Análise do contágio de hepatite viral crônica c por tratamento cirúrgico no Brasil no período de 2010 a 2018 / Analysis of the chronic viral hepatitis c contact by surgical treatment in Brazil from 2010 to 2018

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Araújo, Amanda Vallinoto Silva de
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Pereira, Giovanna Barcelos Fontenele, Rodrigues, Luis Fernando Praia, Almeida, Manuela Santos de, Smith, Narelly Araújo, De Macedo, Érika Maria Carmona Keuffer Cavalleiro
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/12773
Resumo: Introdução: As hepatites virais são consideradas a principal causa de comorbidades hepáticas no mundo, o que as tornam um grave problema de saúde pública devido à grande morbimortalidade associada à infecção. O HCV (Vírus da Hepatite C) é um vírus de RNA da família Flaviviridae e se encontra principalmente no sangue de indivíduos infectados. Desse modo, as principais formas de transmissão estão relacionadas ao uso de drogas, à transfusão de sangue e/ou hemoderivados e à transmissão sexual. Contudo, entre os casos rotulados como ocasionais, há uma porcentagem significativa de contágio em atos cirúrgicos, de forma a permitir que pacientes primariamente não infectados contraiam o HCV ao realizar tais procedimentos. Objetivo: Identificar a incidência do contágio de HCV via ato cirúrgico nas diferentes regiões brasileiras. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, cujos dados foram obtidos por meio de consulta a base de dados SINAN (Sistema de Informações de Agravos de Notificação), disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram analisados os dados de 2010 a 2018 que relatam a incidência e as formas de contágio da Hepatite Crônica C nas diferentes regiões brasileiras, com ênfase no contágio por ato cirúrgico. Resultados: Foram notificados 4.729 casos de Hepatite Crônica C adquiridos por tratamentos cirúrgicos no Brasil, de 2010 a 2018. A região Sul se destacou com 2.279 (48,19%) casos confirmados no período analisado, seguido pela região Sudeste, com 2.054 (43,43%). Em oposição, a região Centro-Oeste apresentou 46 (0,97%) casos e a região Norte, 59 (1,24%). Em 2012 houve 652 (13,21%) casos de infecção por tratamentos cirúrgicos; enquanto 2018 obteve os menores valores absolutos, com 279 (5,8%) casos confirmados. Conclusão: O estudo demonstrou a maior prevalência de contágio da Hepatite Crônica C por meio de cirurgias na região Sul. Em contrapartida, a região Centro-Oeste apresentou os menores valores absolutos. Em relação aos anos, 2012 obteve uma quantidade alarmante de casos confirmados, contrapondo 2018, com os menores números dentro do período analisado. Nesse contexto, apesar da infecção por tratamentos cirúrgicos ser rotulada como esporádica, demonstrou-se uma porcentagem alarmante, posto que é responsável por 3,46% dos casos de Hepatite Crônica C de 2010 a 2018. Dessa maneira, são necessárias medidas de prevenção voltadas, principalmente, à redução da contaminação e à segurança do ato cirúrgico.
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