Revisão de literatura da classificação histológica do carcinoma nasofaríngeo / Literature review of the histological classification of nasopharyngeal carcinoma
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/38731 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: O carcinoma nasofaríngeo é uma neoplasia epitelial maligna de cabeça e pescoço, que se origina na porção superior da faringe e se estende do palato mole até a base do crânio. Esta neoplasia possui um conjunto único de características geográficas e étnicas, com a maior incidência concentrada no sudeste asiático, sul da China, Hong Kong, norte da África e na população esquimó do Alasca. A classificação histopatológica do tumor é atualmente representada, em ordem de frequência, pelo carcinoma tipo não queratinizado (subdividido em tipo diferenciado e não diferenciado), carcinoma tipo queratinizado e carcinoma tipo basalóide. Já sua etiologia, é multifatorial e inclui fatores genéticos, ambientais e virais, com destaque para a infecção do vírus Epstein Barr-Vírus (EBV), que está presente em aproximadamente 90% dos casos observados em regiões endêmicas. OBJETIVOS: Demonstrar, através de uma revisão bibliográfica atualizada, os aspectos histológicos, fatores genéticos, ambientais e dados de prognóstico do carcinoma nasofaríngeo. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão e análise de literatura sobre histologia e histopatologia do carcinoma nasofaríngeo, entre os anos de 2005 a 2021, nas bases de dados CAPES (assinantes) e PubMed (gratuito), utilizando-se os seguintes descritores, em português e inglês: carcinoma nasofaríngeo, classificação histopatológica do carcinoma nasofaríngeo e incidência do carcinoma nasofaríngeo. Dos quarenta e dois artigos selecionados, doze foram excluídos por não usarem a classificação histológica da OMS.RESULTADOS: Carcinoma nasofaríngeo é um tumor epitelial que acomete as células escamosas na região da nasofaringe, representando 0.78% dos casos totais mundiais. O tipo não queratinizado, constitui a maior parte dos casos (80-90%), com praticamente todos os casos relacionados ao vírus EBV e a maior taxa de sobrevivência (65%) entre os três tipos do carcinoma. Já o tipo queratinizado, é o segundo mais comum sendo composto por células tumorais poligonais estratificadas, que podem formar pedras de queratina ao redor do tumor. O tipo basalóide, com incidência menor que 1%, apresenta a pior taxa de sobrevivência, 10%, e com um melhor prognóstico em homens e mulheres com idade inferior a 40 anos. Além disso, o índice de prognóstico do carcinoma nasofaríngeo está diretamente relacionado com metástases à distância, a qual atinge aproximadamente 30% dos pacientes diagnosticados. Enquanto o tipo queratinizado é mais propenso a formar metástase local, o tipo não queratinizado possui maior propensão a metástase nos linfonodos cervicais. CONCLUSÃO: A escassez de estudos e artigos a respeito desse câncer mostra-se muito preocupante. Apesar do carcinoma nasofaríngeo ser uma neoplasia rara, apresenta alto índice de mortalidade. Dessa forma, é de suma importância a sua análise histopatológica, para que haja um correto diagnóstico e um maior conhecimento acerca de seu prognóstico, assim impactando na taxa de sobrevida do paciente. Ademais, a identificação de fatores genéticos, ambientais e virais são essenciais para um melhor prognóstico. |
id |
BJRH-0_b03b25e8f327b33940624b1c38bf80b3 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/38731 |
network_acronym_str |
BJRH-0 |
network_name_str |
Brazilian Journal of Health Review |
repository_id_str |
|
spelling |
Revisão de literatura da classificação histológica do carcinoma nasofaríngeo / Literature review of the histological classification of nasopharyngeal carcinomaHistologiaNeoplasiaNasofaringeINTRODUÇÃO: O carcinoma nasofaríngeo é uma neoplasia epitelial maligna de cabeça e pescoço, que se origina na porção superior da faringe e se estende do palato mole até a base do crânio. Esta neoplasia possui um conjunto único de características geográficas e étnicas, com a maior incidência concentrada no sudeste asiático, sul da China, Hong Kong, norte da África e na população esquimó do Alasca. A classificação histopatológica do tumor é atualmente representada, em ordem de frequência, pelo carcinoma tipo não queratinizado (subdividido em tipo diferenciado e não diferenciado), carcinoma tipo queratinizado e carcinoma tipo basalóide. Já sua etiologia, é multifatorial e inclui fatores genéticos, ambientais e virais, com destaque para a infecção do vírus Epstein Barr-Vírus (EBV), que está presente em aproximadamente 90% dos casos observados em regiões endêmicas. OBJETIVOS: Demonstrar, através de uma revisão bibliográfica atualizada, os aspectos histológicos, fatores genéticos, ambientais e dados de prognóstico do carcinoma nasofaríngeo. