Cisteamina no tratamento do Melasma epidérmico / Cysteamine in the treatment of epidermal Melasma
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/25345 |
Resumo: | O melasma é uma desordem comum de hipermelanose em áreas expostas ao sol, de padrão clínico centro-facial, malar oumandibular, usualmente devida a mudanças hormonais, tais como uso de anticoncepcionais e gestação. É mais comum em mulheres e, apesar de acometer todas as raças, prevalece nos fototipos III e IV da escala de Fitzpatrick. A classificação epidérmica corresponde a 70% dos casos, em que é observado aumento de melanina na epiderme basal e suprabasal, com resposta reservada a agentes clareadores.A L-cisteamina é o produto do metabolismo da L-cisteína, sendo um antioxidante intrínseco que promove a quelação de íons de ferro e cobre, além de aumentar a síntese de glutationa intracelular. Como resultado de tais ações ocorre a inibição das enzimas tirosinase e peroxidase, logo inibindo a síntese de melanina. Estudos indicaram maior poder de despigmentação da cisteamina quando comparado com a hidroquinona, sendo útil quando há falha na fórmula de Kligman (combinação de hidroquinona, ácido retinoico e dexametasona). Um estudo duplo-cego randomizado controlado com placebo concluiu a eficácia do uso do creme de cisteaminaa 5% no tratamento do melasma epidérmico, sendo utilizado o Dermacatch como ferramenta precisa de medição colorimétrica da pele. Efeitos adversos incluem eritema, secura, coceira, sensação de queimação e irritação, além de relatos de odor semelhante ao enxofre. Resultados puderam ser observados após 2 a 4 meses de aplicação da substância.Sabendo-se que o melasma é uma desordem de hiperpigmentação da pele difícil de tratar e que muitos pacientes mostram resistência aos produtos despigmentantes atualmente disponíveis, a cisteamina revela-se como uma nova opção terapêutica com comprovado perfil de eficácia e segurança no seu tratamento. |
id |
BJRH-0_42e7ea678a31d832afe88e52d4063cea |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/25345 |
network_acronym_str |
BJRH-0 |
network_name_str |
Brazilian Journal of Health Review |
repository_id_str |
|
spelling |
Cisteamina no tratamento do Melasma epidérmico / Cysteamine in the treatment of epidermal Melasmacisteaminamelasma epidérmicohipermelanose.O melasma é uma desordem comum de hipermelanose em áreas expostas ao sol, de padrão clínico centro-facial, malar oumandibular, usualmente devida a mudanças hormonais, tais como uso de anticoncepcionais e gestação. É mais comum em mulheres e, apesar de acometer todas as raças, prevalece nos fototipos III e IV da escala de Fitzpatrick. A classificação epidérmica corresponde a 70% dos casos, em que é observado aumento de melanina na epiderme basal e suprabasal, com resposta reservada a agentes clareadores.A L-cisteamina é o produto do metabolismo da L-cisteína, sendo um antioxidante intrínseco que promove a quelação de íons de ferro e cobre, além de aumentar a síntese de glutationa intracelular. Como resultado de tais ações ocorre a inibição das enzimas tirosinase e peroxidase, logo inibindo a síntese de melanina. Estudos indicaram maior poder de despigmentação da cisteamina quando comparado com a hidroquinona, sendo útil quando há falha na fórmula de Kligman (combinação de hidroquinona, ácido retinoico e dexametasona). Um estudo duplo-cego randomizado controlado com placebo concluiu a eficácia do uso do creme de cisteaminaa 5% no tratamento do melasma epidérmico, sendo utilizado o Dermacatch como ferramenta precisa de medição colorimétrica da pele. Efeitos adversos incluem eritema, secura, coceira, sensação de queimação e irritação, além de relatos de odor semelhante ao enxofre. Resultados puderam ser observados após 2 a 4 meses de aplicação da substância.Sabendo-se que o melasma é uma desordem de hiperpigmentação da pele difícil de tratar e que muitos pacientes mostram resistência aos produtos despigmentantes atualmente disponíveis, a cisteamina revela-se como uma nova opção terapêutica com comprovado perfil de eficácia e segurança no seu tratamento.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2021-02-26info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/2534510.34119/bjhrv4n1-296Brazilian Journal of Health Review; Vol. 4 No. 1 (2021); 3757-3759Brazilian Journal of Health Review; v. 4 n. 1 (2021); 3757-37592595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/25345/20226Copyright (c) 2021 Brazilian Journal of Health Reviewinfo:eu-repo/semantics/openAccessArouche, Tiago GomesMualem, Michelle Villas Boasde Oliveira, Karoliny MariaSousa, Stephanie Cristina RodriguesOliveira, Izabelle da SilvaFeller, Levy Chateaubrianddos Reis, Raylenne Moreirade Lima, Juliana Souza2021-04-12T15:36:04Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/25345Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2021-04-12T15:36:04Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Cisteamina no tratamento do Melasma epidérmico / Cysteamine in the treatment of epidermal Melasma |
