Análise dos aspectos epidemiológicos da Esclerose Múltipla no Brasil durante o período de 2012 a 2022
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/64693 |
Resumo: | Introdução: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença autoimune crônica do sistema nervoso central, que geralmente acomete adultos jovens. É uma condição desmielinizante e neurodegenerativa, na qual autoanticorpos agem contra a bainha de mielina dos axônios neuronais, com consequente perda da função neurológica. Estima-se que a EM acomete cerca de 40 mil pessoas no Brasil e é a segunda causa de incapacidade neurológica permanente abaixo de 50 anos de idade no país. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico de pacientes com esclerose múltipla no Brasil no período de 2012 a 2022. Método: Trata-se de um estudo descritivo transversal populacional baseado na análise dos dados fornecidos publicamente pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde de pacientes diagnosticados com esclerose múltipla, entre março de 2012 a março de 2022. Foi realizado cálculo da prevalência de internações em relação às regiões brasileiras, considerando também, faixa etária, sexo e ano. Além disso, foi calculada a taxa de mortalidade por ano e região do país. Resultados: No estudo, foram notificadas 41.173 internações por Esclerose Múltipla, destas 28.580 são mulheres (69,4%) e 12.982 são homens (30,6%). A faixa etária mais frequentemente acometida é entre 35 e 39 anos, com 6.004 internações (14,6% do total). O ano que apresentou maior número de internações foi 2022, 7.296 (17,8%). Ademais, foram registrados 3.155 óbitos no período. A região Sudeste teve o maior número de mortes registradas: 1.312 (41,5%). Conclusão: Mesmo que o presente estudo tenha tido uma análise mais ampla que estudos anteriores, o perfil epidemiológico da Esclerose Múltipla se mantém ao longo dos anos; sendo o Sudeste a região mais acometida e mulheres jovens o perfil mais atingido pela doença. A mortalidade pela enfermidade ainda é significativa, dessa forma, é crucial fornecer incentivos contínuos à notificação dos casos e ao investimento em diagnósticos mais precoces. |
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