Protocolo cirúrgico de reconstrução do processo alveolar em paciente com fissura labiopalatal unilateral / Surgical protocol for reconstruction of the alveolar process in a patient with unilateral labiopalatal fissure

• Autor(a) principal: Gaspar, Gabriel Hilário Calixto
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: Rosa, Debora Cardinalli Barbosa, de Jesus, Giorge Pessoa, Lauria, Andrezza
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/36517
• topic: Fissura labial; Enxerto de osso alveolar; Processo alveolar.

As fissuras labiopalatais são deformidades faciais, de origem congênita, que ocorrem entre a quarta e oitava semana de desenvolvimento intrauterino e podem ser classificadas como fissuras labiais, labiopalatais e exclusivamente palatais. A etiologia é multifatorial, podendo ser resultado da combinação de fatores genéticos e ambientais. O objetivo desse trabalho foi apresentar um caso clínico de reconstrução alveolar em paciente com fissura labiopalatal unilateral, segundo a técnica de enxerto ósseo terciário autógeno com material proveniente da crista ilíaca anterior. Paciente J. M. S., gênero feminino, 16 anos de idade, foi encaminhada para o serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV) por ortodontista para avaliação de fissura alveolar. Ao exame clínico, observou-se presença de fissura labiopalatal transforame incisivo com perda de continuidade do arco maxilar e cicatriz proveniente de queiloplastia. Ao exame tomográfico foi verificada fissura alveolar de 5 centímetros em seu maior diâmetro. A paciente foi submetida a cirurgia sob anestesia geral para queiloplastia secundária através da técnica de Millard, rinoplastia e enxerto ósseo alveolar secundário. Para colocação do enxerto ósseo autógeno, foram realizadas incisões anteriores ao processo alveolar e ao longo da crista óssea da fissura para posterior rotação de retalho em 180º e formação uma camada interna para forramento do assoalho nasal. A cavidade foi então preenchida com enxerto ósseo autógeno particulado proveniente da crista ilíaca anterior, removido pela equipe de Ortopedia no mesmo momento cirúrgico. O período pós-operatório ocorreu sem complicações e a paciente segue em acompanhamento. Concluiu-se que o enxerto ósseo alveolar foi bem-sucedido e, após seis meses, apresentou sinais de formação óssea dentro do esperado.