Revisão de literatura da classificação histológica do carcinoma nasofaríngeo / Literature review of the histological classification of nasopharyngeal carcinoma

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leal, Laura Berger
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Durski, Gustavo Malucelli, Ambrozewicz, Isabella Vieira Laporte, Santana, Sofia Garcia, Claure, Louise Hernandes, Schwendler, Isabella Messias, Vianna, Ana Cristina Casagrande
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/38731
Resumo: INTRODUÇÃO: O carcinoma nasofaríngeo é uma neoplasia epitelial maligna de cabeça e pescoço, que se origina na porção superior da faringe e se estende do palato mole até a base do crânio. Esta neoplasia possui um conjunto único de características geográficas e étnicas, com a maior incidência concentrada no sudeste asiático, sul da China, Hong Kong, norte da África e na população esquimó do Alasca. A classificação histopatológica do tumor é atualmente representada, em ordem de frequência, pelo carcinoma tipo não queratinizado (subdividido em tipo diferenciado e não diferenciado), carcinoma tipo queratinizado e carcinoma tipo basalóide. Já sua etiologia, é multifatorial e inclui fatores genéticos, ambientais e virais, com destaque para a infecção do vírus Epstein Barr-Vírus (EBV), que está presente em aproximadamente 90% dos casos observados em regiões endêmicas. OBJETIVOS: Demonstrar, através de uma revisão bibliográfica atualizada, os aspectos histológicos, fatores genéticos, ambientais e dados de prognóstico do carcinoma nasofaríngeo. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão e análise de literatura sobre histologia e histopatologia do carcinoma nasofaríngeo, entre os anos de 2005 a 2021, nas bases de dados CAPES (assinantes) e PubMed (gratuito), utilizando-se os seguintes descritores, em português e inglês: carcinoma nasofaríngeo, classificação histopatológica do carcinoma nasofaríngeo e incidência do carcinoma nasofaríngeo. Dos quarenta e dois artigos selecionados, doze foram excluídos por não usarem a classificação histológica da OMS.RESULTADOS: Carcinoma nasofaríngeo é um tumor epitelial que acomete as células escamosas na região da nasofaringe, representando 0.78% dos casos totais mundiais. O tipo não queratinizado, constitui a maior parte dos casos (80-90%), com praticamente todos os casos relacionados ao vírus EBV e a maior taxa de sobrevivência (65%) entre os três tipos do carcinoma. Já o tipo queratinizado, é o segundo mais comum sendo composto por células tumorais poligonais estratificadas, que podem formar pedras de queratina ao redor do tumor. O tipo basalóide, com incidência menor que 1%, apresenta a pior taxa de sobrevivência, 10%, e com um melhor prognóstico em homens e mulheres com idade inferior a 40 anos. Além disso, o índice de prognóstico do carcinoma nasofaríngeo está diretamente relacionado com metástases à distância, a qual atinge aproximadamente 30%  dos pacientes diagnosticados. Enquanto o tipo queratinizado é mais propenso a formar metástase local, o tipo não queratinizado possui maior propensão a metástase nos linfonodos cervicais. CONCLUSÃO: A escassez de estudos e artigos a respeito desse câncer mostra-se muito preocupante. Apesar do carcinoma nasofaríngeo ser uma neoplasia rara, apresenta alto índice de mortalidade. Dessa forma, é de suma importância a sua análise histopatológica, para que haja um correto diagnóstico e um maior conhecimento acerca de seu prognóstico, assim impactando na taxa de sobrevida do paciente. Ademais, a identificação de fatores genéticos, ambientais e virais são essenciais para um melhor prognóstico.          
