Perfil epidemiológico dos casos de Sífilis em uma capital do nordeste brasileiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
DOI: | 10.34119/bjhrv6n1-336 |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/57599 |
Resumo: | Introdução: A sífilis é uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum, de caráter sistêmico e exclusiva do ser humano, considerada um importante agravo em saúde pública, fato que motivou a legislação brasileira a instituir a notificação compulsória de sífilis congênita, em gestantes e adquirida em todo o território nacional. Este estudo se propõe a descrever o perfil epidemiológico da ocorrência de sífilis em Maceió-AL, a fim de promover o conhecimento a respeito das prioridades que devem ser seguidas a partir das ações de controle e dos serviços de saúde prestados à população. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, transversal, retrospectivo e de abordagem quantitativa. Os dados foram coletados nos meses de setembro, outubro e novembro de 2021, no SINAN, no SIH e no SIM, disponíveis no DATASUS, referentes a todos os casos de sífilis (adquirida, em gestantes e congênita) notificados, às autorizações de internações hospitalares (AIH) aprovadas decorrentes de sífilis (congênita, precoce e outras sífilis) e aos óbitos por este agravo em indivíduos residentes em Maceió entre janeiro de 2015 a dezembro de 2020. O processamento dos dados foi feito a partir dos softwares TabWin, Excel e GraphPad Prism, com posterior análise epidemiológica. Resultados: Foram notificados 2.879 casos de sífilis no período de 2015 a 2020 na capital alagoana, sendo 235 casos de sífilis adquirida, 1.548 de sífilis em gestantes e 1.096 de sífilis congênita. No período de seis anos, registrou-se 11 casos de óbitos por sífilis congênita e, no ano de 2019, ocorreu a maior taxa de mortalidade infantil específica por sífilis congênita - de 27,5 casos por 100.000 nascidos vivos. No que se refere às AIH aprovadas, a maioria foi direcionada à sífilis congênita (98,40%), à faixa etária de menor de 01 ano (98,31%), à raça parda (83,71%) e ao sexo feminino (52,26%). Discussão: O número de casos notificados de sífilis adquirida, em gestantes e congênita aumentou progressivamente de 2015 a 2018 - ano em que obteve o maior número (657) -, diminuiu pela primeira vez em 2019 (19,6%) e registrou seu menor aumento em 2020 (4%). Percebe-se que as características prevalentes em Maceió correspondem às nacionais, com predominância, na sífilis adquirida, de indivíduos de 20 a 39 anos, pardos e do sexo masculino; na sífilis em gestantes, de mulheres jovens e pardas e, na sífilis congênita, de neonatos de até 06 dias de vida, da raça parda e do sexo feminino, com desfecho favorável na evolução no caso. Conclusão: Em Maceió, de 2015 a 2020, o perfil epidemiológico dos casos de sífilis adquirida foi constituído por homens pardos de 20 a 39 anos; de sífilis em gestantes por mulheres pardas de 20 a 39 anos e com Ensino Fundamental II incompleto e da sífilis congênita por bebês do sexo feminino de até 06 dias de vida. A maior parte das AIH aprovadas por sífilis no mesmo período foram decorrentes de sífilis congênita, em bebês do sexo feminino menores de 01 ano e pardos. Por fim, a maioria dos óbitos foram por sífilis congênita, em bebês do sexo masculino menores de 01 ano e pardos. |
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