Condições de pessoas em sofrimento psíquico acompanhadas em Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e internadas em hospitais / Conditions of people in psychological distress supported by a Psychosocial Care Center (CAPS) and admitted to hospitals
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/16319 |
Resumo: | Introdução: No Brasil, as respostas às necessidades de mudanças na assistência psiquiátrica iniciaram no final da década de 1970 com um movimento ancorado na Reforma Sanitária, pela Reforma Psiquiátrica1. A internação passa a ser prevista em hospitais gerais, muitos hospitais psiquiátricos e leitos foram fechados para serem substituídos pelo tratamento de base comunitário ofertado pelo CAPS. Alguns hospitais psiquiátricos continuam em funcionamento, atendendo a população em sofrimento psíquico. Objetivo: Identificar com base na literatura, quais condições das pessoas com sofrimento psíquico: internadas em hospitais gerais e psiquiátricos e acompanhadas nos CAPS. Método: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica descritiva utilizando como descritores específicos “transtornos mentais e estresse psicológico”, os quais foram combinados por meio do operador booleano “and” com os descritores gerais: “hospitais psiquiátricos, unidade hospitalar de psiquiatria, enfermagem psiquiátrica e serviços de saúde mental”; no idioma Português, publicados entre janeiro de 2014 e junho de 2019, disponíveis gratuitamente na íntegra online, utilizando o limite “Adulto” e selecionando no tipo de documento “Artigo”. A coleta de dados foi realizada no mês de outubro de 2019 após a aprovação do projeto pela Comissão Científica do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo – FCMSCSP. Resultados: Condições sociodemográficas das pessoas com sofrimento psíquico internadas em hospitais gerais e psiquiátricos: sexo masculino 54,9 a 86,4%; a idade 18 a 59 anos, solteiros entre 68,8 a 77%, 57% de analfabetos, 55,2% pertencentes à classe C, 28,8% de desempregados, 74,5% de pardos e 83,3% morando com 1,79 pessoas e um caso de pessoa em situação de rua. Condições psiquiátricas das pessoas com sofrimento psíquico internadas em hospitais gerais e psiquiátricos: esquizofrenia de 25% a 76,8%; transtornos por uso de SPAs (substâncias psicoativas) de 10,4% a 33,6%; transtorno afetivo bipolar de 15,5 a 21,9%; a presença de comorbidades psiquiátricas de 21,2 e 36,5%. Condições sociodemográficas das pessoas com sofrimento psíquico acompanhadas nos CAPS: sexo masculino 32,4% a 79,1%, idade média 30 a 49 anos; sem ou baixa escolaridade 16,9% a 54,5%; solteiros 21,1% a 70,6%, moradia regular 89,1% a 90,9%; não trabalham 55% a 69,1%, sem renda 25,7% a 46,8% e renda de até dois salários mínimos 13,6% a 81,2%; pardos 26,8% a 53%. Condições psiquiátricas das pessoas com sofrimento psíquico acompanhadas em CAPS: uso de álcool 13,6% a 46,4%; tabaco 37% a 70,6%, maconha 3,7 a 41,2%, crack/cocaína 2,1 a 12,9%; múltiplas drogas de 11,2% a 41,4%. Os diagnósticos psiquiátricos apareceram em um artigo apenas com maior prevalência da esquizofrenia com 53,6%, seguida dos transtornos de humor com 27,6%, transtornos por uso de SPAs 19,3%. Conclusão: A maior parcela dos atendidos em CAPS e internados em hospitais são do sexo masculino, idade economicamente ativa e solteiros. Os CAPS apontaram exclusão do mercado de trabalho; baixa renda; baixa escolaridade e predominância de pardos e negros. Relativo ao uso de SPAs, o tabaco e o álcool são mais prevalentes, seguidos por maconha e cocaína/crack. Referente aos diagnósticos psiquiátricos a Esquizofrenia é mais prevalente, seguida pelo Transtorno Afetivo Bipolar. Para os profissionais de enfermagem, estes resultados contribuem para o conhecimento das condições mais prevalentes nos contextos de CAPS e hospitais e consequente entendimento das demandas e necessidades de saúde mental da população e funcionamento da rede de atenção em saúde mental. |
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Objetivo: Identificar com base na literatura, quais condições das pessoas com sofrimento psíquico: internadas em hospitais gerais e psiquiátricos e acompanhadas nos CAPS. Método: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica descritiva utilizando como descritores específicos “transtornos mentais e estresse psicológico”, os quais foram combinados por meio do operador booleano “and” com os descritores gerais: “hospitais psiquiátricos, unidade hospitalar de psiquiatria, enfermagem psiquiátrica e serviços de saúde mental”; no idioma Português, publicados entre janeiro de 2014 e junho de 2019, disponíveis gratuitamente na íntegra online, utilizando o limite “Adulto” e selecionando no tipo de documento “Artigo”. A coleta de dados foi realizada no mês de outubro de 2019 após a aprovação do projeto pela Comissão Científica do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo – FCMSCSP. Resultados: Condições sociodemográficas das pessoas com sofrimento psíquico internadas em hospitais gerais e psiquiátricos: sexo masculino 54,9 a 86,4%; a idade 18 a 59 anos, solteiros entre 68,8 a 77%, 57% de analfabetos, 55,2% pertencentes à classe C, 28,8% de desempregados, 74,5% de pardos e 83,3% morando com 1,79 pessoas e um caso de pessoa em situação de rua. Condições psiquiátricas das pessoas com sofrimento psíquico internadas em hospitais gerais e psiquiátricos: esquizofrenia de 25% a 76,8%; transtornos por uso de SPAs (substâncias psicoativas) de 10,4% a 33,6%; transtorno afetivo bipolar de 15,5 a 21,9%; a presença de comorbidades psiquiátricas de 21,2 e 36,5%. Condições sociodemográficas das pessoas com sofrimento psíquico acompanhadas nos CAPS: sexo masculino 32,4% a 79,1%, idade média 30 a 49 anos; sem ou baixa escolaridade 16,9% a 54,5%; solteiros 21,1% a 70,6%, moradia regular 89,1% a 90,9%; não trabalham 55% a 69,1%, sem renda 25,7% a 46,8% e renda de até dois salários mínimos 13,6% a 81,2%; pardos 26,8% a 53%. Condições psiquiátricas das pessoas com sofrimento psíquico acompanhadas em CAPS: uso de álcool 13,6% a 46,4%; tabaco 37% a 70,6%, maconha 3,7 a 41,2%, crack/cocaína 2,1 a 12,9%; múltiplas drogas de 11,2% a 41,4%. Os diagnósticos psiquiátricos apareceram em um artigo apenas com maior prevalência da esquizofrenia com 53,6%, seguida dos transtornos de humor com 27,6%, transtornos por uso de SPAs 19,3%. Conclusão: A maior parcela dos atendidos em CAPS e internados em hospitais são do sexo masculino, idade economicamente ativa e solteiros. Os CAPS apontaram exclusão do mercado de trabalho; baixa renda; baixa escolaridade e predominância de pardos e negros. Relativo ao uso de SPAs, o tabaco e o álcool são mais prevalentes, seguidos por maconha e cocaína/crack. Referente aos diagnósticos psiquiátricos a Esquizofrenia é mais prevalente, seguida pelo Transtorno Afetivo Bipolar. Para os profissionais de enfermagem, estes resultados contribuem para o conhecimento das condições mais prevalentes nos contextos de CAPS e hospitais e consequente entendimento das demandas e necessidades de saúde mental da população e funcionamento da rede de atenção em saúde mental. 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