Síndrome hiper inflamatória multissistemica pediátrica
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/58454 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: A síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P), também conhecida como síndrome inflamatória multissistêmica em crianças (SIM-C), é uma condição inflamatória rara, com amplo espectro de sinais e sintomas, como febre, exantemas, olhos vermelhos, conjuntivite não purulenta, edema nas extremidades, mucosite, sintomas gastrointestinais intensos, cefaleia, hipotensão, taquicardia, respiração acelerada, falta de ar, convulsões, confusão mental, linfonodos aumentados, que afeta os vasos sanguíneos de crianças e adolescentes. Segundo o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos, a doença se manifesta, entre 0 e 19 anos e está associada à infecção aguda pelo vírus Sars-CoV-2, causador da covid-19. OBJETIVO: O objetivo deste resumo é discutir a síndrome hiperinflamatória multissistêmica em pacientes pediátricos. Bem como contribuir para a promoção da saúde pública. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura, onde o levantamento dos artigos ocorreu através das plataformas do PubMed, SciELO e LILACS. Foram incluídos os estudos publicados nos últimos 5 anos nos idiomas português, inglês e espanhol que se adequaram ao objetivo do trabalho. RESULTADO/DISCUSSÃO: A síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica representa uma resposta imune hiperativa mediada por anticorpos. Ela pode ser assintomática em parte das crianças, quando os sintomas aparecem, são diferentes e mais leves dos que acometem os adultos, sendo febre alta prolongada, erupção cutânea e sintomas gastrointestinais proeminentes em 50-60% dos casos, conjuntivite, linfadenopatia, irritabilidade e cefaleia. Alguns casos graves se não diagnosticados e tratados precocemente, apresentam choque decorrente de disfunção cardíaca, com ou sem miocardite ou aneurisma de artérias coronárias. Sintomas respiratórios podem estar presentes, geralmente ocasionados pelo choque concomitante. A apresentação clínica da SIM-P tem muitos pontos em comum com a doença de Kawasaki, vasculite pediátrica aguda de causa desconhecida, que afeta bebês e crianças com menos de 5 anos de idade e apresenta, como principal complicação, o desenvolvimento de alterações graves nas artérias coronárias. Como diferencial, a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica acomete crianças mais velhas e adolescentes, possui marcadores inflamatórios mais elevados e sintomas gastrointestinais mais intensos. Além de que os sintomas da síndrome aparecem cerca de duas a quatro semanas depois de a criança ter sido infectada pelo vírus e os da doença de Kawasaki se manifestam logo depois da infecção. As causas da SIM-P ainda são incertas, sabe-se apenas, que é desencadeada por uma reação imunológica exagerada à infecção pelo novo coronavírus. O Ministério da Saúde, responsável por monitorar os casos, determinou que, são de notificação compulsória. CONCLUSÃO: Portanto, tendo em vista a análise dos estudos da literatura, constata-se que, a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica deve continuar sendo estudada para diagnóstico precoce e melhor proteção à criança visto que, ainda não existe um tratamento específico para a doença, a conduta terapêutica leva em conta o tipo e a gravidade dos sintomas e envolve cuidados de suporte, que se voltam para o alívio dos sintomas e conforto da criança, incluindo a indicação de medicamentos e a oferta de oxigênio suplementar e ventilação mecânica. |
id |
BJRH-0_788436a87463f30cce3b92dde26d524c |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/58454 |
network_acronym_str |
BJRH-0 |
network_name_str |
Brazilian Journal of Health Review |
repository_id_str |
|
spelling |
Síndrome hiper inflamatória multissistemica pediátricasíndromeshiper inflamatória multissistêmicapediatriaINTRODUÇÃO: A síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P), também conhecida como síndrome inflamatória multissistêmica em crianças (SIM-C), é uma condição inflamatória rara, com amplo espectro de sinais e sintomas, como febre, exantemas, olhos vermelhos, conjuntivite não purulenta, edema nas extremidades, mucosite, sintomas gastrointestinais intensos, cefaleia, hipotensão, taquicardia, respiração acelerada, falta de ar, convulsões, confusão mental, linfonodos aumentados, que afeta os vasos sanguíneos de crianças e adolescentes. Segundo o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos, a doença se manifesta, entre 0 e 19 anos e está associada à infecção aguda pelo vírus Sars-CoV-2, causador da covid-19. OBJETIVO: O objetivo deste resumo é discutir a síndrome hiperinflamatória multissistêmica em pacientes pediátricos. Bem como contribuir para a promoção da saúde pública. