Determinação de valores de referência para reticulócitos e parâmetros reticulocitários em adultos de Curitiba

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Augusto, Daniela Fracaro Lombardi
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: Bernardinis, Carla Simone Baggio, Gregório, Paulo Cézar, Henneberg, Railson
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/68006
Resumo: A contagem automatizada de reticulócitos (RET) apresenta várias vantagens em relação à contagem manual. As informações fornecidas sobre os parâmetros reticulocitários, fornecem resultados mais precisos, principalmente pela capacidade de contar um grande número de células. Entretanto, as diferenças entre metodologia e corantes empregados nos analisadores hematológicos refletem em diferentes intervalos de referência para cada equipamento. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi determinar os valores de referência para contagem automatizada de RET e seus parâmetros para a população atendida pelo Laboratório Municipal de Curitiba-PR, utilizando o equipamento XN-9100 da Sysmex. O presente estudo consiste em uma análise retrospectiva, quantitativa e transversal, que avaliou dados de 930 pacientes, sendo 681 mulheres e 249 homens, todos com resultado de hemograma considerado normal para sexo e idade. As amostras de sangue foram coletadas nas Unidades de Saúde e pronto atendimento em tubos com EDTA, sendo analisadas no mesmo dia da coleta, por fluorescência e dispersão de luz utilizando a polimetina como corante. Os intervalos de referência estabelecidos foram 49,2-92,8x10⁹/L e 1,0-1,8% para contagem absoluta e relativa respectivamente. Para o conteúdo de hemoglobina dos RET os valores variaram de 23,9 a 40,7 pg e para a fração imatura dos RET de 0,9 a 28,5%. Quando comparados por sexo (mulher vs. homem), observou-se diferença significativa nos valores de RET absolutos (68.3 ± 20.0 vs. 78.6 ± 24.7; P<0,0001), de conteúdo de hemoglobina dos RET (34.6 ± 2.2 vs. 35.3 ± 2.2; P<0,0001) e fração imatura dos RET (7.9 ± 3.9 vs. 8.4 ± 3.8; P<0.01). Adicionalmente, os demais parâmetros não apresentaram diferença significativa. Os intervalos de referência encontrados no presente trabalho apresentaram diferenças com relação a outros estudos publicados sobre o tema. Em suma, esses resultados reforçam a necessidade de que cada laboratório estabeleça os seus próprios valores de referências.
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