O consumo de drogas psicoestimulantes entre estudantes de medicina / The consumption of psychostimulating drugs among medicine students

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Minniti, Giulia
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Marçal, Bruna Bastos, Marin, Bruna Torrezan, Mujahed, Guilherme Badawi Urio, Júnior, José Roberto Arrabal, Santos, Nadine Ribas, Bueno, Patricia Cincotto dos Santos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/34823
Resumo: O uso de substâncias psicoestimulantes com o intuito de aumentar a capacidade cognitiva é uma realidade que vem causando preocupação no universo acadêmico. O acesso legal a estes medicamentos é restrito, e somente um médico psiquiatra ou neurologista está apto a receitá-los ao paciente acometido, normalmente, por Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), sendo as substâncias mais utilizadas o metilfenidato e o dimesilato de lisdexanfetamina, que se classificam como anfetaminas. O mecanismo de ação é bloquear o transportador dopaminérgico do organismo, aumentando o nível de dopamina na via mesocorticolímbica. Consequentemente, estas drogas podem causar dependência devido à ativação deste neurotransmissor, o qual gera a sensação de prazer, além de proporcionar atenção e melhora da cognição. Com base no descrito, este estudo tem como objetivo observar o uso destas drogas por estudantes de medicina da Universidade de Marília. Material e métodos: Após a aprovação no Conselho de Ética, CAAE 02639518.6.0000.5496, essa pesquisa envolveu graduandos, maiores de dezoito anos, do primeiro ao sexto ano do curso de medicina da Universidade de Marilia. Foi utilizado um questionário que colheu informações referente ao uso pessoal, conhecimento geral a respeito dos psicoestimulantes bem como sua prescrição, efeito, uso recreativo, venda ilegal e efeitos colaterais. Desta forma foi utilizado como base de colhimento de dados um questionário voltado para a obtenção dos dados relevantes à pesquisa durante as aulas dos alunos. Foram entrevistados 417 estudantes, 27% do sexo masculino e 73% do sexo feminino. Foi observado que em torno de 42% dos estudantes utilizam drogas psicoestimulantes e não há diferença estatística, quanto ao consumo, entre os sexos. Destes, 62,8% moram sozinhos e 90% do número total da amostra que consomem os medicamentos buscam aumentar o potencial cognitivo com objetivos acadêmicos. A distribuição do uso se dá em maior quantidade entre alunos do 3º ano acadêmico e em menor quantidade no 1º ano acadêmico. Apesar do conhecimento da população a respeito do uso de drogas psicoestimulantes, estas são bastante utilizadas entre os estudantes de medicina na tentativa de melhorar o potencial cognitivo através desse meio. É importante reiterar para discentes sobre o consumo destes medicamentos e suas consequências, principalmente quando utilizados sem indicação e prescrição médica.
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