Estenose aórtica grave assintomática: atuais perspectivas terapêuticas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vargas, Ana Elisa Assad Teixeira
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Piumbini, Arthur Zambon, Moreira, Francisco Pedroni, Vargas, Maria Clara Assad Teixeira, de Faria, Salomão Lyra Coura Nunes, Vargas, Raissa Boecher, Moraes, Bárbara Vieira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/58147
Resumo: A estenose aórtica (EA) é uma valvulopatia comum na prática clínica e a substituição cirúrgica da válvula  é indicada para os casos graves sintomáticos. Entretanto,  para os casos assintomáticos o tratamento permanece controverso. Estudos indicam que grande parte desses pacientes apresentarão sintomas nos próximos anos, necessitando de cirurgia, e que, nesse período, o risco de danos cardíacos irreversíveis aumentam. Por outro lado, a intervenção precoce também oferece riscos. A avaliação inicial da EA grave assintomática consiste em diversas modalidades de exames e a ecocardiografia é utilizada para a avaliação da etiologia, gravidade e progressão da doença. É considerado como EA grave pacientes que apresentarem gradiente médio maior que 40 mmHg, área da válvula menor que 1 cm2 e velocidade máxima maior que 4 m/s na ecocardiografia. Entretanto, outros exames também podem ser úteis, como teste de esforço, ressonância magnética, eletrocardiograma, hemograma, eletrólitos séricos e biomarcadores cardíacos. Normalmente, a cirurgia para a EA grave assintomática é indicada quando a fração de ejeção ventricular esquerda for menor ou igual a 50%, quando houver baixo risco cirúrgico e quando o teste de esforço for anormal. Em contrapartida, a cirurgia é contraindicada quando esta é improvável de melhorar a qualidade de vida e em pacientes que possuem comorbidades graves. Quanto à técnica, há a substituição cirúrgica da válvula aórtica e a substituição transcateter da válvula aórtica, uma alternativa menos invasiva. Embora a decisão entre espera vigilante ou cirurgia precoce para os pacientes com EA assintomática grave ainda não seja bem estabelecida, a chave para o gerenciamento consiste em uma abordagem multidisciplinar e na preferência do paciente.
id BJRH-0_341bf496ef05829edca7ddefdb13d153
oai_identifier_str oai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/58147
network_acronym_str BJRH-0
network_name_str Brazilian Journal of Health Review
repository_id_str
spelling Estenose aórtica grave assintomática: atuais perspectivas terapêuticasassintomáticacirurgia cardiovascularEstenose AórticatratamentovalvulopatiaA estenose aórtica (EA) é uma valvulopatia comum na prática clínica e a substituição cirúrgica da válvula  é indicada para os casos graves sintomáticos. Entretanto,  para os casos assintomáticos o tratamento permanece controverso. Estudos indicam que grande parte desses pacientes apresentarão sintomas nos próximos anos, necessitando de cirurgia, e que, nesse período, o risco de danos cardíacos irreversíveis aumentam. Por outro lado, a intervenção precoce também oferece riscos. A avaliação inicial da EA grave assintomática consiste em diversas modalidades de exames e a ecocardiografia é utilizada para a avaliação da etiologia, gravidade e progressão da doença. É considerado como EA grave pacientes que apresentarem gradiente médio maior que 40 mmHg, área da válvula menor que 1 cm2 e velocidade máxima maior que 4 m/s na ecocardiografia. Entretanto, outros exames também podem ser úteis, como teste de esforço, ressonância magnética, eletrocardiograma, hemograma, eletrólitos séricos e biomarcadores cardíacos. Normalmente, a cirurgia para a EA grave assintomática é indicada quando a fração de ejeção ventricular esquerda for menor ou igual a 50%, quando houver baixo risco cirúrgico e quando o teste de esforço for anormal. Em contrapartida, a cirurgia é contraindicada quando esta é improvável de melhorar a qualidade de vida e em pacientes que possuem comorbidades graves. Quanto à técnica, há a substituição cirúrgica da válvula aórtica e a substituição transcateter da válvula aórtica, uma alternativa menos invasiva. Embora a decisão entre espera vigilante ou cirurgia precoce para os pacientes com EA assintomática grave ainda não seja bem estabelecida, a chave para o gerenciamento consiste em uma abordagem multidisciplinar e na preferência do paciente.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2023-03-16info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/5814710.34119/bjhrv6n2-095Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 No. 2 (2023); 5649-5655Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 Núm. 2 (2023); 5649-5655Brazilian Journal of Health Review; v. 6 n. 2 (2023); 5649-56552595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/58147/42389Vargas, Ana Elisa Assad TeixeiraPiumbini, Arthur ZambonMoreira, Francisco PedroniVargas, Maria Clara Assad Teixeirade Faria, Salomão Lyra Coura NunesVargas, Raissa BoecherMoraes, Bárbara Vieirainfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-03-16T18:59:17Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/58147Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2023-03-16T18:59:17Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false
dc.title.none.fl_str_mv Estenose aórtica grave assintomática: atuais perspectivas terapêuticas
title Estenose aórtica grave assintomática: atuais perspectivas terapêuticas
spellingShingle Estenose aórtica grave assintomática: atuais perspectivas terapêuticas
Vargas, Ana Elisa Assad Teixeira
assintomática
cirurgia cardiovascular
Estenose Aórtica
tratamento
valvulopatia
title_short Estenose aórtica grave assintomática: atuais perspectivas terapêuticas
title_full Estenose aórtica grave assintomática: atuais perspectivas terapêuticas
title_fullStr Estenose aórtica grave assintomática: atuais perspectivas terapêuticas
title_full_unstemmed Estenose aórtica grave assintomática: atuais perspectivas terapêuticas
title_sort Estenose aórtica grave assintomática: atuais perspectivas terapêuticas
author Vargas, Ana Elisa Assad Teixeira
author_facet Vargas, Ana Elisa Assad Teixeira
Piumbini, Arthur Zambon
Moreira, Francisco Pedroni
Vargas, Maria Clara Assad Teixeira
de Faria, Salomão Lyra Coura Nunes
Vargas, Raissa Boecher
Moraes, Bárbara Vieira
author_role author
author2 Piumbini, Arthur Zambon
Moreira, Francisco Pedroni
Vargas, Maria Clara Assad Teixeira
de Faria, Salomão Lyra Coura Nunes
Vargas, Raissa Boecher
Moraes, Bárbara Vieira
author2_role author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Vargas, Ana Elisa Assad Teixeira
Piumbini, Arthur Zambon
Moreira, Francisco Pedroni
Vargas, Maria Clara Assad Teixeira
de Faria, Salomão Lyra Coura Nunes
Vargas, Raissa Boecher
Moraes, Bárbara Vieira
dc.subject.por.fl_str_mv assintomática
cirurgia cardiovascular
Estenose Aórtica
tratamento
valvulopatia
topic assintomática
cirurgia cardiovascular
Estenose Aórtica
tratamento
valvulopatia
description A estenose aórtica (EA) é uma valvulopatia comum na prática clínica e a substituição cirúrgica da válvula  é indicada para os casos graves sintomáticos. Entretanto,  para os casos assintomáticos o tratamento permanece controverso. Estudos indicam que grande parte desses pacientes apresentarão sintomas nos próximos anos, necessitando de cirurgia, e que, nesse período, o risco de danos cardíacos irreversíveis aumentam. Por outro lado, a intervenção precoce também oferece riscos. A avaliação inicial da EA grave assintomática consiste em diversas modalidades de exames e a ecocardiografia é utilizada para a avaliação da etiologia, gravidade e progressão da doença. É considerado como EA grave pacientes que apresentarem gradiente médio maior que 40 mmHg, área da válvula menor que 1 cm2 e velocidade máxima maior que 4 m/s na ecocardiografia. Entretanto, outros exames também podem ser úteis, como teste de esforço, ressonância magnética, eletrocardiograma, hemograma, eletrólitos séricos e biomarcadores cardíacos. Normalmente, a cirurgia para a EA grave assintomática é indicada quando a fração de ejeção ventricular esquerda for menor ou igual a 50%, quando houver baixo risco cirúrgico e quando o teste de esforço for anormal. Em contrapartida, a cirurgia é contraindicada quando esta é improvável de melhorar a qualidade de vida e em pacientes que possuem comorbidades graves. Quanto à técnica, há a substituição cirúrgica da válvula aórtica e a substituição transcateter da válvula aórtica, uma alternativa menos invasiva. Embora a decisão entre espera vigilante ou cirurgia precoce para os pacientes com EA assintomática grave ainda não seja bem estabelecida, a chave para o gerenciamento consiste em uma abordagem multidisciplinar e na preferência do paciente.
publishDate 2023
dc.date.none.fl_str_mv 2023-03-16
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/58147
10.34119/bjhrv6n2-095
url https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/58147
identifier_str_mv 10.34119/bjhrv6n2-095
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/58147/42389
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
publisher.none.fl_str_mv Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
dc.source.none.fl_str_mv Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 No. 2 (2023); 5649-5655
Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 Núm. 2 (2023); 5649-5655
Brazilian Journal of Health Review; v. 6 n. 2 (2023); 5649-5655
2595-6825
reponame:Brazilian Journal of Health Review
instname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)
instacron:BJRH
instname_str Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)
instacron_str BJRH
institution BJRH
reponame_str Brazilian Journal of Health Review
collection Brazilian Journal of Health Review
repository.name.fl_str_mv Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)
repository.mail.fl_str_mv || brazilianjhr@gmail.com
_version_ 1797240027839725568