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão e análise de literatura sobre histologia e histopatologia do carcinoma nasofaríngeo, entre os anos de 2005 a 2021, nas bases de dados CAPES (assinantes) e PubMed (gratuito), utilizando-se os seguintes descritores, em português e inglês: carcinoma nasofaríngeo, classificação histopatológica do carcinoma nasofaríngeo e incidência do carcinoma nasofaríngeo. Dos quarenta e dois artigos selecionados, doze foram excluídos por não usarem a classificação histológica da OMS.RESULTADOS: Carcinoma nasofaríngeo é um tumor epitelial que acomete as células escamosas na região da nasofaringe, representando 0.78% dos casos totais mundiais. O tipo não queratinizado, constitui a maior parte dos casos (80-90%), com praticamente todos os casos relacionados ao vírus EBV e a maior taxa de sobrevivência (65%) entre os três tipos do carcinoma. Já o tipo queratinizado, é o segundo mais comum sendo composto por células tumorais poligonais estratificadas, que podem formar pedras de queratina ao redor do tumor. O tipo basalóide, com incidência menor que 1%, apresenta a pior taxa de sobrevivência, 10%, e com um melhor prognóstico em homens e mulheres com idade inferior a 40 anos. Além disso, o índice de prognóstico do carcinoma nasofaríngeo está diretamente relacionado com metástases à distância, a qual atinge aproximadamente 30% dos pacientes diagnosticados. Enquanto o tipo queratinizado é mais propenso a formar metástase local, o tipo não queratinizado possui maior propensão a metástase nos linfonodos cervicais. CONCLUSÃO: A escassez de estudos e artigos a respeito desse câncer mostra-se muito preocupante. Apesar do carcinoma nasofaríngeo ser uma neoplasia rara, apresenta alto índice de mortalidade. Dessa forma, é de suma importância a sua análise histopatológica, para que haja um correto diagnóstico e um maior conhecimento acerca de seu prognóstico, assim impactando na taxa de sobrevida do paciente. Ademais, a identificação de fatores genéticos, ambientais e virais são essenciais para um melhor prognóstico. Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2021-10-29info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/3873110.34119/bjhrv4n5-419Brazilian Journal of Health Review; Vol. 4 No. 5 (2021); 23526-23530Brazilian Journal of Health Review; v. 4 n. 5 (2021); 23526-235302595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/38731/pdfCopyright (c) 2021 Brazilian Journal of Health Reviewinfo:eu-repo/semantics/openAccessLeal, Laura BergerDurski, Gustavo MalucelliAmbrozewicz, Isabella Vieira LaporteSantana, Sofia GarciaClaure, Louise HernandesSchwendler, Isabella MessiasVianna, Ana Cristina Casagrande2021-11-03T11:14:09Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/38731Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2021-11-03T11:14:09Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Revisão de literatura da classificação histológica do carcinoma nasofaríngeo / Literature review of the histological classification of nasopharyngeal carcinoma |
title |
Revisão de literatura da classificação histológica do carcinoma nasofaríngeo / Literature review of the histological classification of nasopharyngeal carcinoma |
spellingShingle |
Revisão de literatura da classificação histológica do carcinoma nasofaríngeo / Literature review of the histological classification of nasopharyngeal carcinoma Leal, Laura Berger Histologia Neoplasia Nasofaringe |
title_short |
Revisão de literatura da classificação histológica do carcinoma nasofaríngeo / Literature review of the histological classification of nasopharyngeal carcinoma |
title_full |
Revisão de literatura da classificação histológica do carcinoma nasofaríngeo / Literature review of the histological classification of nasopharyngeal carcinoma |
title_fullStr |
Revisão de literatura da classificação histológica do carcinoma nasofaríngeo / Literature review of the histological classification of nasopharyngeal carcinoma |
title_full_unstemmed |
Revisão de literatura da classificação histológica do carcinoma nasofaríngeo / Literature review of the histological classification of nasopharyngeal carcinoma |
title_sort |
Revisão de literatura da classificação histológica do carcinoma nasofaríngeo / Literature review of the histological classification of nasopharyngeal carcinoma |
author |
Leal, Laura Berger |
author_facet |
Leal, Laura Berger Durski, Gustavo Malucelli Ambrozewicz, Isabella Vieira Laporte Santana, Sofia Garcia Claure, Louise Hernandes Schwendler, Isabella Messias Vianna, Ana Cristina Casagrande |
author_role |
author |
author2 |
Durski, Gustavo Malucelli Ambrozewicz, Isabella Vieira Laporte Santana, Sofia Garcia Claure, Louise Hernandes Schwendler, Isabella Messias Vianna, Ana Cristina Casagrande |
author2_role |
