Síndrome hiper inflamatória multissistemica pediátrica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vilaça, Jhemily Lopes Lima
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Spagnoly, Yago Gabriell Loiola, Molinero, Fernanda Cândida de Araújo, Figueredo, Anna Monterrath Cano, Ferreira, Marcelo Henrique Lima, Arruda, Natálya Estefanny Nóbrega de Souza, Souza, Vitoria Lima da Silva, Cunha, Rosemeyre Vasconcelos Carvalho, Fernandes, Beatriz Fernanda Nicolau
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/58454
Resumo: INTRODUÇÃO: A síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P), também conhecida como síndrome inflamatória multissistêmica em crianças (SIM-C), é uma condição inflamatória rara, com amplo espectro de sinais e sintomas, como febre, exantemas, olhos vermelhos, conjuntivite não purulenta, edema nas extremidades, mucosite, sintomas gastrointestinais intensos, cefaleia, hipotensão, taquicardia, respiração acelerada, falta de ar, convulsões, confusão mental, linfonodos  aumentados, que afeta os vasos sanguíneos de crianças e adolescentes. Segundo o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos, a doença se manifesta, entre 0 e 19 anos e está associada à infecção aguda pelo vírus Sars-CoV-2, causador da covid-19. OBJETIVO: O objetivo deste resumo é discutir a síndrome hiperinflamatória multissistêmica em pacientes pediátricos. Bem como contribuir para a promoção da saúde pública. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura, onde o levantamento dos artigos ocorreu através das plataformas do PubMed, SciELO e LILACS. Foram incluídos os estudos publicados nos últimos 5 anos nos idiomas português, inglês e espanhol que se adequaram ao objetivo do trabalho. RESULTADO/DISCUSSÃO:  A síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica representa uma resposta imune hiperativa mediada por anticorpos. Ela pode ser assintomática em parte das crianças, quando os sintomas aparecem, são diferentes e mais leves dos que acometem os adultos, sendo febre alta prolongada, erupção cutânea e sintomas gastrointestinais proeminentes em 50-60% dos casos, conjuntivite, linfadenopatia, irritabilidade e cefaleia. Alguns casos graves se não diagnosticados e tratados precocemente, apresentam choque decorrente de disfunção cardíaca, com ou sem miocardite ou aneurisma de artérias coronárias. Sintomas respiratórios podem estar presentes, geralmente ocasionados pelo choque concomitante. A apresentação clínica da SIM-P tem muitos pontos em comum com a doença de Kawasaki, vasculite pediátrica aguda de causa desconhecida, que afeta bebês e crianças com menos de 5 anos de idade e apresenta, como principal complicação, o desenvolvimento de alterações graves nas artérias coronárias. Como diferencial, a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica acomete crianças mais velhas e adolescentes, possui marcadores inflamatórios mais elevados e sintomas gastrointestinais mais intensos. Além de que os sintomas da síndrome aparecem cerca de duas a quatro semanas depois de a criança ter sido infectada pelo vírus e os da doença de Kawasaki se manifestam logo depois da infecção. As causas da SIM-P ainda são incertas, sabe-se apenas, que é desencadeada por uma reação imunológica exagerada à infecção pelo novo coronavírus. O Ministério da Saúde, responsável por monitorar os casos, determinou que, são de notificação compulsória. CONCLUSÃO: Portanto, tendo em vista a análise dos estudos da literatura, constata-se que, a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica deve continuar sendo estudada para diagnóstico precoce e melhor proteção à criança visto que, ainda não existe um tratamento específico para a doença, a conduta terapêutica leva em conta o tipo e a gravidade dos sintomas e envolve cuidados de suporte, que se voltam para o alívio dos sintomas e conforto da criança, incluindo a indicação de medicamentos e a oferta de oxigênio suplementar e ventilação mecânica.
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