Sangramento uterino anormal: possíveis causas, diagnóstico e manejo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Soltoski, Beatriz de Carvalho
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Lisboa, Leonardo Resende, Paiva, Laura Helena Boy, Teixeira, Lorrana Magalhães, Colodetti, Liliane, Gusmão, Ana Flávia Oliveira Aquino, Galuppo, Raissa Marques, Dias, Isadora Moreira, Cézar, Jessica Silva, Dias, Antônio Vitor Moreira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/62836
Resumo: O termo sangramento uterino anormal (SUA) é utilizado para definir alterações no sangramento proveniente do corpo uterino, isto é, com parâmetros diferentes dos habituais, seja por aumento do volume, da frequência ou da duração. Consiste em uma patologia, relativamente, comum na vida das mulheres, o que gera inúmeras repercussões negativas no cotidiano e no convívio social. A fim de classificar as possíveis etiologias do SUA, o acrônimo PALM-COEIN foi proposto pela Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO), em que o PALM é utilizado para causas de sangramento estruturais, como pólipo, adenomiose, leiomioma e malignidades e o COEIN para causas não estruturais, como coagulopatia, disfunção ovariana, endometrial, iatrogênica, além de incluir causas não classificadas. A patogênese ainda carece de esclarecimentos, contudo sabe-se que está relacionada à disfunção da vasoconstrição das arteríolas endometriais, da hemostasia local e da epitelização endometrial; contudo, vale salientar que cada etiologia possui seu mecanismo fisiopatológico intrínseco. Além disso, a depender da causa do SUA e da evolução do quadro, o manejo terapêutico e o prognóstico são diferentes. No que tange ao diagnóstico, este é, frequentemente, baseado na apresentação clínica, história pregressa e exame físico da paciente, podendo ser solicitado exames complementares específicos para exclusão de possíveis diagnósticos diferenciais. O manejo terapêutico é imprescindível, a fim de evitar evolução do quadro e piora substancial na qualidade de vida, o qual visa promover a estabilidade hemodinâmica, corrigir a anemia aguda ou crônica, retornar o padrão de ciclos menstruais normais e prevenir a recorrência e as consequências da anovulação a longo prazo. Pode-se utilizar o tratamento farmacológico ou cirúrgico, a depender da etiologia do quadro. Usualmente, utiliza-se a terapia hormonal, associada à terapia antifibrinolítica. Nos casos refratários, a histerectomia ou ablação endometrial se tornam opções.
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