author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Leal, Laura Berger Durski, Gustavo Malucelli Ambrozewicz, Isabella Vieira Laporte Santana, Sofia Garcia Claure, Louise Hernandes Schwendler, Isabella Messias Vianna, Ana Cristina Casagrande |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Histologia Neoplasia Nasofaringe |
topic |
Histologia Neoplasia Nasofaringe |
description |
INTRODUÇÃO: O carcinoma nasofaríngeo é uma neoplasia epitelial maligna de cabeça e pescoço, que se origina na porção superior da faringe e se estende do palato mole até a base do crânio. Esta neoplasia possui um conjunto único de características geográficas e étnicas, com a maior incidência concentrada no sudeste asiático, sul da China, Hong Kong, norte da África e na população esquimó do Alasca. A classificação histopatológica do tumor é atualmente representada, em ordem de frequência, pelo carcinoma tipo não queratinizado (subdividido em tipo diferenciado e não diferenciado), carcinoma tipo queratinizado e carcinoma tipo basalóide. Já sua etiologia, é multifatorial e inclui fatores genéticos, ambientais e virais, com destaque para a infecção do vírus Epstein Barr-Vírus (EBV), que está presente em aproximadamente 90% dos casos observados em regiões endêmicas. OBJETIVOS: Demonstrar, através de uma revisão bibliográfica atualizada, os aspectos histológicos, fatores genéticos, ambientais e dados de prognóstico do carcinoma nasofaríngeo. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão e análise de literatura sobre histologia e histopatologia do carcinoma nasofaríngeo, entre os anos de 2005 a 2021, nas bases de dados CAPES (assinantes) e PubMed (gratuito), utilizando-se os seguintes descritores, em português e inglês: carcinoma nasofaríngeo, classificação histopatológica do carcinoma nasofaríngeo e incidência do carcinoma nasofaríngeo. Dos quarenta e dois artigos selecionados, doze foram excluídos por não usarem a classificação histológica da OMS.RESULTADOS: Carcinoma nasofaríngeo é um tumor epitelial que acomete as células escamosas na região da nasofaringe, representando 0.78% dos casos totais mundiais. O tipo não queratinizado, constitui a maior parte dos casos (80-90%), com praticamente todos os casos relacionados ao vírus EBV e a maior taxa de sobrevivência (65%) entre os três tipos do carcinoma. Já o tipo queratinizado, é o segundo mais comum sendo composto por células tumorais poligonais estratificadas, que podem formar pedras de queratina ao redor do tumor. O tipo basalóide, com incidência menor que 1%, apresenta a pior taxa de sobrevivência, 10%, e com um melhor prognóstico em homens e mulheres com idade inferior a 40 anos. Além disso, o índice de prognóstico do carcinoma nasofaríngeo está diretamente relacionado com metástases à distância, a qual atinge aproximadamente 30% dos pacientes diagnosticados. Enquanto o tipo queratinizado é mais propenso a formar metástase local, o tipo não queratinizado possui maior propensão a metástase nos linfonodos cervicais. CONCLUSÃO: A escassez de estudos e artigos a respeito desse câncer mostra-se muito preocupante. Apesar do carcinoma nasofaríngeo ser uma neoplasia rara, apresenta alto índice de mortalidade. Dessa forma, é de suma importância a sua análise histopatológica, para que haja um correto diagnóstico e um maior conhecimento acerca de seu prognóstico, assim impactando na taxa de sobrevida do paciente. Ademais, a identificação de fatores genéticos, ambientais e virais são essenciais para um melhor prognóstico. |
publishDate |
2021 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2021-10-29 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/38731 10.34119/bjhrv4n5-419 |
url |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/38731 |
identifier_str_mv |
10.34119/bjhrv4n5-419 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/38731/pdf |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2021 Brazilian Journal of Health Review info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2021 Brazilian Journal of Health Review |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda. |
publisher.none.fl_str_mv |
Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda. |
dc.source.none.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Health Review; Vol. 4 No. 5 (2021); 23526-23530 Brazilian Journal of Health Review; v. 4 n. 5 (2021); 23526-23530 2595-6825 reponame:Brazilian Journal of Health Review instname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) instacron:BJRH |
instname_str |
Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) |
instacron_str |
BJRH |
institution |
BJRH |
reponame_str |
Brazilian Journal of Health Review |
collection |
Brazilian Journal of Health Review |
repository.name.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|| brazilianjhr@gmail.com |
_version_ |
1797240068117626880 |