Relação estudante-paciente como objeto educacional: sentimentos dos estudantes nesse contato / Student-patient relationship as an educational object: student feelings in this contact

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Coelho, Rafaella Dias
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: de Sousa, Arthur Fidelis, Cordeiro, Bruna Morais, de Oliveira, Isadora Afiune Thomé, Barros, Ygor Costa, Sugita, Denis Masashi
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/47484
Resumo: Introdução: Uma relação harmoniosa médico-acadêmico-paciente é de extrema importância ao processo de saúde-doença dos pacientes, além de contribuir para uma formação qualificada do acadêmico. Sendo assim, a prática é necessária para aprimorar habilidades de comunicação e empatia, visando uma relação sem desconfortos, medos e inseguranças. Hoje, o sistema de saúde e seus usuários demandam por uma Medicina mais humanizada. Essa nova perspectiva exige um contato precoce com o paciente, para a formação de um profissional humanístico, pautado nos princípios éticos, preservando seu senso de responsabilidade social. Pois, as qualidades de um excelente profissional médico são cultivadas desde o princípio do processo de aprendizagem. Objetivo: O trabalho objetivou descrever a percepção dos acadêmicos a respeito da prática de aprendizagem baseada no contato com paciente, incluindo os sentimentos envolvidos nesse processo. Métodos: Tratou-se de um estudo transversal, observacional e descritivo, de natureza quantitativa, realizado em uma instituição privada de Anápolis – Goiás. Como instrumento de coleta de dados, foi utilizado um questionário elaborado pelos pesquisadores. Resultados: Em relação aos sentimentos dos acadêmicos na realização da anamnese, constatou-se alta prevalência de sentimentos positivos, como conforto (58,8%) e motivação (42,7%), com tendência crescente na evolução dos períodos, pois o acadêmico torna-se mais habituado e treinado. Já em relação ao exame físico, observou-se sentimentos como vergonha (17,5%) e constrangimento (22,3%), principalmente nos períodos iniciais da Clínica Médica, momento em que se aumenta sua realização em pacientes reais. Houve, também, dificuldades referentes a anamnese e exame físico íntimos ou relativos a dar más notícias. Para mais, muitos acadêmicos (45,5%) se mostram incomodados em perguntar sobre condições socioeconômicas e acreditam que essa seja a parte que mais gera incomodo nos pacientes, provavelmente por uma questão cultural. Ademais, todos os acadêmicos acreditam na mudança positiva dos sentimentos à medida que se aproximam da graduação. Conclusão: O presente estudo reitera a importância de um contato estudante-paciente precoce, para preparar o futuro médico. Também reforça, a necessidade de correlacionar esses resultados com dados que expõem a perspectiva do paciente nesse contato. Por fim, são necessários mais estudos sobre o tema, visto que, a literatura carece de textos que abordem a perspectiva apresentada.
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