Desvendando a complexidade da artrite idiopática juvenil: uma exploração abrangente de subtipos, estratégias diagnósticas e abordagens terapêuticas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Trillo, Maria Luisa Nicolichi
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Silva, Luísa Alves Villarino, Diniz, Ane Isabele Malta, Marques, Luiza, Ferreira, Herick Letelba Carvalho, de Andrade, Laura Campos, Rafael, Janaina Taina Lobato, Vanoni, Eduardo Augusto, Santos, Nelson Felipe Dal, de Aquino, Isadora Porto
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/62845
Resumo: A artrite idiopática juvenil (AIJ) caracteriza-se como um grupo de doenças reumáticas em que há a presença de artrite crônica de causa desconhecida que se inicia até os 16 anos de idade, com sintomas que duram pelo menos 6 semanas. Apesar de ser apenas um termo, engloba 7 subtipos da doença, são eles: artrite sistêmica, artrite poliarticular com fator reumatóide (FR) negativo, artrite poliarticular com FR positivo, artrite oligoarticular, artrite relacionada a entesite, artrite psoriásica e artrite indiferenciada. Sua patogênese envolve a quebra dos mecanismos de tolerância imunológica da criança acometida, provavelmente por interações genéticas e ambientais (incluindo infecções), com alterações na imunidade celular, padrões de citocinas inflamatórias e produção de anticorpos. As manifestações clínicas decorrentes da AIJ dependem da sua gravidade e a qual subtipo pertence, uma vez que cada um possui sua particularidade. Mas, em geral, observa-se o desenvolvimento de artrite crônica, associada a manifestações sistêmicas, como febre, exantema, linfonodomegalia, acometimento cardíaco, pleuropulmonar, entre outros. No que tange ao diagnóstico, este é, frequentemente, baseado na apresentação clínica e história pregressa do doente, podendo ser solicitado exames laboratoriais e imagiológicos para realização de possíveis diagnósticos diferenciais. Apesar de não ser essencial para o diagnóstico, quando o FR se faz positivo confere maior agressividade da doença. Após diagnosticado, deve-se prosseguir com a classificação em relação a gravidade e ao tipo da AIJ, o que irá guiar a conduta. O tratamento adequado é imprescindível, a fim de evitar evolução do quadro e piora substancial na condição do paciente. O manejo baseia-se em terapia farmacológica com o uso de anti-inflamatórios não esteroidais e/ou esteroidais, além das drogas antirreumáticas modificadoras da doença. Por fim, sendo a AIJ uma doença com diversas apresentações, o seu tratamento necessita de uma abordagem multidisciplinar, a qual demonstra resultados promissores e eficazes.
id BJRH-0_3fde8eb4456412fc4b6573c06121bec4
oai_identifier_str oai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/62845
network_acronym_str BJRH-0
network_name_str Brazilian Journal of Health Review
repository_id_str
spelling Desvendando a complexidade da artrite idiopática juvenil: uma exploração abrangente de subtipos, estratégias diagnósticas e abordagens terapêuticasartrite idiopática juvenildiagnósticotratamentoA artrite idiopática juvenil (AIJ) caracteriza-se como um grupo de doenças reumáticas em que há a presença de artrite crônica de causa desconhecida que se inicia até os 16 anos de idade, com sintomas que duram pelo menos 6 semanas. Apesar de ser apenas um termo, engloba 7 subtipos da doença, são eles: artrite sistêmica, artrite poliarticular com fator reumatóide (FR) negativo, artrite poliarticular com FR positivo, artrite oligoarticular, artrite relacionada a entesite, artrite psoriásica e artrite indiferenciada. Sua patogênese envolve a quebra dos mecanismos de tolerância imunológica da criança acometida, provavelmente por interações genéticas e ambientais (incluindo infecções), com alterações na imunidade celular, padrões de citocinas inflamatórias e produção de anticorpos. As manifestações clínicas decorrentes da AIJ dependem da sua gravidade e a qual subtipo pertence, uma vez que cada um possui sua particularidade. Mas, em geral, observa-se o desenvolvimento de artrite crônica, associada a manifestações sistêmicas, como febre, exantema, linfonodomegalia, acometimento cardíaco, pleuropulmonar, entre outros. No que tange ao diagnóstico, este é, frequentemente, baseado na apresentação clínica e história pregressa do doente, podendo ser solicitado exames laboratoriais e imagiológicos para realização de possíveis diagnósticos diferenciais. Apesar de não ser essencial para o diagnóstico, quando o FR se faz positivo confere maior agressividade da doença. Após diagnosticado, deve-se prosseguir com a classificação em relação a gravidade e ao tipo da AIJ, o que irá guiar a conduta. O tratamento adequado é imprescindível, a fim de evitar evolução do quadro e piora substancial na condição do paciente. O manejo baseia-se em terapia farmacológica com o uso de anti-inflamatórios não esteroidais e/ou esteroidais, além das drogas antirreumáticas modificadoras da doença. Por fim, sendo a AIJ uma doença com diversas apresentações, o seu tratamento necessita de uma abordagem multidisciplinar, a qual demonstra resultados promissores e eficazes.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2023-09-11info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/6284510.34119/bjhrv6n5-078Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 No. 5 (2023); 20354-20366Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 Núm. 5 (2023); 20354-20366Brazilian Journal of Health Review; v. 6 n. 5 (2023); 20354-203662595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/62845/45210Trillo, Maria Luisa NicolichiSilva, Luísa Alves VillarinoDiniz, Ane Isabele MaltaMarques, LuizaFerreira, Herick Letelba Carvalhode Andrade, Laura CamposRafael, Janaina Taina LobatoVanoni, Eduardo AugustoSantos, Nelson Felipe Dalde Aquino, Isadora Portoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-09-13T17:34:25Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/62845Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2023-09-13T17:34:25Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false
dc.title.none.fl_str_mv Desvendando a complexidade da artrite idiopática juvenil: uma exploração abrangente de subtipos, estratégias diagnósticas e abordagens terapêuticas
title Desvendando a complexidade da artrite idiopática juvenil: uma exploração abrangente de subtipos, estratégias diagnósticas e abordagens terapêuticas
spellingShingle Desvendando a complexidade da artrite idiopática juvenil: uma exploração abrangente de subtipos, estratégias diagnósticas e abordagens terapêuticas
Trillo, Maria Luisa Nicolichi
artrite idiopática juvenil
diagnóstico
tratamento
title_short Desvendando a complexidade da artrite idiopática juvenil: uma exploração abrangente de subtipos, estratégias diagnósticas e abordagens terapêuticas
title_full Desvendando a complexidade da artrite idiopática juvenil: uma exploração abrangente de subtipos, estratégias diagnósticas e abordagens terapêuticas
title_fullStr Desvendando a complexidade da artrite idiopática juvenil: uma exploração abrangente de subtipos, estratégias diagnósticas e abordagens terapêuticas
title_full_unstemmed Desvendando a complexidade da artrite idiopática juvenil: uma exploração abrangente de subtipos, estratégias diagnósticas e abordagens terapêuticas
title_sort Desvendando a complexidade da artrite idiopática juvenil: uma exploração abrangente de subtipos, estratégias diagnósticas e abordagens terapêuticas
author Trillo, Maria Luisa Nicolichi
author_facet Trillo, Maria Luisa Nicolichi
Silva, Luísa Alves Villarino
Diniz, Ane Isabele Malta
Marques, Luiza
Ferreira, Herick Letelba Carvalho
de Andrade, Laura Campos
Rafael, Janaina Taina Lobato
Vanoni, Eduardo Augusto
Santos, Nelson Felipe Dal
de Aquino, Isadora Porto
author_role author
author2 Silva, Luísa Alves Villarino
