A não adesão aos serviços de atenção básica pelo público masculino

• Autor(a) principal: Lima, Andressa Kelly de Santos
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: Helfstein, Douglas Rodrigues
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/64157
• topic: atenção primária; saúde do homem; políticas públicas; saúde pública

É notável a disparidade no uso dos serviços de saúde entre homens e mulheres, sendo que os homens frequentam menos os níveis primários de atendimento em comparação com o público feminino. Esse padrão muitas vezes leva a um aumento na demanda por cuidados nos níveis secundário e terciário, uma vez que os homens tendem a procurar ajuda somente quando as doenças já estão em estágios mais avançados. As razões por trás dessa relutância masculina ainda carecem de uma compreensão completa, embora seja evidente a alta taxa de morbimortalidade entre os homens. Com o objetivo de abordar essa questão e combater esse problema, o Ministério da Saúde implementou a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. Essa iniciativa visa integrar os homens aos serviços de atenção primária, concentrando-se na promoção e prevenção da saúde, educando esse público sobre as doenças de maior incidência em homens. A execução efetiva dessa política é atribuída aos enfermeiros das unidades de saúde, que têm a responsabilidade de realizar uma busca ativa pelos homens na comunidade. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo identificar as dificuldades enfrentadas pelos homens ao buscar atendimento de saúde e explorar as principais barreiras que eles encontram. Trata-se de uma pesquisa de campo descritiva e exploratória, com abordagem quantitativa, realizada em uma Unidade de Pronto Atendimento no litoral norte de São Paulo. A coleta de dados foi realizada por meio de questionários contendo perguntas abertas e fechadas, e a análise dos dados foi realizada por meio de gráficos e tabelas. Após uma análise minuciosa e estratificação dos dados encontrados, foi possível concluir que a principal razão para a baixa adesão dos homens aos serviços de atenção primária é a percepção de que não estão doentes, seguidamente pela falta de disponibilidade de tempo. Cabe ao enfermeiro encarregado da unidade de saúde a implementação eficaz da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, incluindo a busca ativa desse público masculino, promovendo a adesão aos serviços de saúde na atenção básica.