Modificação técnica na cirurgia da estenose aórtica supravalvar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza,Luiz Carlos Bento de
Data de Publicação: 1992
Outros Autores: Chaccur,Paulo, Dinkhuysen,Jarbas J, Fontes,M. A, Fontes,Valmir F, Abdulmassih Neto,Camilo, Arnoni,Antoninho S, Silva,Maria Virgínia D, Bosísio,Ieda B. Jatene, Paulista,Paulo P, Jatene,Adib D
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381992000200007
Resumo: O tratamento cirúrgico convencional da estenose aórtica supravalvar caracteriza-se pela ampliação de um ou mais seios de Valsalva, utilizando-se retalhos de material protético, com ou sem secção transversal da aorta. Uma possível limitação dos resultados deste procedimento é o fato do endurecimento ou calcificação do enxerto, dificultando o desenvolvimento da raiz da aorta, mormente quando a cirurgia é realizada em criaças. Para evitar essa complicação, desenvolvemos uma modificação técnica que, efetivamente, amplia o diâmetro da raiz da aorta, sem o uso de material profético, aproveitando apenas o tecido sadio da parede da aorta ascendente, para reconstruir e ampliar os seios de Vasalva. Com esta técnica foram operados 4 pacientes com diagnósticos clínico e hemodinâmico de estenose aórtica supravalvar, com os seguintes dados clínicos: idades, 1 ano e 11 meses, 3 anos e 9 meses, 15 e 38 anos, sexo masculino três casos, peso corporal de 10, 12, 27 e 56 kg. Dois pacientes tinham dispnéia, um palpitações freqüentes e outro era assintomático. Os gradientes entre a cavidade livre do ventrículo esquerdo e aorta ascendente eram de 50, 70, 100 e 100 mmHg. Os pacientes foram operados com o auxílio da circulação extracorpórea, de hipotermia moderada e emprego de cardioplegia cristalóide. A aorta ascendente foi dissecada em toda sua extensão, preferindo-se canutar a artéria femoral para o retorno arterial, a fim de liberar a aorta ascendente para o procedimento. Após transecção total da aorta e ressecção do tecido fibrótico estenosante, foram feitas incisões na borda livre até o fundo dos seios de Valsalva. Foram realizadas incisões longitudinais na porção distai da aorta, nas regiões correspondentes aos postes comissurais da valva aórtica, de tal forma que, durante a reconstrução por sutura direta, um segmento da parede aórtica ficasse ampliando um seio de Valsalva, obtendo-se, assim, uma raiz de aorta de aspecto anatômico e dimensões normais. Todos os casos, tiveram evolução favorável. Atualmente, com um período de pós-operatório de até seis meses, estão assintomáticos
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