Colangite: aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e manejo terapêutico
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/60719 |
Resumo: | A colangite consiste na inflamação das vias biliares e é provocada principalmente pela coledocolitíase, mas também pode ter como causa obstrução maligna, estenoses biliares benignas, colangite esclerosante primária (CEP) e colangite biliar primária (CBP) - principais etiologias relacionadas. Este último é mais comum em mulheres mais velhas, enquanto a CEP é mais frequente em homens com idades entre 30 e 40 anos e está intimamente relacionada à doença inflamatória intestinal (DII), sendo a retocolite ulcerativa a mais comum. No entanto, à medida que os recursos diagnósticos avançam, a incidência está em processo de aumento para ambas as doenças. Cerca de metade dos pacientes com colangite não apresentam sintomas nas fases iniciais da doença, geralmente sendo detectada durante uma avaliação de saúde rotineira ou triagem de pacientes com fatores de risco. Os sintomas mais comuns são dor, prurido, icterícia e fadiga. Ademais, a CEP e CBP são colangiopatias crônicas que ocorrem quando ocorre a fibrose dos canais biliares intra-hepáticos; a causa exata destas doenças não está claramente definida e a fisiopatologia ainda está sendo aprofundada, mas há algumas teorias que sugerem seu surgimento devido às reações imunológicas, fatores ambientais, predisposições genéticas e alterações na microbiota intestinal. Essa agressão constante associada à fragilidade de mecanismos de proteção é uma condição multifatorial que desencadeia o bloqueio dos ductos biliares. O tratamento do paciente com CEP ainda é incipiente e deve incluir o tratamento para a doença hepática primária e as condições coexistentes. Embora existam novas terapias sendo estudadas, o transplante hepático ainda é o único recurso terapêutico viável com altos índices de sucesso, mesmo com o risco de recorrência da doença. Ademais, o manejo da CBP é semelhante, sendo o transplante hepático o tratamento mais efetivo. |
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