Síndrome de Brugada: uma abordagem diagnóstica, evolução clínica e revisão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Branquinho, Igor Vieira
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: de Sá, Rebbeca Musy Almeida, Leitão, Waldeir de Sousa, Arrighi, Bárbara Barcelos, Lima, Bruna Mara Bessa, de Castro, Bernardo Taveira, Ribeiro, Drielly Nunes, Queiroz, Ícaro de Lima, Martins, Jessica Fernanda Ferreira, Martins, Thais Borges Silva, Soares, Karoliny Costa, Lima, Ygor Augusto Silva, Poyer, Fernanda Chacha, de Brito, Ana Gabriela Batista Pinheiro, da Silva, Denny Augusta Teixeira, Silva, Bruna Pereira, Brito, Caroline Divina Gomes da Silva, Ferreira, Alana Cristina, Afiune, Andressa Pimentel, Lima, Jordanna Aquino, Rodrigues, Rob Carvalho Roncato, Marques, Khetholyn Andrade, Ferreira, Camila Pires Martins, Gusmões, Ana Martha Dias, Castro, Mariana de Souza, Macêdo, Rayhume Karylle Alves, Poschinger, Alessandra Krykhtine Peres
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/63074
Resumo: Introdução: A síndrome de Brugada (SBr) é um distúrbio cardíaco raro, caracterizado por um padrão eletrocardiográfico distintivo com supradesnivelamento do segmento ST nas derivações precordiais direitas e um risco aumentado de arritmias potencialmente fatais. Apresentação do caso: Um homem de 39 anos, natural do estado de Goiás e residente no Brasil há mais de uma década, apresentou-se com um episódio de desmaio enquanto trabalhava, algo que já havia ocorrido em situações anteriores, mas que nunca foi investigado a fundo. Ele não tinha outras comorbidades conhecidas. No momento da admissão ao serviço médico, estava consciente e orientado, porém relatava palpitações e excesso de suor. O monitoramento cardíaco revelou taquicardia ventricular polimórfica, acompanhada de instabilidade hemodinâmica. Foi realizada uma cardioversão elétrica que reverteu o ritmo cardíaco para o estado sinusal. Discussão: Tal síndrome apresenta sintomatologia variável e é causada por mutações nos genes responsáveis pelo potencial de ação das células do coração, sendo o mais comum o SCN5A que é responsável pelo controle da estrutura e função do canal de sódio cardíaco. O tratamento da Síndrome de Brugada abrange o uso de medicamentos antiarrítmicos, implante de cardiodesfibrilador implantável (CDI) e, em alguns casos, a ablação por cateter. O acompanhamento genético e a triagem familiar são essenciais para a identificação precoce e a prevenção de complicações graves. Conclusão: A SBr é um importante diagnóstico diferencial de alguns problemas médicos como síncope, trauma e acidentes de trânsito causados por uma possível arritmia ou comprometimento temporário da consciência. Sendo assim, deve-se sempre questionar o diagnóstico de SBr, antes de injetar drogas intravenosas para controle dessas arritmias.
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