Anestesia geral em parto cesárea e as repercussões neonatais: revisão integrativa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro Filho, Márcio Chagas
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Pereira Filho, Reginaldo Pinto, Leite, Ana Beatriz Silva, Alvarenga, Karolayni Cristina Santana, Silva, Cesar Augusto, Maia, Elayne Assis, Gontijo, Viviane Rabelo, Fecury, Sayure dos Reis, Almeida, Douglas dos Santos, Alves, Laís, Pereira, Thaís Casseverini, da Rosa, Victor Hugo Júlio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/65556
Resumo: Quando o parto natural não pode ocorrer, a cesariana é a indicação obstétrica a ser realizada. O uso de raquianestesia (RA) é a técnica mais empregada nesses casos, porém, a anestesia geral (AG) também pode ser uma indicação, principalmente em situações em que haja maior urgência na retirada do feto. O uso dessa última técnica, pode gerar riscos para a mãe, como falhas na intubação e piores índices neonatais. Avaliar como o uso de anestesia geral repercute nos índices neonatais imediatos e no desenvolvimento neuropsicomotor da criança. Trata-se de uma revisão integrativa na base de dados PUBMED utilizando os descritores “CESAREAN AND GENERAL ANESTHESIA AND NEONATAL’’ para artigos publicados entre 2018 e 2023. O uso de AG está associado a uma necessidade 14,3% maior de VPP e o APGAR < 7 no 5º minuto é 4,2% maior quando ocorre esse uso. Além disso, a AG está envolvida com a indicação de ventilação mecânica e internações em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Comparativamente, a morbidade neonatal foi de 16,1% no grupo com RA e 30% no grupo AG e a oxigenação do tecido cerebral neonatal na transição imediata no nascimento é semelhante em cesarianas com uso de AG e RA. A longo prazo, o uso de anestesia geral em partos cesáreos não está relacionado ao atraso neurológico até os dois anos de idade. A AG está relacionada a complicações neonatais imediatas após o parto como a necessidade de ventilação de pressão positiva (VPP), maior necessidade do uso de oxigênio, maior número de casos de ventilação mecânica e diminuição do APGAR. Porém, a longo prazo o uso parece não interferir no desenvolvimento direto da criança.
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