Melatonina e sistema imune: uma relação com duas vias regulatórias/ Melatonin and the immune system: a two-way relationship regulator.y

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vainer, Alessandra Meyer
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Rocha, Victória Silvino, Juvenale, Michelangelo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/24756
Resumo: A melatonina, comumente conhecida como “hormônio do sono” ou “hormônio da escuridão”, é uma indolamina, sintetizada predominantemente pela glândula pineal e desempenha importante ação sobre o controle do sincronismo cronobiológico, processo coordenado pelo núcleo supraquiasmático, que concomitantemente com sinais ambientais (Zeitgebers) e captação de luz pela retina, torna a regulação possível.A síntese hormonal apresenta uma sequência de reações com início na conversão do triptofano em serotonina e a posterior conversão da serotonina em melatonina, para que isso ocorra de maneira correta, é necessária a atuação de algumas enzimas importantes, mas a que efetivamente torna a conversão em melatonina possível é N-acetiltransferase (NAT), além disso, outros hormônios e neurotransmissores como noradrenalina, dopamina e GABA tem papel fundamental na regulação deste processo.A periodicidade dos ritmos circadianos regula diversos processos fisiológicos, portanto a redução na síntese de melatonina, seja pelo avanço da idade ou por outros motivos, pode levar a deterioração desses processos fundamentais na homeostase, como por exemplo o sono que é de extrema importância para a conservação da vida saudável, e que de maneira geral, está associado ao aumento da perfusão cerebral, consolidação da memória e liberação de mediadores pró-inflamatórios que promovem estimulação, proliferação, diferenciação e síntese de células imunes.A melatonina ainda apresenta capacidade de atuação direta em leucócitos, influenciando-os a um comportamento pró ou anti-inflamatório, assim como protege-os da apoptose após uma resposta imune, pelo poder antioxidante que exerce sobre as EROs liberadas no meio.De maneira menos conhecida, porém tão importante quanto, esse mesmo hormônio também desempenha sistematicamente múltiplas regulações no organismo, com atuações em diferentes sistemas onde sua ação pode ser vista contra células tumorais e como potencial tratamento suplementar para doenças como câncer, úlcera gástrica, asma, e até mesmo COVID-19.
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