id BJRH-0_b03b25e8f327b33940624b1c38bf80b3
oai_identifier_str oai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/38731
network_acronym_str BJRH-0
network_name_str Brazilian Journal of Health Review
repository_id_str
spelling Revisão de literatura da classificação histológica do carcinoma nasofaríngeo / Literature review of the histological classification of nasopharyngeal carcinomaHistologiaNeoplasiaNasofaringeINTRODUÇÃO: O carcinoma nasofaríngeo é uma neoplasia epitelial maligna de cabeça e pescoço, que se origina na porção superior da faringe e se estende do palato mole até a base do crânio. Esta neoplasia possui um conjunto único de características geográficas e étnicas, com a maior incidência concentrada no sudeste asiático, sul da China, Hong Kong, norte da África e na população esquimó do Alasca. A classificação histopatológica do tumor é atualmente representada, em ordem de frequência, pelo carcinoma tipo não queratinizado (subdividido em tipo diferenciado e não diferenciado), carcinoma tipo queratinizado e carcinoma tipo basalóide. Já sua etiologia, é multifatorial e inclui fatores genéticos, ambientais e virais, com destaque para a infecção do vírus Epstein Barr-Vírus (EBV), que está presente em aproximadamente 90% dos casos observados em regiões endêmicas. OBJETIVOS: Demonstrar, através de uma revisão bibliográfica atualizada, os aspectos histológicos, fatores genéticos, ambientais e dados de prognóstico do carcinoma nasofaríngeo. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão e análise de literatura sobre histologia e histopatologia do carcinoma nasofaríngeo, entre os anos de 2005 a 2021, nas bases de dados CAPES (assinantes) e PubMed (gratuito), utilizando-se os seguintes descritores, em português e inglês: carcinoma nasofaríngeo, classificação histopatológica do carcinoma nasofaríngeo e incidência do carcinoma nasofaríngeo. Dos quarenta e dois artigos selecionados, doze foram excluídos por não usarem a classificação histológica da OMS.RESULTADOS: Carcinoma nasofaríngeo é um tumor epitelial que acomete as células escamosas na região da nasofaringe, representando 0.78% dos casos totais mundiais. O tipo não queratinizado, constitui a maior parte dos casos (80-90%), com praticamente todos os casos relacionados ao vírus EBV e a maior taxa de sobrevivência (65%) entre os três tipos do carcinoma. Já o tipo queratinizado, é o segundo mais comum sendo composto por células tumorais poligonais estratificadas, que podem formar pedras de queratina ao redor do tumor. O tipo basalóide, com incidência menor que 1%, apresenta a pior taxa de sobrevivência, 10%, e com um melhor prognóstico em homens e mulheres com idade inferior a 40 anos. Além disso, o índice de prognóstico do carcinoma nasofaríngeo está diretamente relacionado com metástases à distância, a qual atinge aproximadamente 30%  dos pacientes diagnosticados. Enquanto o tipo queratinizado é mais propenso a formar metástase local, o tipo não queratinizado possui maior propensão a metástase nos linfonodos cervicais. CONCLUSÃO: A escassez de estudos e artigos a respeito desse câncer mostra-se muito preocupante. Apesar do carcinoma nasofaríngeo ser uma neoplasia rara, apresenta alto índice de mortalidade. Dessa forma, é de suma importância a sua análise histopatológica, para que haja um correto diagnóstico e um maior conhecimento acerca de seu prognóstico, assim impactando na taxa de sobrevida do paciente. Ademais, a identificação de fatores genéticos, ambientais e virais são essenciais para um melhor prognóstico.          Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2021-10-29info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/3873110.34119/bjhrv4n5-419Brazilian Journal of Health Review; Vol. 4 No. 5 (2021); 23526-23530Brazilian Journal of Health Review; v. 4 n. 5 (2021); 23526-235302595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/38731/pdfCopyright (c) 2021 Brazilian Journal of Health Reviewinfo:eu-repo/semantics/openAccessLeal, Laura BergerDurski, Gustavo MalucelliAmbrozewicz, Isabella Vieira LaporteSantana, Sofia GarciaClaure, Louise HernandesSchwendler, Isabella MessiasVianna, Ana Cristina Casagrande2021-11-03T11:14:09Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/38731Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2021-11-03T11:14:09Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false
dc.title.none.fl_str_mv Revisão de literatura da classificação histológica do carcinoma nasofaríngeo / Literature review of the histological classification of nasopharyngeal carcinoma
title Revisão de literatura da classificação histológica do carcinoma nasofaríngeo / Literature review of the histological classification of nasopharyngeal carcinoma
spellingShingle Revisão de literatura da classificação histológica do carcinoma nasofaríngeo / Literature review of the histological classification of nasopharyngeal carcinoma
Leal, Laura Berger
Histologia
Neoplasia
Nasofaringe
title_short Revisão de literatura da classificação histológica do carcinoma nasofaríngeo / Literature review of the histological classification of nasopharyngeal carcinoma
title_full Revisão de literatura da classificação histológica do carcinoma nasofaríngeo / Literature review of the histological classification of nasopharyngeal carcinoma
title_fullStr Revisão de literatura da classificação histológica do carcinoma nasofaríngeo / Literature review of the histological classification of nasopharyngeal carcinoma