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura, onde o levantamento dos artigos ocorreu através das plataformas do PubMed, SciELO e LILACS. Foram incluídos os estudos publicados nos últimos 5 anos nos idiomas português, inglês e espanhol que se adequaram ao objetivo do trabalho. RESULTADO/DISCUSSÃO: A síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica representa uma resposta imune hiperativa mediada por anticorpos. Ela pode ser assintomática em parte das crianças, quando os sintomas aparecem, são diferentes e mais leves dos que acometem os adultos, sendo febre alta prolongada, erupção cutânea e sintomas gastrointestinais proeminentes em 50-60% dos casos, conjuntivite, linfadenopatia, irritabilidade e cefaleia. Alguns casos graves se não diagnosticados e tratados precocemente, apresentam choque decorrente de disfunção cardíaca, com ou sem miocardite ou aneurisma de artérias coronárias. Sintomas respiratórios podem estar presentes, geralmente ocasionados pelo choque concomitante. A apresentação clínica da SIM-P tem muitos pontos em comum com a doença de Kawasaki, vasculite pediátrica aguda de causa desconhecida, que afeta bebês e crianças com menos de 5 anos de idade e apresenta, como principal complicação, o desenvolvimento de alterações graves nas artérias coronárias. Como diferencial, a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica acomete crianças mais velhas e adolescentes, possui marcadores inflamatórios mais elevados e sintomas gastrointestinais mais intensos. Além de que os sintomas da síndrome aparecem cerca de duas a quatro semanas depois de a criança ter sido infectada pelo vírus e os da doença de Kawasaki se manifestam logo depois da infecção. As causas da SIM-P ainda são incertas, sabe-se apenas, que é desencadeada por uma reação imunológica exagerada à infecção pelo novo coronavírus. O Ministério da Saúde, responsável por monitorar os casos, determinou que, são de notificação compulsória. CONCLUSÃO: Portanto, tendo em vista a análise dos estudos da literatura, constata-se que, a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica deve continuar sendo estudada para diagnóstico precoce e melhor proteção à criança visto que, ainda não existe um tratamento específico para a doença, a conduta terapêutica leva em conta o tipo e a gravidade dos sintomas e envolve cuidados de suporte, que se voltam para o alívio dos sintomas e conforto da criança, incluindo a indicação de medicamentos e a oferta de oxigênio suplementar e ventilação mecânica.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2023-03-28info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/5845410.34119/bjhrv6n2-154Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 No. 2 (2023); 6383-6390Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 Núm. 2 (2023); 6383-6390Brazilian Journal of Health Review; v. 6 n. 2 (2023); 6383-63902595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/58454/42567Vilaça, Jhemily Lopes LimaSpagnoly, Yago Gabriell LoiolaMolinero, Fernanda Cândida de AraújoFigueredo, Anna Monterrath CanoFerreira, Marcelo Henrique LimaArruda, Natálya Estefanny Nóbrega de SouzaSouza, Vitoria Lima da SilvaCunha, Rosemeyre Vasconcelos CarvalhoFernandes, Beatriz Fernanda Nicolauinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-04-10T19:38:44Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/58454Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2023-04-10T19:38:44Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Síndrome hiper inflamatória multissistemica pediátrica |
title |
Síndrome hiper inflamatória multissistemica pediátrica |
spellingShingle |
Síndrome hiper inflamatória multissistemica pediátrica Vilaça, Jhemily Lopes Lima síndromes hiper inflamatória multissistêmica pediatria |
title_short |
Síndrome hiper inflamatória multissistemica pediátrica |
title_full |
Síndrome hiper inflamatória multissistemica pediátrica |
title_fullStr |
Síndrome hiper inflamatória multissistemica pediátrica |
title_full_unstemmed |
Síndrome hiper inflamatória multissistemica pediátrica |
title_sort |
Síndrome hiper inflamatória multissistemica pediátrica |
author |
Vilaça, Jhemily Lopes Lima |
author_facet |
Vilaça, Jhemily Lopes Lima Spagnoly, Yago Gabriell Loiola Molinero, Fernanda Cândida de Araújo Figueredo, Anna Monterrath Cano Ferreira, Marcelo Henrique Lima Arruda, Natálya Estefanny Nóbrega de Souza Souza, Vitoria Lima da Silva Cunha, Rosemeyre Vasconcelos Carvalho Fernandes, Beatriz Fernanda Nicolau |
author_role |
author |
author2 |
Spagnoly, Yago Gabriell Loiola Molinero, Fernanda Cândida de Araújo Figueredo, Anna Monterrath Cano Ferreira, Marcelo Henrique Lima Arruda, Natálya Estefanny Nóbrega de Souza Souza, Vitoria Lima da Silva Cunha, Rosemeyre Vasconcelos Carvalho Fernandes, Beatriz Fernanda Nicolau |
author2_role |
author author author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Vilaça, Jhemily Lopes Lima Spagnoly, Yago Gabriell Loiola Molinero, Fernanda Cândida de Araújo Figueredo, Anna Monterrath Cano Ferreira, Marcelo Henrique Lima Arruda, Natálya Estefanny Nóbrega de Souza Souza, Vitoria Lima da Silva Cunha, Rosemeyre Vasconcelos Carvalho Fernandes, Beatriz Fernanda Nicolau |
