Desvendando a complexidade da artrite idiopática juvenil: uma exploração abrangente de subtipos, estratégias diagnósticas e abordagens terapêuticas
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/62845 |
Resumo: | A artrite idiopática juvenil (AIJ) caracteriza-se como um grupo de doenças reumáticas em que há a presença de artrite crônica de causa desconhecida que se inicia até os 16 anos de idade, com sintomas que duram pelo menos 6 semanas. Apesar de ser apenas um termo, engloba 7 subtipos da doença, são eles: artrite sistêmica, artrite poliarticular com fator reumatóide (FR) negativo, artrite poliarticular com FR positivo, artrite oligoarticular, artrite relacionada a entesite, artrite psoriásica e artrite indiferenciada. Sua patogênese envolve a quebra dos mecanismos de tolerância imunológica da criança acometida, provavelmente por interações genéticas e ambientais (incluindo infecções), com alterações na imunidade celular, padrões de citocinas inflamatórias e produção de anticorpos. As manifestações clínicas decorrentes da AIJ dependem da sua gravidade e a qual subtipo pertence, uma vez que cada um possui sua particularidade. Mas, em geral, observa-se o desenvolvimento de artrite crônica, associada a manifestações sistêmicas, como febre, exantema, linfonodomegalia, acometimento cardíaco, pleuropulmonar, entre outros. No que tange ao diagnóstico, este é, frequentemente, baseado na apresentação clínica e história pregressa do doente, podendo ser solicitado exames laboratoriais e imagiológicos para realização de possíveis diagnósticos diferenciais. Apesar de não ser essencial para o diagnóstico, quando o FR se faz positivo confere maior agressividade da doença. Após diagnosticado, deve-se prosseguir com a classificação em relação a gravidade e ao tipo da AIJ, o que irá guiar a conduta. O tratamento adequado é imprescindível, a fim de evitar evolução do quadro e piora substancial na condição do paciente. O manejo baseia-se em terapia farmacológica com o uso de anti-inflamatórios não esteroidais e/ou esteroidais, além das drogas antirreumáticas modificadoras da doença. Por fim, sendo a AIJ uma doença com diversas apresentações, o seu tratamento necessita de uma abordagem multidisciplinar, a qual demonstra resultados promissores e eficazes. |
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