Síndrome de Liddle: uma abordagem diagnóstica, evolução clínica e revisão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: de Oliveira, Ana Karoline Gomides
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Lacerda, Tayla Figueiredo, Tomasi, Lucas Escarião, Borges, Morgana Soares, Souza, Mariane Menezes, Maia, Letícia Vieira, Santos, Bianca Rocha, Santos, Beatriz Barreto, Silva, Nathalia Souza, Jeronimo, Lucas Alexandre Soares, Rocha, Larissa Danielle Reis, Xavier, Leandra Lima, de Araújo, Eliseu Pinheiro, do Prado, Giovanna Stati Batista
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/63155
Resumo: Introdução: A Síndrome de Liddle é uma doença renal hereditária, autossômica dominante, caracterizada pela tríade de hipertensão arterial, hipocalemia e alcalose metabólica (SIMÕES E SILVA et al., 2002). Pacientes que apresentam hipertensão arterial de difícil controle e histórico familiar de hipertensão com início em idade jovem, deve-se sempre levantar a possibilidade da existência dessa patologia. O diagnóstico presuntivo pode ser alcançado levando em consideração o quadro clínico, bem como a realização de exames complementares, como nível de sódio urinário, níveis plasmáticos de renina e aldosterona e a definição envolve a realização de testes genéticos. Apresentação do caso: Um menino de 13 anos, natural de Goiânia, Goiás, foi levado ao Hospital Pediátrico com queixas de mialgia, fraqueza muscular e palpitações ocasionais. Sua mãe relatou que o paciente nasceu prematuramente com apenas 6 meses e meio de gestação devido a um descolamento de placenta e tem enfrentado um atraso no desenvolvimento físico. Além disso, já houve episódios anteriores de pressão alta, mas sem um diagnóstico conclusivo até então, o que levou a várias internações hospitalares. Discussão: A Síndrome de Liddle ocorre em vigência de mutações nos canais de sódio epitelial (ENaC) do ducto coletor (CANESSA et al., 1994), especificamente nas subunidades beta ou gama, sendo de herança autossômica, relacionadas ao cromossomo 16 (PALMER; ALPERN, 1998) (CUI et al., 2017). Em vista disso, há um aumento significante na reabsorção de sódio, com expansão do volume extracelular, resultando em perda de potássio e diminuição da aldosterona, por inibição da secreção de renina, o que mimetiza o observado nos pacientes portadores de hiperaldosteronismo, seu principal diagnóstico diferencial. O tratamento é realizado por meio de diuréticos poupadores de potássio, como amilorida e o triantereno, sendo não recomendado o uso de espironolactona, visto que a patogênese da doença não está relacionada com antagonismo da aldosterona (ENSLOW; STOCKAND; BERMAN, 2019). Conclusão: Assim, embora rara, a identificação da Síndrome de Liddle é de extrema importância e deve ser feita o quanto antes, visto que o diagnóstico tardio está amplamente relacionado com complicações crônicas de alta morbimortalidade, do sistema renal, cardiovascular e do crescimento. 
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