Os impedimentos na transmissão de saúde entre médico e a comunidade surda durante as consultas: uma revisão de literatura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cavalcanti, Isabela Lins
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Souza, Renata da Silva, Soledade, Sarah Luanna Ferreira, Saraiva, Francisco Joílsom Carvalho
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/61710
Resumo: A Política Nacional de Saúde da Pessoa Portadora de Deficiência assegura, desde 2006, os direitos dos usuários de saúde surdos, todavia a comunidade surda representa uma parte da população brasileira que enfrenta inúmeras dificuldades no tocante ao acesso à saúde. Por vezes, os surdos evitam procurar serviços de saúde em detrimento da dificuldade na comunicação com os profissionais da área e isso reflete em um distanciamento que afeta diretamente o estado de saúde desses indivíduos e atrapalha a promoção da saúde. Atualmente, as dificuldades encontradas pela comunidade surda são acentuadas pela pandemia da COVID-19. Nesse sentido, o presente estudo objetiva revisar e sintetizar resultados e discussões sobre os possíveis impasses na comunicação entre pacientes surdos durante os atendimentos médicos. Esta pesquisa se caracteriza como uma revisão sistemática da literatura, permitindo análise qualitativa das publicações no período de 2018 a 2023. Para a leitura dos estudos, utilizou-se a estratégia de leitura de títulos, resumos e artigos completos. A humanização do serviço de cuidado em saúde é traduzida no entendimento e ser entendido. A atual conjuntura dos serviços de saúde revela a escassez de profissionais que se comunicam com os surdos. Os surdos relatam que preferem ser atendidos por profissionais que saibam Libras, mesmo que minimamente, pois esses passam mais segurança, privacidade e estabelecem um vínculo melhor, facilitando a adesão ao cuidado proposto. Fica evidente, portanto, que a transição na formação dos profissionais de saúde em se tratando da disciplina de Libras associa-se com a falta de padronização e a redução da carga horária imposta pelo IES. Além disso, é categórico fornecer o acesso à Libras em diferentes níveis de aprofundamento, assim como disseminar informações sobre a cultura surda a fim de efetivar a inclusão social. Isso reflete diretamente na restrição da comunicação entre profissionais de saúde e pacientes surdos, interferindo no atendimento integral e colaborando para o cenário de invisibilidade da população surda na atenção à saúde.
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