Comparativo do manejo de pacientes com doença arterial obstrutiva periférica: bypass ou angioplastia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Júllia Beatriz Araujo
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: Rodrigues, Isabella Moreira Saraiva, Melo, João Victor Santos, Cruz, Karenn Santos Souza, Medina, Mariana Sattler Lima, Souza, Mylenna Bomfim, Estácio, Rayssa Carolinne Costa Mota, Figueiredo, Maria Bernadete Galrão de Almeida
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/68199
Resumo: Introdução: A Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) é uma doença que ocorre pelo estreitamento ou bloqueio das artérias dos membros inferiores (MMII). Os principais fatores de risco para DAOP são hipertensão, diabetes mellitus (DM), hiperlipidemia, doença renal crônica e tabagismo. Objetivo: Comparar o melhor desfecho entre o bypass e a angioplastia nos pacientes com doença arterial obstrutiva periférica. Metodologia: Estudo de metanálise comparando estudos randomizados: BASIL-1, BASIL-2 e BEST-CLI, como forma de realizar a comparação, de três ensaios clínicos, sobre as técnicas bypass cirúrgico e angioplastia. Revisão de literatura: Avaliou-se o desfecho a sobrevivência livre de amputação. No BASIL-1 dos 452 pacientes, em 02 anos, 82 pacientes (37%) foram submetidos a angioplastia, enquanto que 86 pacientes (38%) realizaram bypass. No BASIL-2 avaliou-se 345 pacientes, 172 (50%) pacientes realizaram bypass venoso e 173 (50%) a angioplastia, destes 53% tiveram como desfecho primário ausência de sobrevivência livre de amputação, enquanto que o bypass apresentou 63%. No BEST-CLI houve a participação de 1830 pacientes em dois ensaios de coorte paralelos, evidenciado pelo coorte 1, 57,4% dos pacientes que realizaram angioplastia tiveram ausência de sobrevivência livre de amputação, enquanto que o bypass apresentou somente 42,6% para o mesmo desfecho. O coorte 2 não apresentou correlação estatística significativa. Discussão: No BASIL-1, entre 6 meses e 02 anos, as duas técnicas não diferiram na sobrevida livre de amputação. Já no estudo BASIL-2 avaliou-se a ausência de sobrevivência livre de amputação e mostrou que a técnica por bypass levou a um risco aumentado de 35% de amputação grave ou morte. No estudo BEST-CLI, o bypass apresentou uma taxa de morte ou amputação 32% menor em comparação com a angioplastia. Conclusão: Os estudos apresentaram resultados divergentes, não podendo concluir uma técnica estatisticamente superior no tratamento cirúrgico de DAOP. 
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