Avaliação do déficit cognitivo em pacientes com miocardiopatias / Evaluation of cognitive deficit in patients with myocardiopathies

• Autor(a) principal: Lopes, Maria Áurea Catarina Passos
• Data de Publicação: 2020
• Outros Autores: Barbosa, Rubens Vitor, Aguiar, Túlio Sugette de, Sugette, Juliana de Freitas Vasconcelos, Beserra, Silvia Mara Rocha, Mourão, Ana Raquel Braga, Farias, Maria do Socorro Quintino
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• DOI: 10.34119/bjhrv3n2-121
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/8422
• topic: Insuficiência Cardíaca. Miocardiopatias. Cognição. Qualidade de vida.

As miocardiopatias (MCDP) constituem um grupo heterogêneo de doenças, que afetam primariamente o miocárdio e impedem uma parte ou totalidade do coração de se contrair normalmente, conduzindo, em última análise, a Insuficiência Cardíaca (IC). O objetivo desse estudo foi avaliar a cognição e a qualidade de vida (QV) dos pacientes com MCDP. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, transversal com uma amostra 106 pacientes. A coleta de dados foi realizada no período de fevereiro a março de 2017, em um hospital referência em assistência cardiorrespiratória em Fortaleza-CE. Para coleta de dados foi utilizado o Mini Exame de Estado Mental (MEEM) e o Questionário de Qualidade de Vida de Minessota (QQVM). Os participantes apresentaram idade média de 50,85 ± 1,19 anos, onde 59,4% eram homens, 42,% tinham menos de 4 anos de estudo e 36,8% eram casados. Foi verificada correlação significante (p>0,05) entre os dados obtidos pela análise de QV e classe funcional dos participantes em todas as dimensões do QQVM. Os escores globais do MEEM e do QQVM apresentaram correlação significante em homens com menos de 4 anos de estudo (r=-0,60; p>0,05) e mulheres com mais de 4 anos de escolaridade (r=0,43; p>0,05). Conclui-se que os pacientes apresentam alterações na cognição. A classe funcional foi o fator que mais interveio em sua QV. O déficit cognitivo interfere diretamente na QV desses pacientes nos aspectos cognitivos de memória imediata, atenção e cálculo, evocação e linguagem.