia precoce para os pacientes com EA assintomática grave ainda não seja bem estabelecida, a chave para o gerenciamento consiste em uma abordagem multidisciplinar e na preferência do paciente. |
id |
BJRH-0_341bf496ef05829edca7ddefdb13d153 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/58147 |
network_acronym_str |
BJRH-0 |
network_name_str |
Brazilian Journal of Health Review |
spelling |
Estenose aórtica grave assintomática: atuais perspectivas terapêuticasassintomáticacirurgia cardiovascularEstenose AórticatratamentovalvulopatiaA estenose aórtica (EA) é uma valvulopatia comum na prática clínica e a substituição cirúrgica da válvula é indicada para os casos graves sintomáticos. Entretanto, para os casos assintomáticos o tratamento permanece controverso. Estudos indicam que grande parte desses pacientes apresentarão sintomas nos próximos anos, necessitando de cirurgia, e que, nesse período, o risco de danos cardíacos irreversíveis aumentam. Por outro lado, a intervenção precoce também oferece riscos. A avaliação inicial da EA grave assintomática consiste em diversas modalidades de exames e a ecocardiografia é utilizada para a avaliação da etiologia, gravidade e progressão da doença. É considerado como EA grave pacientes que apresentarem gradiente médio maior que 40 mmHg, área da válvula menor que 1 cm2 e velocidade máxima maior que 4 m/s na ecocardiografia. Entretanto, outros exames também podem ser úteis, como teste de esforço, ressonância magnética, eletrocardiograma, hemograma, eletrólitos séricos e biomarcadores cardíacos. Normalmente, a cirurgia para a EA grave assintomática é indicada quando a fração de ejeção ventricular esquerda for menor ou igual a 50%, quando houver baixo risco cirúrgico e quando o teste de esforço for anormal. Em contrapartida, a cirurgia é contraindicada quando esta é improvável de melhorar a qualidade de vida e em pacientes que possuem comorbidades graves. Quanto à técnica, há a substituição cirúrgica da válvula aórtica e a substituição transcateter da válvula aórtica, uma alternativa menos invasiva. Embora a decisão entre espera vigilante ou cirurgia precoce para os pacientes com EA assintomática grave ainda não seja bem estabelecida, a chave para o gerenciamento consiste em uma abordagem multidisciplinar e na preferência do paciente.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2023-03-16info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/5814710.34119/bjhrv6n2-095Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 No. 2 (2023); 5649-5655Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 Núm. 2 (2023); 5649-5655Brazilian Journal of Health Review; v. 6 n. 2 (2023); 5649-56552595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/58147/42389Vargas, Ana Elisa Assad TeixeiraPiumbini, Arthur ZambonMoreira, Francisco PedroniVargas, Maria Clara Assad Teixeirade Faria, Salomão Lyra Coura NunesVargas, Raissa BoecherMoraes, Bárbara Vieirainfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-03-16T18:59:17Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/58147Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2023-03-16T18:59:17Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Estenose aórtica grave assintomática: atuais perspectivas terapêuticas |
title |
Estenose aórtica grave assintomática: atuais perspectivas terapêuticas |
spellingShingle |
Estenose aórtica grave assintomática: atuais perspectivas terapêuticas Estenose aórtica grave assintomática: atuais perspectivas terapêuticas Vargas, Ana Elisa Assad Teixeira assintomática cirurgia cardiovascular Estenose Aórtica tratamento valvulopatia Vargas, Ana Elisa Assad Teixeira assintomática cirurgia cardiovascular Estenose Aórtica tratamento valvulopatia |
title_short |
Estenose aórtica grave assintomática: atuais perspectivas terapêuticas |
title_full |
Estenose aórtica grave assintomática: atuais perspectivas terapêuticas |
title_fullStr |
Estenose aórtica grave assintomática: atuais perspectivas terapêuticas Estenose aórtica grave assintomática: atuais perspectivas terapêuticas |
title_full_unstemmed |
Estenose aórtica grave assintomática: atuais perspectivas terapêuticas Estenose aórtica grave assintomática: atuais perspectivas terapêuticas |
title_sort |
