Tempo de ocorrência da colonização de recém-nascidos por microrganismos de importância epidemiológica em unidade de terapia intensiva / Time of occurrence of colonization of newborns by microorganisms of epidemiological importance in intensive care unit

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: da Silva, Sirlene
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Almeida, Eric Gustavo Ramos, Vieira, Rosilene Santarone, Galdino, Cíntia Valéria, Tofani, Andrea Almeida, Marques, Márcio Candeias, Moraes, Bruna dos Santos Meneses, Pellegrine, Jenifer Borges
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/48900
Resumo: Nos casos de hospitalização em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) o neonato de alto risco passa a ter contato com diversos profissionais de saúde, recebe nutrição artificial e antibioticoterapia, sendo colonizado pela microbiota nosocomial em vez de obter a colonização materna. Objetivo: caracterizar os recém-nascidos (RN) internados na UTIN no período de junho de 2016 a 2017; identificar o tempo de ocorrência da colonização em RN internados; e estimar a prevalência dos MO (microrganismos) das amostras de espécimes clínicos. Método: estudo descritivo retrospectivo com coleta e análise de dados através dos registros da ficha epidemiológica utilizada pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) -  do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF). Resultados: no período de junho de 2016 a junho de 2017 foram internados 342 neonatos na UTIN, desses 14 sujeitos foram colonizados por bactérias multirresistente (MR); sendo 57,14% do sexo feminino, 85,71% nasceram de parto cesárea, 42,85% eram prematuros extremo e grave; os diagnósticos mais prevalentes são a prematuridade (PTM) e a má formação congênita, a maioria evoluiu com bom prognóstico, havendo 1 óbito; 57,14% RN foram colonizados por MDR antes de completar 15 dias de vida, a média é de 12 dias de vida para o RN ser colonizado por MDR; nas culturas swabs nasal e retal, foram isolados agentes patogênico de ESBL (β-lactamases de espectro estendido) e MRSA (Methicillin-resistant Staphylococcus aureus), tendo 92,85% ESBL identificados; a estimativa da prevalência para os RN na UTIN é de 34,06 por 1.000 swabs analisados. Discussão: sugere-se que haja uma relação entre a PTM e a colonização por bactérias MR, assim como a duração da hospitalização na UTIN. O aumento da colonização dos RN coincide com o período do ano em que há troca do grupo de residentes na instituição. Conclusão: é ideal que a cultura de vigilância fique atenta para solicitar o perfil de resistência antimicrobiano. Com adesão de boas práticas e comprometimento da equipe de profissionais espera-se diminuir a translocação das bactérias MR da pele e mucosa para a corrente sanguínea e assim mimetizar os indicadores de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS).
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