Diniz, Ane Isabele Malta
Marques, Luiza
Ferreira, Herick Letelba Carvalho
de Andrade, Laura Campos
Rafael, Janaina Taina Lobato
Vanoni, Eduardo Augusto
Santos, Nelson Felipe Dal
de Aquino, Isadora Porto
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Trillo, Maria Luisa Nicolichi
Silva, Luísa Alves Villarino
Diniz, Ane Isabele Malta
Marques, Luiza
Ferreira, Herick Letelba Carvalho
de Andrade, Laura Campos
Rafael, Janaina Taina Lobato
Vanoni, Eduardo Augusto
Santos, Nelson Felipe Dal
de Aquino, Isadora Porto
dc.subject.por.fl_str_mv artrite idiopática juvenil
diagnóstico
tratamento
topic artrite idiopática juvenil
diagnóstico
tratamento
description A artrite idiopática juvenil (AIJ) caracteriza-se como um grupo de doenças reumáticas em que há a presença de artrite crônica de causa desconhecida que se inicia até os 16 anos de idade, com sintomas que duram pelo menos 6 semanas. Apesar de ser apenas um termo, engloba 7 subtipos da doença, são eles: artrite sistêmica, artrite poliarticular com fator reumatóide (FR) negativo, artrite poliarticular com FR positivo, artrite oligoarticular, artrite relacionada a entesite, artrite psoriásica e artrite indiferenciada. Sua patogênese envolve a quebra dos mecanismos de tolerância imunológica da criança acometida, provavelmente por interações genéticas e ambientais (incluindo infecções), com alterações na imunidade celular, padrões de citocinas inflamatórias e produção de anticorpos. As manifestações clínicas decorrentes da AIJ dependem da sua gravidade e a qual subtipo pertence, uma vez que cada um possui sua particularidade. Mas, em geral, observa-se o desenvolvimento de artrite crônica, associada a manifestações sistêmicas, como febre, exantema, linfonodomegalia, acometimento cardíaco, pleuropulmonar, entre outros. No que tange ao diagnóstico, este é, frequentemente, baseado na apresentação clínica e história pregressa do doente, podendo ser solicitado exames laboratoriais e imagiológicos para realização de possíveis diagnósticos diferenciais. Apesar de não ser essencial para o diagnóstico, quando o FR se faz positivo confere maior agressividade da doença. Após diagnosticado, deve-se prosseguir com a classificação em relação a gravidade e ao tipo da AIJ, o que irá guiar a conduta. O tratamento adequado é imprescindível, a fim de evitar evolução do quadro e piora substancial na condição do paciente. O manejo baseia-se em terapia farmacológica com o uso de anti-inflamatórios não esteroidais e/ou esteroidais, além das drogas antirreumáticas modificadoras da doença. Por fim, sendo a AIJ uma doença com diversas apresentações, o seu tratamento necessita de uma abordagem multidisciplinar, a qual demonstra resultados promissores e eficazes.
publishDate 2023
dc.date.none.fl_str_mv 2023-09-11
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/62845
10.34119/bjhrv6n5-078
url https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/62845
identifier_str_mv 10.34119/bjhrv6n5-078
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/62845/45210
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
publisher.none.fl_str_mv Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
dc.source.none.fl_str_mv Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 No. 5 (2023); 20354-20366
Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 Núm. 5 (2023); 20354-20366
Brazilian Journal of Health Review; v. 6 n. 5 (2023); 20354-20366
2595-6825
reponame:Brazilian Journal of Health Review
instname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)
instacron:BJRH
instname_str Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)
instacron_str BJRH
institution BJRH
reponame_str Brazilian Journal of Health Review
collection Brazilian Journal of Health Review
repository.name.fl_str_mv Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)
repository.mail.fl_str_mv || brazilianjhr@gmail.com
_version_ 1797240034275885056