Cisteamina no tratamento do Melasma epidérmico / Cysteamine in the treatment of epidermal Melasma

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Arouche, Tiago Gomes
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Mualem, Michelle Villas Boas, de Oliveira, Karoliny Maria, Sousa, Stephanie Cristina Rodrigues, Oliveira, Izabelle da Silva, Feller, Levy Chateaubriand, dos Reis, Raylenne Moreira, de Lima, Juliana Souza
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/25345
Resumo: O melasma é uma desordem comum de hipermelanose em áreas expostas ao sol, de padrão clínico centro-facial, malar oumandibular, usualmente devida a mudanças hormonais, tais como uso de anticoncepcionais e gestação. É mais comum em mulheres e, apesar de acometer todas as raças, prevalece nos fototipos III e IV da escala de Fitzpatrick. A classificação epidérmica corresponde a 70% dos casos, em que é observado aumento de melanina na epiderme basal e suprabasal, com resposta reservada a agentes clareadores.A L-cisteamina é o produto do metabolismo da L-cisteína, sendo um antioxidante intrínseco que promove a quelação de íons de ferro e cobre, além de aumentar a síntese de glutationa intracelular. Como resultado de tais ações ocorre a inibição das enzimas tirosinase e peroxidase, logo inibindo a síntese de melanina. Estudos indicaram maior poder de despigmentação da cisteamina quando comparado com a hidroquinona, sendo útil quando há falha na fórmula de Kligman (combinação de hidroquinona, ácido retinoico e dexametasona). Um estudo duplo-cego randomizado controlado com placebo concluiu a eficácia do uso do creme de cisteaminaa 5% no tratamento do melasma epidérmico, sendo utilizado o Dermacatch como ferramenta precisa de medição colorimétrica da pele. Efeitos adversos incluem eritema, secura, coceira, sensação de queimação e irritação, além de relatos de odor semelhante ao enxofre. Resultados puderam ser observados após 2 a 4 meses de aplicação da substância.Sabendo-se que o melasma é uma desordem de hiperpigmentação da pele difícil de tratar e que muitos pacientes mostram resistência aos produtos despigmentantes atualmente disponíveis, a cisteamina revela-se como uma nova opção terapêutica com comprovado perfil de eficácia e segurança no seu tratamento.
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