dc.subject.por.fl_str_mv |
síndromes hiper inflamatória multissistêmica pediatria |
topic |
síndromes hiper inflamatória multissistêmica pediatria |
description |
INTRODUÇÃO: A síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P), também conhecida como síndrome inflamatória multissistêmica em crianças (SIM-C), é uma condição inflamatória rara, com amplo espectro de sinais e sintomas, como febre, exantemas, olhos vermelhos, conjuntivite não purulenta, edema nas extremidades, mucosite, sintomas gastrointestinais intensos, cefaleia, hipotensão, taquicardia, respiração acelerada, falta de ar, convulsões, confusão mental, linfonodos aumentados, que afeta os vasos sanguíneos de crianças e adolescentes. Segundo o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos, a doença se manifesta, entre 0 e 19 anos e está associada à infecção aguda pelo vírus Sars-CoV-2, causador da covid-19. OBJETIVO: O objetivo deste resumo é discutir a síndrome hiperinflamatória multissistêmica em pacientes pediátricos. Bem como contribuir para a promoção da saúde pública. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura, onde o levantamento dos artigos ocorreu através das plataformas do PubMed, SciELO e LILACS. Foram incluídos os estudos publicados nos últimos 5 anos nos idiomas português, inglês e espanhol que se adequaram ao objetivo do trabalho. RESULTADO/DISCUSSÃO: A síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica representa uma resposta imune hiperativa mediada por anticorpos. Ela pode ser assintomática em parte das crianças, quando os sintomas aparecem, são diferentes e mais leves dos que acometem os adultos, sendo febre alta prolongada, erupção cutânea e sintomas gastrointestinais proeminentes em 50-60% dos casos, conjuntivite, linfadenopatia, irritabilidade e cefaleia. Alguns casos graves se não diagnosticados e tratados precocemente, apresentam choque decorrente de disfunção cardíaca, com ou sem miocardite ou aneurisma de artérias coronárias. Sintomas respiratórios podem estar presentes, geralmente ocasionados pelo choque concomitante. A apresentação clínica da SIM-P tem muitos pontos em comum com a doença de Kawasaki, vasculite pediátrica aguda de causa desconhecida, que afeta bebês e crianças com menos de 5 anos de idade e apresenta, como principal complicação, o desenvolvimento de alterações graves nas artérias coronárias. Como diferencial, a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica acomete crianças mais velhas e adolescentes, possui marcadores inflamatórios mais elevados e sintomas gastrointestinais mais intensos. Além de que os sintomas da síndrome aparecem cerca de duas a quatro semanas depois de a criança ter sido infectada pelo vírus e os da doença de Kawasaki se manifestam logo depois da infecção. As causas da SIM-P ainda são incertas, sabe-se apenas, que é desencadeada por uma reação imunológica exagerada à infecção pelo novo coronavírus. O Ministério da Saúde, responsável por monitorar os casos, determinou que, são de notificação compulsória. CONCLUSÃO: Portanto, tendo em vista a análise dos estudos da literatura, constata-se que, a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica deve continuar sendo estudada para diagnóstico precoce e melhor proteção à criança visto que, ainda não existe um tratamento específico para a doença, a conduta terapêutica leva em conta o tipo e a gravidade dos sintomas e envolve cuidados de suporte, que se voltam para o alívio dos sintomas e conforto da criança, incluindo a indicação de medicamentos e a oferta de oxigênio suplementar e ventilação mecânica. |
publishDate |
2023 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2023-03-28 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/58454 10.34119/bjhrv6n2-154 |
url |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/58454 |
identifier_str_mv |
10.34119/bjhrv6n2-154 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/58454/42567 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda. |
publisher.none.fl_str_mv |
Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda. |
dc.source.none.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 No. 2 (2023); 6383-6390 Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 Núm. 2 (2023); 6383-6390 Brazilian Journal of Health Review; v. 6 n. 2 (2023); 6383-6390 2595-6825 reponame:Brazilian Journal of Health Review instname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) instacron:BJRH |
instname_str |
Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) |
instacron_str |
BJRH |
institution |
BJRH |
reponame_str |
Brazilian Journal of Health Review |
collection |
Brazilian Journal of Health Review |
repository.name.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|| brazilianjhr@gmail.com |
_version_ |
1797240027957166080 |