title_full_unstemmed Revisão de literatura da classificação histológica do carcinoma nasofaríngeo / Literature review of the histological classification of nasopharyngeal carcinoma
title_sort Revisão de literatura da classificação histológica do carcinoma nasofaríngeo / Literature review of the histological classification of nasopharyngeal carcinoma
author Leal, Laura Berger
author_facet Leal, Laura Berger
Durski, Gustavo Malucelli
Ambrozewicz, Isabella Vieira Laporte
Santana, Sofia Garcia
Claure, Louise Hernandes
Schwendler, Isabella Messias
Vianna, Ana Cristina Casagrande
author_role author
author2 Durski, Gustavo Malucelli
Ambrozewicz, Isabella Vieira Laporte
Santana, Sofia Garcia
Claure, Louise Hernandes
Schwendler, Isabella Messias
Vianna, Ana Cristina Casagrande
author2_role author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Leal, Laura Berger
Durski, Gustavo Malucelli
Ambrozewicz, Isabella Vieira Laporte
Santana, Sofia Garcia
Claure, Louise Hernandes
Schwendler, Isabella Messias
Vianna, Ana Cristina Casagrande
dc.subject.por.fl_str_mv Histologia
Neoplasia
Nasofaringe
topic Histologia
Neoplasia
Nasofaringe
description INTRODUÇÃO: O carcinoma nasofaríngeo é uma neoplasia epitelial maligna de cabeça e pescoço, que se origina na porção superior da faringe e se estende do palato mole até a base do crânio. Esta neoplasia possui um conjunto único de características geográficas e étnicas, com a maior incidência concentrada no sudeste asiático, sul da China, Hong Kong, norte da África e na população esquimó do Alasca. A classificação histopatológica do tumor é atualmente representada, em ordem de frequência, pelo carcinoma tipo não queratinizado (subdividido em tipo diferenciado e não diferenciado), carcinoma tipo queratinizado e carcinoma tipo basalóide. Já sua etiologia, é multifatorial e inclui fatores genéticos, ambientais e virais, com destaque para a infecção do vírus Epstein Barr-Vírus (EBV), que está presente em aproximadamente 90% dos casos observados em regiões endêmicas. OBJETIVOS: Demonstrar, através de uma revisão bibliográfica atualizada, os aspectos histológicos, fatores genéticos, ambientais e dados de prognóstico do carcinoma nasofaríngeo. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão e análise de literatura sobre histologia e histopatologia do carcinoma nasofaríngeo, entre os anos de 2005 a 2021, nas bases de dados CAPES (assinantes) e PubMed (gratuito), utilizando-se os seguintes descritores, em português e inglês: carcinoma nasofaríngeo, classificação histopatológica do carcinoma nasofaríngeo e incidência do carcinoma nasofaríngeo. Dos quarenta e dois artigos selecionados, doze foram excluídos por não usarem a classificação histológica da OMS.RESULTADOS: Carcinoma nasofaríngeo é um tumor epitelial que acomete as células escamosas na região da nasofaringe, representando 0.78% dos casos totais mundiais. O tipo não queratinizado, constitui a maior parte dos casos (80-90%), com praticamente todos os casos relacionados ao vírus EBV e a maior taxa de sobrevivência (65%) entre os três tipos do carcinoma. Já o tipo queratinizado, é o segundo mais comum sendo composto por células tumorais poligonais estratificadas, que podem formar pedras de queratina ao redor do tumor. O tipo basalóide, com incidência menor que 1%, apresenta a pior taxa de sobrevivência, 10%, e com um melhor prognóstico em homens e mulheres com idade inferior a 40 anos. Além disso, o índice de prognóstico do carcinoma nasofaríngeo está diretamente relacionado com metástases à distância, a qual atinge aproximadamente 30%  dos pacientes diagnosticados. Enquanto o tipo queratinizado é mais propenso a formar metástase local, o tipo não queratinizado possui maior propensão a metástase nos linfonodos cervicais. CONCLUSÃO: A escassez de estudos e artigos a respeito desse câncer mostra-se muito preocupante. Apesar do carcinoma nasofaríngeo ser uma neoplasia rara, apresenta alto índice de mortalidade. Dessa forma, é de suma importância a sua análise histopatológica, para que haja um correto diagnóstico e um maior conhecimento acerca de seu prognóstico, assim impactando na taxa de sobrevida do paciente. Ademais, a identificação de fatores genéticos, ambientais e virais são essenciais para um melhor prognóstico.          
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-10-29
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/38731
10.34119/bjhrv4n5-419
url https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/38731
identifier_str_mv 10.34119/bjhrv4n5-419
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/38731/pdf
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2021 Brazilian Journal of Health Review
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2021 Brazilian Journal of Health Review
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
publisher.none.fl_str_mv Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
dc.source.none.fl_str_mv Brazilian Journal of Health Review; Vol. 4 No. 5 (2021); 23526-23530
Brazilian Journal of Health Review; v. 4 n. 5 (2021); 23526-23530
2595-6825
reponame:Brazilian Journal of Health Review
instname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)
instacron:BJRH
instname_str Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)
instacron_str BJRH
institution BJRH
reponame_str Brazilian Journal of Health Review
collection Brazilian Journal of Health Review
repository.name.fl_str_mv Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)
repository.mail.fl_str_mv || brazilianjhr@gmail.com
_version_ 1797240068117626880