Escorpionismo no estado de São Paulo: um problema de saúde pública em ascensão
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/64541 |
Resumo: | O escorpionismo é reconhecido como um problema de Saúde Pública e são de grande recorrência no Brasil, sendo o estado de São Paulo um dos estados com maior número de casos. A identificação de fatores que possam levar ao aumento da população desses artrópodes é importante para a implementação de planos de prevenção desses acidentes. O presente estudo teve como objetivo retratar os aspectos epidemiológicos descritivos dos acidentes escorpiônicos no estado de São Paulo entre 2012 e 2022, e correlacionar com dados climáticos em cada mês dos anos estudados, por Diretoria Regional de Saúde (DRS). O escorpionismo no Estado de São Paulo teve um salto de 2012 para 2022: passou de 9150 acidentes para 41500. Os óbitos também apresentaram uma oscilação positiva, passando de 3 em 2012 para 22 em 2022. Nas quatro DRS que apresentaram maior taxa de incidência, DRS II (Araçatuba), DRS XV (São José do Rio Preto), DRS V (Barretos) e DRS XI (Presidente Prudente), respectivamente, também se observa o crescimento de escorpionismo. Não foi possível se determinar, pelo Coeficiente de Correlação de Pearson, um ou mais fatores (testados) que justificassem o número elevado de acidentes nessas quatro DRS. Portanto, fica claro que a relação causal é multifatorial, e incide sobre o número de acidentes por escorpião não somente temperatura e precipitação, tão pouco número de habitantes, mas sim diversos fatores, como ambientais, climatológicos, sociodemográficos, entre outros, que precisam ser levados em consideração para se estabelecer a relação causa-efeito no escorpionismo. Os dados apresentados por este trabalho mostram que nos meses mais quentes e chuvosos (outubro a dezembro) são quando os escorpiões deixam seus abrigos em busca de locais secos, para reprodução e alimentação, e colocam a população sob risco. Os dados apresentados contribuem para a regulação da produção e oferta de soro antiescorpiônico pelos órgãos de saúde, bem como para adoção de estratégias para o controle do animal. |
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