Estenose aórtica grave assintomática: atuais perspectivas terapêuticas |
author |
Vargas, Ana Elisa Assad Teixeira |
author_facet |
Vargas, Ana Elisa Assad Teixeira Vargas, Ana Elisa Assad Teixeira Piumbini, Arthur Zambon Moreira, Francisco Pedroni Vargas, Maria Clara Assad Teixeira de Faria, Salomão Lyra Coura Nunes Vargas, Raissa Boecher Moraes, Bárbara Vieira Piumbini, Arthur Zambon Moreira, Francisco Pedroni Vargas, Maria Clara Assad Teixeira de Faria, Salomão Lyra Coura Nunes Vargas, Raissa Boecher Moraes, Bárbara Vieira |
author_role |
author |
author2 |
Piumbini, Arthur Zambon Moreira, Francisco Pedroni Vargas, Maria Clara Assad Teixeira de Faria, Salomão Lyra Coura Nunes Vargas, Raissa Boecher Moraes, Bárbara Vieira |
author2_role |
author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Vargas, Ana Elisa Assad Teixeira Piumbini, Arthur Zambon Moreira, Francisco Pedroni Vargas, Maria Clara Assad Teixeira de Faria, Salomão Lyra Coura Nunes Vargas, Raissa Boecher Moraes, Bárbara Vieira |
dc.subject.por.fl_str_mv |
assintomática cirurgia cardiovascular Estenose Aórtica tratamento valvulopatia |
topic |
assintomática cirurgia cardiovascular Estenose Aórtica tratamento valvulopatia |
description |
A estenose aórtica (EA) é uma valvulopatia comum na prática clínica e a substituição cirúrgica da válvula é indicada para os casos graves sintomáticos. Entretanto, para os casos assintomáticos o tratamento permanece controverso. Estudos indicam que grande parte desses pacientes apresentarão sintomas nos próximos anos, necessitando de cirurgia, e que, nesse período, o risco de danos cardíacos irreversíveis aumentam. Por outro lado, a intervenção precoce também oferece riscos. A avaliação inicial da EA grave assintomática consiste em diversas modalidades de exames e a ecocardiografia é utilizada para a avaliação da etiologia, gravidade e progressão da doença. É considerado como EA grave pacientes que apresentarem gradiente médio maior que 40 mmHg, área da válvula menor que 1 cm2 e velocidade máxima maior que 4 m/s na ecocardiografia. Entretanto, outros exames também podem ser úteis, como teste de esforço, ressonância magnética, eletrocardiograma, hemograma, eletrólitos séricos e biomarcadores cardíacos. Normalmente, a cirurgia para a EA grave assintomática é indicada quando a fração de ejeção ventricular esquerda for menor ou igual a 50%, quando houver baixo risco cirúrgico e quando o teste de esforço for anormal. Em contrapartida, a cirurgia é contraindicada quando esta é improvável de melhorar a qualidade de vida e em pacientes que possuem comorbidades graves. Quanto à técnica, há a substituição cirúrgica da válvula aórtica e a substituição transcateter da válvula aórtica, uma alternativa menos invasiva. Embora a decisão entre espera vigilante ou cirurgia precoce para os pacientes com EA assintomática grave ainda não seja bem estabelecida, a chave para o gerenciamento consiste em uma abordagem multidisciplinar e na preferência do paciente. |
publishDate |
2023 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2023-03-16 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/58147 10.34119/bjhrv6n2-095 |
url |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/58147 |
identifier_str_mv |
10.34119/bjhrv6n2-095 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/58147/42389 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda. |
publisher.none.fl_str_mv |
Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda. |
dc.source.none.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 No. 2 (2023); 5649-5655 Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 Núm. 2 (2023); 5649-5655 Brazilian Journal of Health Review; v. 6 n. 2 (2023); 5649-5655 2595-6825 reponame:Brazilian Journal of Health Review instname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) instacron:BJRH |
instname_str |
Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) |
instacron_str |
BJRH |
institution |
BJRH |
reponame_str |
Brazilian Journal of Health Review |
collection |
Brazilian Journal of Health Review |
repository.name.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|| brazilianjhr@gmail.com |
_version_ |
1822179681607090176 |
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv |
10.34119/bjhrv6n2-095 |