title |
Cisteamina no tratamento do Melasma epidérmico / Cysteamine in the treatment of epidermal Melasma |
spellingShingle |
Cisteamina no tratamento do Melasma epidérmico / Cysteamine in the treatment of epidermal Melasma Arouche, Tiago Gomes cisteamina melasma epidérmico hipermelanose. |
title_short |
Cisteamina no tratamento do Melasma epidérmico / Cysteamine in the treatment of epidermal Melasma |
title_full |
Cisteamina no tratamento do Melasma epidérmico / Cysteamine in the treatment of epidermal Melasma |
title_fullStr |
Cisteamina no tratamento do Melasma epidérmico / Cysteamine in the treatment of epidermal Melasma |
title_full_unstemmed |
Cisteamina no tratamento do Melasma epidérmico / Cysteamine in the treatment of epidermal Melasma |
title_sort |
Cisteamina no tratamento do Melasma epidérmico / Cysteamine in the treatment of epidermal Melasma |
author |
Arouche, Tiago Gomes |
author_facet |
Arouche, Tiago Gomes Mualem, Michelle Villas Boas de Oliveira, Karoliny Maria Sousa, Stephanie Cristina Rodrigues Oliveira, Izabelle da Silva Feller, Levy Chateaubriand dos Reis, Raylenne Moreira de Lima, Juliana Souza |
author_role |
author |
author2 |
Mualem, Michelle Villas Boas de Oliveira, Karoliny Maria Sousa, Stephanie Cristina Rodrigues Oliveira, Izabelle da Silva Feller, Levy Chateaubriand dos Reis, Raylenne Moreira de Lima, Juliana Souza |
author2_role |
author author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Arouche, Tiago Gomes Mualem, Michelle Villas Boas de Oliveira, Karoliny Maria Sousa, Stephanie Cristina Rodrigues Oliveira, Izabelle da Silva Feller, Levy Chateaubriand dos Reis, Raylenne Moreira de Lima, Juliana Souza |
dc.subject.por.fl_str_mv |
cisteamina melasma epidérmico hipermelanose. |
topic |
cisteamina melasma epidérmico hipermelanose. |
description |
O melasma é uma desordem comum de hipermelanose em áreas expostas ao sol, de padrão clínico centro-facial, malar oumandibular, usualmente devida a mudanças hormonais, tais como uso de anticoncepcionais e gestação. É mais comum em mulheres e, apesar de acometer todas as raças, prevalece nos fototipos III e IV da escala de Fitzpatrick. A classificação epidérmica corresponde a 70% dos casos, em que é observado aumento de melanina na epiderme basal e suprabasal, com resposta reservada a agentes clareadores.A L-cisteamina é o produto do metabolismo da L-cisteína, sendo um antioxidante intrínseco que promove a quelação de íons de ferro e cobre, além de aumentar a síntese de glutationa intracelular. Como resultado de tais ações ocorre a inibição das enzimas tirosinase e peroxidase, logo inibindo a síntese de melanina. Estudos indicaram maior poder de despigmentação da cisteamina quando comparado com a hidroquinona, sendo útil quando há falha na fórmula de Kligman (combinação de hidroquinona, ácido retinoico e dexametasona). Um estudo duplo-cego randomizado controlado com placebo concluiu a eficácia do uso do creme de cisteaminaa 5% no tratamento do melasma epidérmico, sendo utilizado o Dermacatch como ferramenta precisa de medição colorimétrica da pele. Efeitos adversos incluem eritema, secura, coceira, sensação de queimação e irritação, além de relatos de odor semelhante ao enxofre. Resultados puderam ser observados após 2 a 4 meses de aplicação da substância.Sabendo-se que o melasma é uma desordem de hiperpigmentação da pele difícil de tratar e que muitos pacientes mostram resistência aos produtos despigmentantes atualmente disponíveis, a cisteamina revela-se como uma nova opção terapêutica com comprovado perfil de eficácia e segurança no seu tratamento. |
publishDate |
2021 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2021-02-26 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/25345 10.34119/bjhrv4n1-296 |
url |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/25345 |
identifier_str_mv |
10.34119/bjhrv4n1-296 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/25345/20226 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2021 Brazilian Journal of Health Review info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2021 Brazilian Journal of Health Review |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda. |
publisher.none.fl_str_mv |
Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda. |
dc.source.none.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Health Review; Vol. 4 No. 1 (2021); 3757-3759 Brazilian Journal of Health Review; v. 4 n. 1 (2021); 3757-3759 2595-6825 reponame:Brazilian Journal of Health Review instname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) instacron:BJRH |
instname_str |
Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) |
instacron_str |
BJRH |
institution |
BJRH |
reponame_str |
Brazilian Journal of Health Review |
collection |
Brazilian Journal of Health Review |
repository.name.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|| brazilianjhr@gmail.com |
_version_ |
1797240059803467776 |