A educação permanente em saúde e a ressignificação dos saberes e práticas no cuidado à saúde das pessoas com doenças crônicas: relato de experiência

• Autor(a) principal: Oliveira, Karine da Silva
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: Araújo, Letícia Maria Alves, de Freitas, Neíres Alves, Ferreira, Francisco Valdicélio, Batista, Carulina Cardoso, de Oliveira, Mariana, Pessoa, Catarina de Vasconcelos, Silveira, Fernanda Maria Magalhães
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• DOI: 10.34119/bjhrv6n4-370
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/62466
• topic: doenças crônicas; atenção primária à saúde; equipe multiprofissional; atendimento integral à saúde

Descrever a experiência de uma educação permanente em saúde (EPS) sobre o fortalecimento de ações multiprofissionais para o tratamento e acompanhamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT’s). Relato de experiência de uma nutricionista residente em saúde da família na EPS, por meio de observação participante da realidade. A EPS foi realizada em um Centro de Saúde da Família (CSF) localizado em Sobral, Ceará, em dois momentos, durante o mês de janeiro de 2020. Foi utilizada a Metodologia da Problematização do Arco de Charles Maguerez e os momentos da EPS foram subdivididos de acordo com as cinco etapas do Arco: Observação da realidade, Determinação dos pontos-chave, Teorização, Hipóteses de solução e Aplicação prática à realidade. Na primeira etapa do Arco, os participantes foram sensibilizados sobre a problemática através da apresentação dos dados epidemiológicos das DCNT’s do território de abrangência do CSF. Na segunda etapa os participantes elencaram a presença de transtornos mentais, o sedentarismo, hábito alimentar inadequado, a baixa condição socioeconômica dos usuários e o marketing da indústria alimentícia como pontos-chaves do problema. Na terceira etapa, a teorização se deu por meio do Caderno de Atenção Básica (CAB) nº 35 e a Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), ambos documentos do Ministério da Saúde (MS). Na quarta etapa, as ações estratégicas elencadas pelos participantes para a melhoria da assistência e continuidade do cuidado às pessoas com DCNT’s foram: grupos de práticas corporais, realização de puericulturas coletivas, momentos educativos em grupos gestantes, em grupo de hipertensos e diabéticos (chamados de grupos de “HiperDia”), salas de espera sobre prevenção ou controle das DCNT’s, ações intersetoriais como o Programa Saúde na Escola (PSE) e realização de EPS’s voltadas às temáticas, com inclusão da avaliação antropométrica. Por fim, na quinta etapa, foi elaborado coletivamente um instrumento norteador para identificação e estratificação de risco das pessoas com DCNT’s, a ser utilizado pelos profissionais do CSF local. Observou-se que houve grande sensibilização, bem como significativo aproveitamento e contentamento dos participantes com a EPS realizada, visto que compartilharam o desejo e a necessidade de participação em outros momentos como estes, bem como relatado que a atividade qualificou o trabalho, proporcionando um maior entendimento acerca do processo saúde-doença dos usuários c/ as DCNT’s estudadas, em busca da melhoria da assistência prestada.