Assexualidade: orientação ou disfunção sexual? / Assexuality: sexual orientation or dysfunction?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Thais Pacheco dos
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Carvalho, Geraldo Mota de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/1976
Resumo: ntrodução: O comportamento sexual está sendo muito discutido nos últimos tempos e observa-se que pequena parcela da população não se enquadra nas categorias homossexual, heterossexual ou bissexual. Nesta perspectiva, surge a assexualidade, condição caracterizada pelo desejo sexual diminuído ou ausente. Porém, esse conceito contradiz o pressuposto do desejo sexual universal, sendo que a sua falta pode implicar em prejuízos na saúde mental e em disfunções sexuais como Transtorno do Interesse/ Excitação Sexual Feminino e Transtorno do Desejo Sexual Masculino Hipoativo. Objetivo: Identificar e analisar na literatura científica qual é o entendimento atual sobre a assexualidade. Metodologia: Pesquisa bibliográfica, realizada nas bases de dados SciELO, LILACS, PePSIC abrangendo o período de 2002 a 2017, utilizando-se os seguintes descritores: sexualidade, comportamento sexual,  disfunções sexuais psicogênicas, minorias sexuais e de gênero. Resultados e discussão: A principal diferença entre a assexualidade e as disfunções sexuais consiste no fato de que nas disfunções existe um sofrimento psíquico para o indivíduo, enquanto para a maioria dos assexuais não há um prejuízo clinicamente significativo. No entanto, assexuais precisam lidar constantemente com julgamentos, pressão social para se enquadrar numa cultura hipersexualizada e invalidação de seus sentimentos, o que pode justificar os achados de alguns estudos sobre uma frequência maior de transtornos do humor e ansiedade, personalidade com tendência suicida e evitação social nessa população. Considerações finais: Existem chances consideráveis do assexual ser diagnosticado como portador de uma patologia, já que o processo de distinção entre a assexualidade e disfunções sexuais ainda é muito vago. Além disso, categorizar a assexualidade como apenas mais uma patologia antes mesmo de entendê-la mais a fundo coloca a perder todos os questionamentos, reflexões e descobertas que este tema pode proporcionar no entendimento das relações que o sujeito estabelece com seu corpo e sua identidade de acordo com suas crenças, experiências e influências recebidas no decorrer da vida. 
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