Soroprevalência e fatores de risco para toxoplasmose em gestantes na região metropolitana de Goiânia, Goiás, Brasil / Seroprevalence and risk factors for toxoplasmosis in pregnant women in the metropolitan area of Goiânia, State of Goiás, Brazil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silveira, Murilo Barros
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Filho, Marcos Pereira Carneiro, Oliveira, Sarah Ribeiro de, Oliveira, Karen Ribeiro de, Nascente, Flávia Martins, Rezende, Hânstter Hállison Alves, Castro, Ana Maria de, Avelar, Juliana Boaventura
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/6600
Resumo: A toxoplasmose é uma zoonose de distribuição mundial, causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. A maior relevância da toxoplasmose ocorre quando a infecção se desenvolve no período gestacional, pois pode ocorrer a transmissão vertical. O objetivo do presente estudo foi analisar a soroprevalência de toxoplasmose em 1.007 amostras de sangue de gestantes e fatores de risco associados a soropositividade no município de Goiânia e região metropolitana. Foi realizado estudo de prevalência com amostras de sangue coletadas de 1.007 gestantes no município de Goiânia e região metropolitana no período de 2014 a 2016. Todas as gestantes que concordaram participar da pesquisa, assinaram o TCLE, e responderam ao questionário socioeconômico. Foram coletadas de cada gestante 5ml de sangue venoso. Os testes sorológicos foram realizados pela técnica de ELISA (ensaio imunoenzimático) para IgM e IgG. Os resultados foram analisados pelo programa BioEstat® versão 5.1, por meio de odds ratio com intervalo de confiança de 95%, considerando-se o nível significância de 5%. Constatou-se soropositividade para anticorpos da classe IgG em 421 (41.8%) gestantes, susceptibilidade à infecção em 586 (58.2%) e para IgM em 60 (6%) gestantes, caracterizando infecção ativa. A idade, estado civil, residência, grau de instrução, número de pessoas em casa e número de abortos, condições de saneamento, convívio com animais não foram estatisticamente significativas para infecção por Toxoplasma gondii. As variáveis com associação significativa (p<0.005) para soropositividade foram: possuir renda mensal de um salário mínimo (p=0.002), trabalhar na indústria (p<0.002), trabalhar na limpeza doméstica (p<0.002), ser multigesta (p<0.001), beber leite sem ferver (p<0.001) e comer linguiça (p=0.003). O estudo permitiu identificar a soropositividade e os fatores de risco para toxoplasmose em gestantes, demonstrando a necessidade de reforçar a orientação quanto as medidas de profilaxia. Além disso, permitiu conhecer o perfil epidemiológico de gestantes na região metropolitana de Goiânia-Goiás.
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